Mesclar vendas entre o sistema físico e o online traz diversas vantagens para as empresas
O pós-pandemia não mudou apenas a forma de consumo dos clientes, como também a maneira que os empreendedores investem em seus negócios. Combinar produtos e serviços on-line com off-line se tornou o caminho para conseguir absorver os dois perfis de público existentes na atualidade: os que optam pela visita às lojas físicas e os que preferem a comodidade das compras digitais. Não à toa, a retomada do comércio presencial, o avanço da digitalização e outros canais de venda, como delivery, estão entre as principais justificativas da Associação Brasileira de Franchising (ABF) para a consolidação da recuperação e do crescimento do mercado de franquias brasileiro, em 2022.
Segundo o estudo recente da instituição, o faturamento das redes no país superou, pela primeira vez, os R$ 211 bilhões, passando de R$ 185,068 bilhões, em 2021, para R$ 211,488 bilhões em 2022, um crescimento nominal de 14,3% – índice superior aos 12% projetados pela ABF. No balanço de 2022, os 11 segmentos classificados pela Associação Brasileira de Franchising apresentaram crescimento em relação ao ano anterior. E a projeção para 2023 é ainda mais audaciosa, com um crescimento entre 9,5% e 12% de faturamento. Para quem pretende empreender ainda neste ano, a sugestão ainda é ir à procura de negócios híbridos, que garantem ganhos tanto nos produtos e serviços on-line como nos físicos.
Conheça algumas opções de redes que oferecem o formato híbrido de franquia:
PaperMall: digital + físico Recém-lançada no sistema de franchising, a papelaria conta com o diferencial de oferecer, além dos três formatos de franquias, um planejamento e treinamento especializado em marketing digital. O objetivo da estratégia híbrida, é oferecer atendimento no balcão, mas também humanizado pelo WhatsApp e redes sociais; aumentar a abrangência de divulgação do negócio e o raio de atendimento e venda da unidade. Modelo esse, inclusive, testado e aprovado durante a pandemia, e que fez a marca dobrar de tamanho e encontrar um negócio lucrativo neste setor.
Hoje, a novata no setor de franquias oferece dois modelos aos futuros investidores: a Virada de Bandeira, onde um dono de papelaria pode reestruturar o seu negócio com a licença de marca da PaperMall, juntamente com a aplicação das estratégias de marketing de vendas exclusivas da rede para captação de clientes. Já a segunda, se enquadra em um modelo mais tradicional de franquia, onde o empreendedor começa o negócio do zero vinculado à PaperMall. Nesse último formato, é possível escolher entre o formato de quiosque ou loja. Raio x da franquia Paper Mall:
Investimento Inicial: Bandeira: a partir de R$ 107 mil; Quiosque: a partir de R$ 117 mil; Loja: a partir de R$ 310 mil Taxa de Franquia: R$ 35 mil para todos os formatos Previsão de Retorno: de 15 a 29 meses para todos os formatos Projeção de receita mensal: Bandeira: de R$ 100 mil; Quiosque: de R$ 80 mil e Loja: de R$ 120 mil. Número de funcionários: Bandeira: 5, Quiosque: 4 e Loja: 5 Royalties: 5% Contato para interessados: papermall@live.com
American Cookies: delivery + loja física Com mais de 50 lojas espalhadas por 10 estados brasileiros (DF, GO, SP, MG, PR, SC, BA, PE, PB e SE), sendo 20 apenas em Brasília, onde nasceu a marca. A American Cookies foi uma das pioneiras a levar o cookie americano para o delivery, em 2017. Em 2021, a rede teve o faturamento de R$ 3.8 milhões. Já em 2022, faturou R$ 10.7 milhões, representando um salto de 182% em relação ao ano anterior. A expectativa para 2023 é finalizar o ano com 15% de aumento em relação a 2022.
A American Cookies oferece mais de 20 sabores de cookies artesanais, feitos com ingredientes selecionados. Exemplo desse cuidado é a substituição da margarina pela manteiga de leite e a ausência de gordura vegetal, mudanças que garantem uma massa mais amanteigada, macia por dentro e crocante por fora. Outro diferencial da rede brasiliense é a generosidade nas suas porções, com cookies maiores dos que os disponíveis atualmente no mercado (1 unidade – entre 90g e 100g).
Raio x da franquia American Cookies: Investimento Inicial: Container: a partir de R$ 159 mil; Quiosque: a partir de R$ 179 mil; Loja: a partir de R$ 219 mil Taxa de Franquia: Container: R$ 38.900; Quiosques: R$ 46.900 mil e Loja: R$ 59.200 mil Previsão de Retorno: de 18 a 24 meses para todos os formatos Projeção de receita mensal: Container: de R$ 50 mil a 100 mil; Quiosque: de R$ 50 mil a R$ 100 mil e Loja: de R$ 50 mil a R$ 150 mil. Lucro Previsto: 15 a 20% em todos os formatos Número de funcionários: Container: ;, Quiosque: 4 e Loja: 6 Royalties: 5% FPP: 2% Contato para interessados: franquia@amcookies.com.br ou pelo WhatsApp: (61) 9 9279-0343. Diretor de Expansão da marca: Andrielle Ramalho.
Açaí Puríssimo: franquia semiautomática Fugindo do padrão delivery, pensando cada vez mais na expansão e em um atendimento mais ágil ao cliente, o Açaí Puríssimo, rede brasiliense especializada no preparo de cremes, shakes e congelados com a polpa do fruto amazônico, aposta em um novo modelo: a franquia semiautomática. Funciona assim: a nova operação possui, somente, um funcionário e um totem de autoatendimento. Com isso, o cliente terá mais agilidade no seu pedido, facilitando a gestão do negócio e reduzindo o custo fixo. O franqueado também ganha com isso, porque o formato requer um investimento menor, a partir de R$ 149 mil, e um custo operacional mensal reduzido, de até R$1.800. A previsão da rede de franquias brasiliense é que o novo formato chegue a faturar R$ 40 mil por mês. O modelo já foi testado em Brasília e ultrapassou a marca prevista, faturando R$ 117 mil em dois meses de operação.
Outra novidade do Açaí Puríssimo na franquia semiautomática é a mudança no projeto arquitetônico. Nas 12 lojas espalhadas em Brasília (406/407 Asa Norte, 310 Asa Norte, 103 Asa Sul, 113 Asa Sul, 103 Sudoeste, Águas Claras, Sobradinho, Noroeste, Taguatinga, Samambaia, Guará, Gama e Lago Norte CA 07 recém-inaugurada), as unidades estão mais clean e modernas, com cozinha integrada com atendimento, para facilitar o próprio funcionário nessa operação por conta própria. Esteticamente, a nova roupagem do Açaí Puríssimo possui um novo balcão em mdf em cor clara ripado com um expositor de vidro, cozinha com revestimento em metro white, pergolado em mdf, também na cor clara, cantos arredondados e novas iluminações nas unidades.
Raio x da franquia Açaí Puríssimo: Investimento Inicial: 100 mil investimento Taxa de Franquia: 50 mil de taxa de franquia Previsão de Retorno: 24 meses Projeção de receita mensal: Quiosque: Loja Física + Delivery: 40 mil Número de funcionários: 2 Royalties: 5% Contato para interessados: ricardo@acaipurissimo.com.br
No mundo hiperconectado em que vivemos, limitar o marketing à estética das redes sociais é reduzir seu verdadeiro poder. É o que defende o especialista Ruan Cabrera, que atua na construção de marcas e estratégias com foco em diferenciação real e resultados consistentes. A partir de dados divulgados pela Exame, fica evidente: investir em marketing é investir na saúde do negócio.
“Marketing não é sobre postar por postar. É sobre estratégia, conexão e diferenciação. Os negócios que entendem isso saem na frente. E isso vale para absolutamente todos os setores”, afirma o Ruan.
Segundo o estudo citado pela revista Exame, empresas que investem em marketing têm, em média, crescimento 3 vezes mais acelerado. Ainda de acordo com o levantamento, 60% dos consumidores escolhem uma marca com base na experiência que ela proporciona — o que mostra que, mais do que o produto ou serviço em si, a forma como ele é entregue é o que fideliza.
Economia criativa é para todo mundo
Engana-se quem pensa que a economia criativa se limita a setores como moda, publicidade ou entretenimento. A proposta de Ruan é mostrar que criatividade aplicada pode transformar qualquer negócio.
“Todo negócio pode criar diferenciais com criatividade. No varejo, por exemplo, já não vendemos só produtos — vendemos experiências. Na medicina, o paciente não quer só tratamento técnico, mas uma relação empática. E até na indústria, vemos movimentos de personalização e construção de marca própria”, pontuam o especialista.
Casos reais: da indústria à medicina
Um exemplo é o da Hairtrix, cliente de Cabrera. Tradicionalmente posicionada como uma indústria fabricante de cosméticos, a marca passou a desenvolver linhas personalizadas para seus parceiros, aproximando-se de uma lógica B2B2C e transformando clientes em criadores de suas próprias marcas.
“Isso é economia criativa na prática. É usar inteligência de mercado, empatia e inovação para gerar valor. A criatividade aplicada ao negócio permite sair da guerra de preços e construir vínculos reais com o consumidor”, explica.
Estratégia: a base de tudo
A presença digital é importante, claro — mas apenas como parte de uma estrutura estratégica maior. Investir em tráfego pago, conteúdo relevante, branding, dados e jornada do cliente faz parte do jogo para quem quer se destacar em um mercado competitivo.
“Não adianta ter um feed bonito se você não tem uma marca forte, uma experiência memorável e uma proposta clara. O marketing estratégico transforma percepção em conversão — e isso reflete diretamente no faturamento”, reforça o especialista.
Conclusão: o marketing como pilar da inteligência de negócio
A recomendação de Cabrera é clara: todo empreendedor precisa entender que marketing é investimento, não despesa. Ele é a ponte entre o que o negócio é e como o mercado o percebe — e essa percepção é o que define vendas, reputação e crescimento.
“É hora de parar de tratar o marketing como um ‘luxo’ ou um ‘post bonitinho’. É ele que constrói diferencial em um mercado onde tudo parece igual. Criatividade, estratégia e experiência são os ativos mais valiosos de um negócio hoje.”
Evento promove negócios, destaca talentos locais e atrai lojistas de todo o Brasil para o distrito de Morrinhos/CE.
O distrito de Sítio Alegre, em Morrinhos (CE), se prepara para viver mais uma edição do maior evento de moda íntima da região Norte do estado. No dia 7 de junho de 2025, a Arena BR Inox será palco do Sítio Alegre Tá na Moda, feira de negócios que une desfiles, conexões comerciais e valorização da produção local com o tema “Moda que Conta Histórias”.
Mais que uma vitrine de tendências, o evento é um marco no fortalecimento da economia local. Com a participação de lojistas, revendedores e distribuidores de todo o Brasil, a iniciativa reforça a vocação do distrito como o maior polo de moda íntima, praia, fitness e casual do Ceará, responsável por movimentar a economia e manter centenas de famílias na própria comunidade, em um ciclo de geração de renda que já atravessa gerações.
“O Sítio Alegre Tá na Moda mostra ao Brasil a potência que é o nosso distrito. Aqui, a moda é feita em família, com qualidade e inovação, e com histórias de quem escolheu crescer sem precisar sair do lugar onde nasceu”, afirma Antonio Alexsandro Ribeiro, presidente do Uniconfecções.
A programação inclui desfiles por segmento, feira de negócios, e presenças confirmadas da estilista Raquel Marinho, além dos influenciadores Tales Girão, Brena Jéssica e Ariane, que fortalecem a visibilidade do polo nas redes. O som fica por conta do DJ Monkey.
Com o apoio de instituições como Sebrae, FIEC, Sindiconfecções e rádios regionais, o evento também é reflexo de uma articulação estratégica para posicionar o Ceará como referência no mercado de moda nacional. “O que acontece aqui é único. São jovens, mulheres e famílias inteiras que encontraram na moda uma forma de viver com dignidade. Nosso desafio é levar essa produção a novos mercados, e o evento é a porta de entrada para isso”, explica Alexsandro Ribeiro.
Segundo dados locais, a cadeia da confecção é a principal fonte de renda do distrito, sendo responsável por grande parte da circulação de capital na região. O ambiente empreendedor local é tão sólido que muitos jovens já não precisam deixar Sítio Alegre para buscar emprego em centros urbanos.
Serviço:
Sítio Tá na Moda 2025
7 de junho de 2025
A partir das 8h
Arena BR Inox – Sítio Alegre, Morrinhos/CE
Mais informações e atualizações: @sitioalegretanamoda
Com o objetivo de conectar a indústria cearense aos mais avançados ecossistemas de inovação do país, uma comitiva formada por 32 empresários e representantes de instituições, participou, no dia 26 de maio, de uma missão ao Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT). A ação integrou setores estratégicos como alimentos, químico, energia, telecomunicações, construção civil, e pesquisa nas áreas de agroindústria e saúde, com foco no fortalecimento de alianças que transformem tecnologia em desenvolvimento econômico para o Ceará.
“Nosso compromisso é gerar conexões que tragam resultados reais. O Ceará tem capacidade produtiva, instituições sólidas e vocação para a inovação. O PIT está pronto para colaborar com esse processo”, afirmou André Siqueira, Business Advisor do PIT, responsável pela articulação da Missão.
“Durante a visita, os participantes conheceram a infraestrutura e os mecanismos de apoio do parque, que abriga mais de 500 empresas de base tecnológica, além de centros de pesquisa, investidores, startups e grandes corporações. A programação incluiu painéis temáticos, apresentação de cases de sucesso, visitas a empresas como Nestlé, Altave, Autaza, Agrotools, UAVI e ID-SUBSER”, registra Siqueira.
O PIT atua como parceiro estratégico de governos e prefeituras na criação de políticas de inovação, modernização de distritos industriais, capacitação de gestores e desenvolvimento de cidades inteligentes. Essa dimensão institucional foi destaque na missão, reforçando a importância de integrar a inovação à gestão pública e às estratégias regionais de desenvolvimento.
Segundo Marcelo Nunes, vice-presidente de Negócios do PIT, a aproximação com o Ceará é estratégica: “Estamos diante de um estado com enorme potencial produtivo. A parceria articulada por André Siqueira mostra como a inovação pode ser aceleradora de competitividade e transformação industrial.”
A visita também simboliza a consolidação de uma ponte entre o Ceará e o Vale do Paraíba — movimento impulsionado pela instalação do novo campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em Fortaleza, ampliando ainda mais o intercâmbio de talentos e conhecimento.
De acordo com Alex Martins, presidente do Sindipan, “a visita ao Parque Tecnológico de São José dos Campos foi maravilhosa. Ampliou muito nossa visão e nos abriu a mente para buscar soluções que possam ajudar a resolver alguns dos desafios enfrentados na panificação.” A mesma percepção é compartilhada por Paulo Rabelo, presidente do Sindiroupas, para quem “a visita ao PIT foi uma oportunidade valiosa para enxergarmos, na prática, como a inovação pode ser articulada de forma eficiente entre governo, academia e setor produtivo. Essa experiência nos inspira a construir, no Ceará, um ecossistema forte, capaz de impulsionar a competitividade da indústria da moda por meio da tecnologia, da colaboração e de uma visão voltada para o futuro.”
Já para Beto Chaves, presidente do Sindquímica-CE e da Associação Industrial do Guaiúba Chemical Park, a missão representou uma oportunidade estratégica de aprendizado e inspiração. “Vejo como bastante exitosa a experiência da Missão realizada no PIT, em São José dos Campos, pois foi uma excelente oportunidade de aprendermos, conhecermos e nos aprofundarmos em uma ambiência de muita inovação e cases positivos. Trata-se de um equipamento maduro, com 20 anos de atuação, um polo industrial que respira inovação, com incubadoras para startups se desenvolverem. Hoje, nós temos o Polo Químico de Guaiúba em pleno desenvolvimento e o Polo Industrial de Maranguape saindo do papel, e a ideia foi aprender para trazer essas informações e um pouco da expertise de projetos já consagrados para aplicar nos nossos empreendimentos, visando acelerar o desenvolvimento dos nossos polos e o impacto na indústria química cearense. Só temos a agradecer o convite e parabenizar pela valorosa iniciativa.”
Para Gustavo Saavedra, chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, a missão também foi uma oportunidade de compreender a dinâmica prática de um ecossistema de inovação maduro. “O evento no PIT foi uma excelente oportunidade de conhecer como se constrói e opera uma estrutura dedicada a levar a inovação para dentro das empresas. Desde startups até grandes multinacionais, todos convivem em um ambiente desafiador, onde soluções e integrações são construídas e reverberadas na geração de empregos e faturamento.”
Com o apoio do Sistema FIEC, SEBRAE e SESI, a missão ao PIT representa mais do que uma visita institucional: é um passo concreto para posicionar o Ceará como protagonista nacional em inovação industrial, integrando tecnologia, território e estratégia.