OnDemand Day reúne especialistas em negócios em São Paulo para discutir sobre os maiores desafios das Empresas no Brasil
Encontro promovido pela Auddas mostra como ferramentas de aprimoramento de gestão e de planejamento estratégico auxiliam no desenvolvimento das companhias
Com o propósito de impulsionar a busca por soluções para os desafios mais prementes do mercado, o OnDemand Day, uma extensão do programa de mentoria “Auddas onDemand”, reuniu mais de 30 empresas brasileiras de diversos setores, no último dia 05, no Mercure Vila Olímpia. O encontro apontou como ferramentas de aprimoramento de gestão e de planejamento estratégico podem contribuir para a construção do futuro das empresas.
Para Julian Tonioli, CEO e fundador da Auddas, o OnDemand Day foi além das fronteiras convencionais da mentoria. “O evento ofereceu aprendizado, inspiração e oportunidades de networking, envolvendo discussões críticas, tornando a jornada do proprietário de negócios menos solitária e mais compartilhada com aqueles comprometidos com o crescimento”, disse.
O empresário Manoel Lins, mestre e especialista em planejamento estratégico, destacou em seu discurso que os donos de empresas precisam estar mais atentos à inovação e adotar uma mentalidade organizada. Lins ressaltou que as empresas frequentemente negligenciam suas dores e deixam de reconhecer suas vantagens competitivas. Segundo ele, o modelo de gestão deve estar alinhado à gestão da mudança.
Outro ponto ressaltado foi que as prioridades normalmente são determinadas pelo conselho e pelos sócios, sem consultar a média gerência. No entanto, ter um fórum mais amplo para mapear aspectos desafiadores da empresa faz toda a diferença no desenvolvimento estratégico.
“Com base em uma análise prática de mais de 100 empresas com as quais trabalhamos, aproximadamente 80% delas não consultam a média gerência”, afirmou Manoel.
O papel do conselho e o viés da gestão familiar, um assunto sensível na jornada do proprietário, teve relevância no evento. O sócio Eduardo Baccetti, especialista em Governança Corporativa, ressaltou que é preciso estabelecer regras para proteger membros familiares não atuantes na empresa. Ele defendeu reuniões eficientes em diferentes níveis de governança, desde o nível estratégico até o operacional, delineando pautas e participantes para cada uma.
O palestrante fez ainda uma analogia envolvendo um ovo para explicar a importância da governança. Em sua visão, a gema representa a estratégia, a clara simboliza o modelo de gestão e a casca é a governança, sendo crucial para manter esses elementos conectados como uma única entidade.
A quebra dessa “casca” pode resultar na separação desses componentes, perdendo a singularidade. Ele introduziu a definição de governança conforme o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), destacando-a como a base para a construção da personalidade de uma empresa.
Já Rogério Vargas, sócio da Auddas e fundador da RVR consultoria, destacou que na estrutura de gestão, formalizar regras de relacionamento entre os acionistas, exemplificadas por acordos de cotistas ou acionistas, se faz necessário. Ele reforçou sobre a relevância desse documento como um pacto antecipado para evitar futuras disputas.
Para falar sobre Growth e equipes de Alta Performance, Bruno Ruy, especialista em negócios digitais, destacou o papel da tecnologia e de dados na gestão de equipes de vendas. Ele apresentou estratégias para aprimorar o desempenho, enfatizando a automação de processos e o uso de inteligência artificial.
“Para termos sucesso, é preciso ter clareza sobre o valor gerado, estrutura e metodologia, gestão eficiente, metas e remuneração variável e cultura empresarial voltada para resultados e colaboração”, explicou.
No tema gestão de finanças e contabilidade, o calcanhar de Aquiles de muitas companhias, Nathalia Maestrelo, auditora e especialista em Fusões e Aquisições, alertou que a contabilidade não é apenas uma obrigação acessória para a Receita Federal, mas também uma ferramenta fundamental para a gestão eficaz de uma empresa. Ela enfatizou que compreender as informações contábeis vai além de simplesmente reportar receitas e despesas para o governo, pois esses dados podem ser essenciais para tomar decisões estratégicas dentro da companhia.
“A contabilidade proporciona previsibilidade de lucro, permitindo que gestores obtenham métodos concretos para projetar e alocar seus lucros. Além disso, destaco a capacidade da contabilidade em auxiliar no planejamento de despesas, fornecendo informações para contratação de equipes, investimentos e gestão de capital. A falta de planejamento e eficácia na gestão financeira, derivadas muitas vezes da ausência de uma contabilidade eficiente, são causas frequentes do fechamento de empresas”, explicou.
Maestrelo ao comentar sobre a previsibilidade de crescimento enfatizou que análises contábeis, como o balanço e o DRE, fornecem respostas sobre o caminho e os limites de expansão da empresa. Essas informações são cruciais para antecipar a necessidade de capital e identificar fontes para financiar o crescimento, evitando surpresas financeiras.
Ao final, o velejador Beto Pandiani, convidado especial do OnDemand Day, encantou a plateia com sua palestra inspiradora, onde habilmente traçou paralelos entre suas incríveis expedições e o complexo mundo empresarial. Ao compartilhar suas experiências, Pandiani destacou como otimizar recursos e realizar ações inteligentes mesmo diante de desafios aparentemente intransponíveis.
Ele ilustrou suas palavras com exemplos vívidos de como, em suas travessias a bordo de catamarãs, aprendeu a fazer mais com menos, uma lição valiosa aplicável ao contexto empresarial.
O esportista introduziu uma abordagem inovadora ao discutir os “3 Ps” fundamentais para o sucesso: persistência, paciência e prudência. Pandiani argumentou que, assim como na vela o vento pode ser imprevisível, nos negócios, enfrentamos incertezas constantes. No entanto, ao cultivar a persistência diante de desafios, a paciência para aguardar as oportunidades certas e a prudência para tomar decisões ponderadas, é possível navegar por mares turbulentos e alcançar o sucesso sustentável.
O evento, com saldo positivo entre os participantes, teve como foco ampliar a compreensão sobre governança corporativa, capital, gestão de crescimento (growth), eficiência operacional, expansão e estratégia empresarial.
“Os pilares de estratégia, governança, gestão e capital são os alicerces sobre os quais uma empresa constrói sua jornada em direção ao crescimento e ao sucesso. Cada um desses elementos desempenha um papel vital no desempenho da organização, e a sinergia entre eles é essencial para atingir os objetivos de negócios de forma eficaz. Perceber como esses pilares conseguem ser utilizados em um programa de mentoria continuada como o Auddas OnDemand, que surgiu há três anos atrás em resposta à pandemia e se mostrou um sucesso, mesmo por empresas ainda em estágios de desenvolvimento, é muito legal e esse evento é uma forma de cristalizarmos esses resultados e proporcionarmos aos clientes uma experiência e aprendizado adicional àqueles das mentorias com as quais eles já se acostumaram.”, finaliza o CEO da Auddas, Julian Tonioli.
A sócia fundadora da Sklep Recrutamento e Seleção, Elvira Solyszko, destacou que o “OnDemad Day é uma oportunidade única para fazer networking, consolidar conhecimentos e conhecer novos parceiros comerciais. Acredito que o evento da Auddas agrega muito nos negócios para colocar em prática as melhorias orientadas na minha área”.
LUCIANA GOUVÊA – ADVOGADA – Especialista em Proteção Legal Patrimonial e Proteção Ética e Legal Empresarial, informação e entrega de direitos. Especialista na área de inovação e tecnologias – Gouvêa Advogados Associados
A dívida pública brasileira possui múltiplas facetas, mas uma das mais críticas e menos visibilizadas é aquela que nasce a partir de decisões judiciais transitadas em julgado, cujo cumprimento é sistematicamente postergado pelo próprio Estado. Trata-se da chamada dívida pública judicializada, materializada principalmente por meio dos precatórios , requisições de pagamento emitidas contra a Fazenda Pública para a quitação de débitos reconhecidos judicialmente.
Esse fenômeno atinge de forma direta servidores públicos, aposentados, pensionistas e empresas privadas que, após vencerem o Estado em longas batalhas judiciais, ainda enfrentam uma nova e exaustiva etapa: a espera pela efetivação do direito reconhecido.
O tempo médio de espera para recebimento de precatórios, especialmente os de valores mais elevados, pode ultrapassar mais de uma década, enquanto o impacto financeiro e pessoal dessa espera muitas vezes é ignorado pelos gestores públicos e pelo próprio orçamento da União.
O problema atinge uma dimensão alarmante quando observamos os números. Em 2024, o estoque de precatórios federais chegou a R$ 131 bilhões, e apenas para o exercício de 2025, o governo federal inscreveu R$ 70,7 bilhões em novos precatórios, um aumento de quase 18% em relação ao ano anterior.
A maioria desses precatórios, embora em montante elevado, refere-se a valores devidos a cidadãos comuns: servidores que buscaram na Justiça o reconhecimento de direitos salariais, promoções ou correções não pagas, e empresas que prestaram serviços públicos e, mesmo com contratos regulares, não receberam como previsto.
O drama que se instaura é duplo: de um lado, o Poder Judiciário reconhece o direito do credor; de outro, o Estado, sob o manto de limitações orçamentárias, posterga o pagamento com base em dispositivos constitucionais criados para esse fim.
A Emenda Constitucional nº 113/2021 é um marco desse processo. Promulgada durante um contexto de ajuste fiscal, ela estabeleceu limites ao pagamento de precatórios até 2026, criando um teto anual que fraciona e adia pagamentos, mesmo diante de sentenças definitivas. Essa emenda, na prática, constitucionalizou o calote estatal, transferindo para o futuro um passivo que deveria ser imediatamente honrado e relativizando princípios centrais do Estado Democrático de Direito, como a coisa julgada, o direito adquirido e a segurança jurídica.
No caso dos servidores públicos, há relatos recorrentes de aposentados e pensionistas que faleceram aguardando o pagamento de valores reconhecidos judicialmente, cujos sucessores, por vezes, sequer conseguem concluir o processo de habilitação e saque.
A violação do direito à dignidade humana, nesse cenário, é patente. Empresas privadas, especialmente pequenas e médias, também sofrem severamente. Muitas são obrigadas a recorrer ao Judiciário para obter valores devidos em razão de contratos de prestação de serviços com o poder público e, após vencerem a ação, veem-se presas a um sistema que não apenas posterga o pagamento, mas impede qualquer planejamento financeiro. Em alguns casos, a espera inviabiliza a atividade econômica, levando essas empresas à falência.
Do ponto de vista jurídico, essa sistemática é insustentável. A Constituição Federal estabelece, no artigo 100, um regime especial para o pagamento de precatórios, com regras claras sobre sua inscrição e pagamento. Ainda assim, reformas constitucionais e interpretações normativas recentes vêm esvaziando esses dispositivos.
O Supremo Tribunal Federal, em decisões recentes, reconheceu parcialmente essas distorções, como no julgamento do Tema 1.335 (RE 1.515.163/RS), no qual a Corte decidiu que a taxa Selic não deve incidir durante o chamado “período de graça” previsto no §5º do art. 100 da CF, ou seja, entre a inscrição do precatório e o final do exercício orçamentário seguinte.
Embora a decisão traga segurança jurídica ao menos sobre a forma de correção, ela também evidencia a normalização do atraso no cumprimento das obrigações judiciais, já que esse “período de graça” se tornou mais uma etapa do longo caminho entre a vitória judicial e o efetivo pagamento.
A insegurança jurídica atinge também casos em que a União pretendia reaver valores de precatórios não sacados em dois anos, situação declarada inconstitucional pelo STF por violar os princípios da coisa julgada e do direito à propriedade. Ainda assim, permanece a sensação de que o Estado escolhe quais decisões judiciais irá cumprir , o que configura uma inversão inaceitável da lógica republicana.
Sob a ótica fiscal, o argumento do “espaço orçamentário” para não pagar precatórios é falacioso. A postergação gera acúmulo de passivos, pressiona orçamentos futuros e desorganiza o planejamento financeiro dos entes federados. O custo do não pagamento é elevado: atualizações monetárias, disputas judiciais adicionais, impacto sobre a credibilidade do país e retração da confiança institucional.
Para mitigar esses efeitos, algumas soluções estão sendo debatidas, como a utilização de fundos garantidores, o uso de receitas extraordinárias para amortização de precatórios, a compensação de precatórios com débitos tributários e a criação de modelos de pagamento escalonado com segurança jurídica. Entretanto, todas essas medidas exigem compromisso político e institucional com o respeito às decisões judiciais e à Constituição.
A judicialização da dívida pública brasileira, ao invés de representar o fim de um litígio, passou a ser apenas mais uma etapa do sofrimento dos credores, prolongando o conflito e naturalizando o inadimplemento estatal. Reverter esse quadro exige compromisso institucional com os princípios fundamentais da República: legalidade, moralidade, segurança jurídica e respeito incondicional à autoridade das decisões judiciais.
Se o seu próximo destino é Brasília e você busca um lugar que una conforto, elegância e praticidade para toda a família, o Brasil 21 Suítes Affiliated by Meliá é a escolha ideal. Localizado em uma das áreas mais privilegiadas da capital federal, o hotel oferece uma experiência completa que encanta adultos e crianças — um verdadeiro refúgio urbano com o selo de qualidade Meliá.
Conforto e espaço de sobra para famílias
Indicamos a Suíte Família, onde ficamos — número 1606 — e podemos afirmar: é perfeita para quem viaja com filhos! O espaço é amplo e bem distribuído, com dois quartos confortáveis, sala de TV e sala de jantar, além de uma copa equipada com cafeteira, chaleira, geladeira e micro-ondas — um diferencial que facilita a rotina de quem viaja com crianças pequenas.
Créditos da Foto: Divulgação
Outro charme irresistível é a varanda com vista panorâmica de Brasília, presente em todos os ambientes da suíte, que proporciona momentos relaxantes e fotos incríveis da cidade.
Detalhes que fazem a diferença
O Brasil 21 Suítes conquista pelos detalhes. Os banheiros contam com a linha completa Nativa SPA — shampoo, condicionador, sabonete e hidratante —, um mimo que dá um toque de sofisticação e cuidado à hospedagem.
O quarto também dispõe de ferro, tábua de passar e umidificador de ar, garantindo praticidade e conforto em todos os momentos.
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E para encantar as crianças, é possível reservar o quarto com cabaninha infantil. A alegria dos pequenos ao entrar no quarto é contagiante — diversão e felicidade garantidas!
Gastronomia que agrada toda a família
Dentro do hotel, o Restaurante Lucca oferece café da manhã, almoço e jantar em um ambiente acolhedor, com uma culinária deliciosa e variada. Fomos jantar lá e amamos! Os pratos são saborosos e o atendimento é impecável — ideal para reunir a família após um dia de passeio pela cidade.
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Lazer e bem-estar
Para os adultos que gostam de manter a rotina fitness, o Brasil 21 Suítes conta com a maior academia de hotel da América Latina — a Evolve. Moderna e super equipada, é perfeita para quem deseja equilibrar descanso e atividade física durante a estadia.
📍 Localização privilegiada e atendimento de excelência
Com uma localização estratégica, o hotel fica próximo aos principais pontos turísticos, shoppings e restaurantes de Brasília. Além disso, o atendimento é atencioso e acolhedor — o tipo de hospitalidade que faz a gente se sentir em casa.
Créditos da Foto: Divulgação
✨ Dica do Guia da Criança: O Brasil 21 Suítes Affiliated by Meliá é a nossa casa em Brasília! 💛 Uma opção perfeita para famílias que buscam conforto, estrutura completa e momentos inesquecíveis juntos. Tem um reels completo no Instagram @guiadacrianca mostrando a experiência da família no Hotel.
A Revista Justiça & Cidadania realiza, no próximo dia 12 de dezembro, às 10h, mais uma edição do projeto “Conversa com o Judiciário”, que terá como tema “Recuperação Judicial e os reflexos na Justiça do Trabalho”. O evento acontecerá no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Presidente Antonio Carlos , 251 / 4º andar – Centro RJ), e contará com a coordenação acadêmica do Ministro Douglas Alencar Rodrigues, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e do Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A abertura será conduzida pelo presidente do TRT1, Desembargador Roque Lucarelli Dattoli. O seminário reunirá importantes nomes do Judiciário e da advocacia nacional, entre eles o ministro do STJ, Ricardo Villas Bôas Cueva, e o ministro do TST, Douglas Alencar Rodrigues, além da desembargadora Sayonara Grillo Coutinho, diretora da Escola Judicial do TRT1; dos desembargadores Leonardo Borges e José Luis Campos Xavier; do juiz Marcelo Moura e da juíza Amanda Diniz, todos do TRT1; da advogada e professora Vólia Bomfim; e da presidente da OAB/RJ, Ana Teresa Basílio. No primeiro painel, intitulado “A Recuperação Judicial e os reflexos na Justiça do Trabalho”, serão debatidos temas como a coordenação entre jurisdições, o alcance do juízo universal, a classificação e o tratamento dos créditos trabalhistas, além de boas práticas para reduzir conflitos na execução e habilitação. Já o segundo painel, “As alienações de UPIs e os reflexos jus-trabalhistas”, discutirá o regime jurídico das Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) e a promessa de transferência livre de ônus, com destaque para o desenho contratual, a mitigação de riscos e a proteção aos trabalhadores. Serão concedidas 3 horas de atividades complementares. Inscreva-se no link https://lnk.bio/s/jc_revista/CJ_12dezembro
“Conversa com o Judiciário” Data: 12 de dezembro Horário: 10h Local: Auditório do TRT da 1ª Região – 4º andar, Rio de Janeiro