Pesquisa realizada pela Moodar coletou dados com mais de 12 mil funcionários de 171 empresas nos últimos três anos
O bem-estar dos trabalhadores tornou-se uma preocupação cada vez mais presente nas empresas. Uma pesquisa conduzida pela Moodar – plataforma de cuidado emocional para RHs -, que envolveu 171 empresas brasileiras de mais de 12 setores e 12.011 colaboradores, revelou que aproximadamente 27% dos profissionais enfrentam insegurança psicológica, o que significa que eles estão vivenciando sinais de sofrimento mental.
De acordo com o estudo, 9,7% deles estão em situação de risco elevado, o que indica uma necessidade urgente de intervenção e apoio, e outros 17,0% estão em risco moderado, vivenciando sinais frequentes de ansiedade. Ao mesmo tempo, a maioria dos respondentes (44,6%) apresenta baixo risco, enquanto os 28,7% restantes são classificados em situação de ausência de risco. A pesquisa, conduzida durante três anos e uma das maiores já feitas sobre saúde mental no Brasil, utilizou uma variedade de fontes, incluindo análises de clima realizadas em empresas parceiras da Moodar e enquetes conduzidas pela startup com empresas de mercado. “A integração dessas fontes foi fundamental para a criação de um relatório coeso que abordasse duas áreas principais: o atual estado da segurança psicológica nas empresas brasileiras e as melhores práticas que os departamentos de Recursos Humanos podem adotar para promover ambientes seguros”, explica Bárbara Lippi, cofundadora e diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Moodar.
A Moodar utiliza como metodologia, desde 2020, um termômetro emocional baseado em uma ferramenta validada para estudos populacionais científicos que mede, por meio de um assessment de sete perguntas, o risco de ansiedade em grupos diversos, elaborando uma escala de quatro níveis: ausente, baixo, moderado e elevado. Aqueles classificados com risco moderado ou elevado estão mais propensos a exibir sintomas com frequência significativa, sendo que estes podem até mesmo necessitar de assistência imediata.
Problemas como intensificação do trabalho, falta de autonomia, conflitos interpessoais e falta de sentido contribuem para questões de saúde mental no trabalho. A pesquisa da Moodar revelou que os anos de 2021 e 2022 foram particularmente desafiadores devido à pandemia, que teve um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. No primeiro ano da pesquisa, 30% encontravam-se em níveis moderado e alto, média que manteve-se em 2022, com 31%.
Para Lippi, a melhora nos indicadores pode ser atribuída diretamente ao fim da pandemia e à reorganização do trabalho. “A pandemia gerou muitas incertezas na população em geral. Empresas precisaram reduzir seus quadros ou até mesmo fechar as portas, além da migração para o trabalho remoto durante o período. Tudo isso acarretou em maiores inseguranças para os colaboradores, mas com o final da pandemia conseguimos ver melhoras significativas, principalmente em empresas que adotaram medidas para mitigar os impactos psicológicos.”
A pesquisa também identificou diferenças significativas entre os setores. Áreas que oferecem serviços jurídicos e de saúde demonstraram maior risco de vulnerabilidade emocional. Por outro lado, as empresas de manufatura, logística e transporte apresentaram menor risco.
Dados sobre os campos de atuação do colaborador também foram levantados. De acordo com a pesquisa, as áreas de sucesso do cliente, suporte, projetos, marketing e administrativo são aquelas que apresentam maior risco de vulnerabilidade em relação à segurança psicológica. Essa análise aponta diretamente para a influência do grau de contato com os clientes, uma característica intrínseca a esses grupos que estão em posição de maior exposição. Outro ponto relevante identificado é que cargos de não gestão estão mais suscetíveis à insegurança psicológica em comparação aos de liderança, o que pode ser explicado pelo estresse em decorrência de possuírem menos controle sobre suas situações de trabalho.
Saúde mental: principais problemas e soluções
A segurança psicológica nas organizações refere-se ao clima e à cultura em que os colaboradores se sentem respeitados, à vontade e sem medo de ser quem são, o que permite que participem ativamente da construção do trabalho. Está relacionada positivamente com a autonomia, desenvolvimento de competências, comunicação com lideranças, relações de transparência e sentimento de pertencimento.
Por outro lado, o principal desafio vivenciado pelo RH para criar ambientes psicologicamente seguros para seus colaboradores é a comunicação deficiente entre líderes e funcionários sobre preocupações de bem-estar. Outros desafios vivenciados envolvem: estigma associado às questões de saúde mental, falta de recursos financeiros para implementar programas de apoio, ausência de modelos de liderança que promovam uma cultura de cuidado mútuo e falta de conscientização e compreensão por parte da liderança. “Encontrar como principais obstáculos aqueles que envolvem o desenvolvimento de soft skills de lideranças mostra mais uma vez a importância de treiná-las para pautas comportamentais, além das técnicas, de forma a alcançar a potência e capilaridade necessárias para as ações de cuidado providas pelo RH”, afirma Lippi.
A pesquisa da Moodar também mostra que há receios vivenciados pelo RH para promover pautas de prevenção ao suicídio. O principal receio consiste em não saber como reconhecer sinais de alerta em alguém que precise de ajuda, o que demonstra que o time que cuida muitas vezes ainda necessita de direcionamentos essenciais sobre ações de cuidado coletivo.
“Esses resultados nos proporcionam insights valiosos sobre os principais desafios enfrentados pelos departamentos de Recursos Humanos ao promover a cultura de saúde mental. Agora, somos capazes de oferecer orientações específicas para mitigar esses desafios”, finaliza Lippi.
As recentes discussões sobre possíveis mudanças na legislação de formação de condutores colocaram as autoescolas no centro do debate nacional. Em meio às propostas de flexibilização do processo de habilitação, cresce também uma reflexão importante: o quanto as aulas e as autoescolas são essenciais para a segurança e a organização do trânsito brasileiro.
Há décadas, os donos de autoescola investem em estrutura, tecnologia e profissionais capacitados para formar motoristas preparados não apenas para passar em um exame, mas para conviver com responsabilidade nas ruas e estradas. A formação vai muito além de aprender a dirigir — envolve educação no trânsito, consciência coletiva e respeito à vida.
Os últimos acontecimentos legislativos acenderam um alerta no setor e na sociedade. Especialistas e entidades reforçam que qualquer avanço nas regras deve caminhar junto com qualidade no ensino, previsibilidade jurídica e valorização de quem atua diariamente na base da formação dos condutores.
Em um país que ainda enfrenta altos índices de acidentes, as aulas práticas e teóricas seguem sendo um diferencial fundamental. São elas que ajudam a transformar candidatos em motoristas mais seguros, atentos e preparados para situações reais do trânsito.
Mais do que um debate técnico, o momento reforça algo simples e essencial: investir em autoescolas é investir em vidas, em mobilidade responsável e em um trânsito melhor para todos.
Com quase quatro décadas de atuação no setor de alimentação corporativa, Rosimeire Rocha consolidou sua trajetória como uma das líderes mais influentes da área no Brasil. À frente da Master Kitchen Refeições Coletivas, empresa sediada em São Bernardo do Campo (SP), a executiva construiu um modelo de gestão baseado em inovação, rigor técnico e expansão sustentável.
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A trajetória empresarial de Rosi teve início em 1985, com a Casa de Massas Vergueiro, empreendimento familiar que reunia produção artesanal e atendimento direto ao consumidor. Com apenas 24 anos na época, ela atuou em todas as etapas da operação, adquirindo domínio integral sobre processos produtivos, gestão de equipes e relacionamento com clientes.
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A virada estratégica veio em 1995, quando a executiva liderou a transição para o segmento de alimentação corporativa. Surgia, então, a Master Kitchen, com um propósito claro: oferecer soluções de alimentação que promovem bem-estar, eficiência e produtividade dentro das organizações. “Nosso propósito transcende servir comida; trabalhamos para fortalecer a força de trabalho das empresas”, afirma Rosi, destacando que essa mudança reposicionou o negócio para um crescimento sólido e contínuo.
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Estrutura industrial e capacidade de produção Com o passar dos anos, a Master Kitchen evoluiu para se consolidar como uma indústria de soluções em alimentação, atendendo empresas de diferentes portes por meio de modelos distintos de operação. A companhia administra restaurantes corporativos instalados dentro das empresas contratantes e também produz refeições transportadas em sua Cozinha Central, uma estrutura de alta performance com capacidade para produzir até 8.000 refeições por dia.
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Atualmente, a empresa mantém cerca de 150 colaboradores diretos e opera com processos alinhados às exigências sanitárias e técnicas do setor. A certificação ISO 9001:2015, obtida sob a gestão de Rosimeire Rocha, reforça o compromisso com padrões internacionais de qualidade, padronização e eficiência. Em termos financeiros, o faturamento anual gira em torno de R$ 25 milhões, com projeção de crescimento de pelo menos 10% para o próximo ano, mesmo diante do cenário econômico brasileiro.
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De acordo com a executiva, o planejamento estratégico inclui a ampliação da atuação da empresa com novos projetos, como a administração de restaurantes no setor agrícola e no segmento privado de educação, expandindo assim sua presença em diferentes mercados e ampliando o portfólio de soluções.
Inovação como marca da gestão A modernização constante sempre fez parte da visão estratégica de Rosi. Em 1998, quando o setor ainda operava majoritariamente de forma analógica, ela implementou softwares de gestão, ferramentas de controle de custos e processos automatizados. Também foi responsável pela introdução de tecnologias industriais que ampliaram o rendimento produtivo e elevaram a eficiência operacional, como fornos combinados e equipamentos de cocção de alta precisão.
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“Foi um divisor de águas. Passamos a operar com previsibilidade e decisões baseadas em dados”, destaca a executiva. Essa postura inovadora permitiu que a Master Kitchen assumisse contratos emergenciais e atendesse clientes que buscavam fornecedores capazes de manter qualidade mesmo em condições extremas, consolidando sua reputação em entregas de alta complexidade.
Liderança, legado e sucessão A trajetória de Rosi também é marcada por sua atuação como uma das poucas mulheres a liderar uma empresa industrial no setor de alimentação corporativa durante os anos 1980 e 1990, período em que o mercado era predominantemente masculino. Superar esse cenário exigiu resiliência, foco e uma gestão orientada a resultados concretos.
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A executiva buscou formação técnica em Nutrição, profissionalizou a estrutura da empresa e desenvolveu uma cultura organizacional sólida, fundamentada em ética, disciplina e responsabilidade. Entre suas contribuições mais significativas está o preparo estruturado para a sucessão, conduzido desde cedo com os três filhos, Lucas, Davi e Daniel Rocha Stofel, que hoje compreendem profundamente os valores e princípios que sustentam o negócio. “Construímos mais do que uma operação sólida; formamos uma instituição preparada para atravessar gerações”, afirma.
Mais informações sobre a carreira da executiva e o trabalho da Master Kitchen podem ser encontradas em www.masterkitchen.com.br e nas redes sociais da empresa @masterkitchenrefeicoes (Instagram) e Master Kitchen Refeições (Facebook).
Quando pensamos em recuperação de créditos, é comum vir à mente o cenário clássico de mailings, discadores e uma operação de call center. Mas isso representa apenas uma parte do processo. A recuperação de crédito se tornou uma atividade sofisticada. Ela exige profissionais cada vez mais qualificados e, principalmente, domínio de dados. No contexto judicial, essa competência é ainda mais decisiva: a tomada de decisões começa muito antes da petição inicial.
A recuperação de créditos é inteiramente orientada por dados. O cenário atual é contundente: em abril de 2025, o Brasil atingiu um novo recorde, com 70,29 milhões de adultos negativados, 43,36% da população, segundo CNDL e SPC Brasil. Além disso, mais de 7,3 milhões de empresas estavam inadimplentes, somando quase R$ 170 bilhões em dívidas, segundo a Serasa Experian. A jornada começa com dados históricos e, principalmente, com o entendimento do perfil do devedor. Conhecer esse perfil é uma estratégia essencial. Saber segmentar devedores em portfólios e aplicar a melhor abordagem para cada grupo reduz custos, evita despesas judiciais desnecessárias e diminui o risco de execuções frustradas. Após essa análise estratégica, chegamos finalmente aos casos que seguirão para a tutela judicial, com o objetivo de satisfazer o crédito do credor. Essa etapa é crucial. Aqui lidamos diretamente com o Judiciário, e ajuizar uma ação sem conhecer o terreno é uma receita para desperdício de tempo e recursos. Antes de propor qualquer ação, é indispensável entender o fórum, a comarca, o histórico daquele juízo e as particularidades de cada vara. Quando falamos de uma carteira grande de processos, essa análise precisa ser ainda mais profunda: identificar a classe processual mais adequada, estimar o tempo médio de tramitação e avaliar os riscos.
A arte da negociação Além da avaliação dos riscos operacionais ligados ao Judiciário, é indispensável contar com um time especializado para conduzir as negociações com o devedor. Enquanto a tutela jurídica move o processo, a negociação trabalha em paralelo para encerrar o litígio por meio de um acordo extrajudicial, uma solução que reduz custos, tempo e exposição a riscos. Nesse ponto, o relacionamento com o devedor se torna parte estratégica da recuperação. É preciso mapear todo o fluxo operacional de tratativas: desde o primeiro contato com o advogado, a manifestação sobre audiências de conciliação, até a análise dos riscos envolvidos. Avaliar a probabilidade real de êxito da ação judicial antes de conceder descontos é um fator decisivo na recuperação de ativos problemáticos. Cada interação importa. Propostas, retornos, follow-ups e registros de conversas ajudam a construir um mapa preciso do comportamento do devedor e de seu advogado. Isso permite identificar a melhor abordagem de negociação, antecipar tentativas de fraude à execução, riscos como a infidelidade do depositário, litigância de má fé e outras situações que podem comprometer o resultado. A recuperação de crédito judicial deixou de ser uma atividade pautada apenas por procedimentos tradicionais. Hoje, ela se apoia em análise de dados, segmentação inteligente, leitura fina do Judiciário e capacidade real de negociação. Cada fase, da seleção estratégica dos casos, ao ajuizamento responsável, até a condução das tratativas com o devedor, exige domínio técnico e visão sistêmica. O futuro da recuperação de crédito judicial não está apenas na força da cobrança, mas na inteligência aplicada em cada decisão. E quem dominar essa inteligência estará sempre um passo à frente.
Leonardo Gabriel Lopes Queiroz – Controller Administrativo na área de Recuperação de Créditos da Finch