Nos últimos anos, eventos como os incêndios no Pantanal e a seca na Amazônia causaram sérios danos à biodiversidade brasileira, resultando em uma significativa redução na quantidade e diversidade de fauna. Em resposta a esses desafios, escolas têm desenvolvido projetos pedagógicos focados na conscientização sobre o clima, vegetação e a importância dos animais. Para isso, estabelecem parcerias com instituições de educação ambiental, visando informar e envolver os estudantes na preservação e conservação dos ecossistemas desde cedo, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes.
Este é o caso da ONG SPJ, fundada em 2007 no Sítio Pedagógico Tia Jacira, no Parque Municipal da Taquara, no Rio De Janeiro. Sob a liderança do Prof. Rubens e pela Tia Jacira, proprietária do sítio, a ONG SPJ tem se destacado por meio de projetos realizados em escolas e em ambientes naturais, atendendo alunos de diferentes idades e culturas, com o objetivo de democratizar as informações sobre meio ambiente, cadeia alimentar e relações ecológicas, ao mesmo tempo em que desenvolve habilidades e competências nos educandos.
A ONG SPJ possui diversos projetos, como o “SPJ nas escolas”, que leva o conhecimento para a sala de aula, incluindo a apresentação de uma variedade de animais vivos, materiais fixados e diversos, como peles de cobra, ovos de aves e larvas. Além disso, oferece as “Aulas Associativas”, nas quais os alunos têm a oportunidade de vivenciar experiências no campo por meio de trilhas e aulas práticas, promovendo atividades físicas, desenvolvendo o desenvolvimento motor e aguçando os sentidos. Para os alunos mais jovens, é realizado o projeto “Biodiversidade” na Fazenda das Nascentes, em Santo Aleixo, Rio de Janeiro com atividades na horta, laboratórios, trilhas e aulas que auxiliam no desenvolvimento individual e no respeito à natureza.
Dessa forma, a conscientização e a preocupação com o futuro ambiental são disseminadas igualmente entre os alunos da rede particular e pública de ensino, e o intuito é construir uma geração de adultos conscientes e responsáveis em relação à nossa biodiversidade.
O professor e biólogo Matheus Marques é um dos jovens educadores que participa dos projetos, conduzindo as apresentações nas escolas onde ministra as aulas educativas e guiando as visitas presenciais. “Com seis anos de atuação na área de educação, é um privilégio levar este ensino prático para as crianças. Mais do que isso, envolve a responsabilidade de sensibilização, contribuindo para a formação de adultos mais conscientes”, comenta Matheus.
O autor Fernando Dusi Rocha lança, pela editora 7 Letras, o romance Aquando nem o inferno, uma obra que inova ao combinar a linguagem arcaica do cancioneiro galego-português com uma narrativa contemporânea e provocativa. O livro traz à tona temas que questionam a sociedade atual, utilizando elementos lexicais desse vasto acervo trovadoresco medieval, uma das mais ricas tradições literárias da Península Ibérica, que floresceu entre os séculos XII e XIV.
Na obra, Dusi revisita as cantigas de escárnio e maldizer, um dos gêneros do cancioneiro, ao mesmo tempo que transgride as normas da gramática culta brasileira, utilizando construções linguísticas pouco usuais, algumas das quais mais próximas do português europeu, como a colocação pronominal.
A narrativa, menos complexa que seu romance anterior, Eu, Jeremias, estabelece uma ponte entre o passado literário e linguístico e o presente, expondo a desintegração crescente dos valores éticos, agravada na contemporaneidade.
“Minha intenção é afastar do público leitor a ideia de que meu processo de escrita, pautado numa linguagem e léxico tão inusuais, seria incompatível com a contemporaneidade, por soar anacrônico e descabido à formatação habitual dos romances em voga”, explica o autor. “O tom de novidade que pretendo dar ao meu romance reside em reavivar a chave medieval e fecunda de nossa língua, buscando mostrar como um léxico usado há quase oitocentos anos ainda pode interagir com o leitor atual.”
A história se passa na fictícia cidade de Santa Vaia, no interior de Minas Gerais, onde um boticário e maestro de uma banda local vive com suas três filhas: Celestina, Melibea e Areúsa.
A trama central gira em torno de um incidente desastroso envolvendo Celestina durante a procissão da Sexta-Feira da Paixão. A partir desse episódio, uma série de acontecimentos negativos passa a afetar sua vida e de suas irmãs, desencadeando diversos conflitos e reviravoltas. Paralelamente, o processo de beatificação da Devota Hebreia, uma figura de suposta origem criptojudaica, gera comoção e ceticismo na cidade, intensificando os dilemas religiosos e sociais.
O autor usa o ambiente familiar e religioso para refletir sobre questões profundas, como a prevalência da aparência sobre a essência (das coisas e da psique) e a superficialidade da fé institucionalizada. Ao longo da narrativa, o boticário procura, por meio de suas reflexões filosóficas e moralistas, inspiradas na doutrina do jesuíta espanhol Baltasar Gracián, moldar o destino de suas filhas, especialmente da primogênita, que busca aventuras fora do casamento e desafia a moral reinante.
“A dominância da aparência das coisas e pessoas nos anos 1950 e 1960, época em que transcorre a narrativa, chega a ser desprezível se comparada com os acontecimentos que vivenciamos agora, sobretudo diante do poderio das redes sociais sobre as pessoas, que nelas encontram lugar ideal para a dissimulação e o disfarce”, reflete Dusi. “Além disso, a hipocrisia da sociedade vigente na época do romance ganhou uma grandeza ostentosa nos dias de hoje. O falso moralismo filtrado no romance mostra-se agravado em progressão geométrica pelas engrenagens do conservadorismo em nossa sociedade contemporânea”, finaliza o autor.
Aquando nem o inferno é uma obra que funde tradição e inovação, oferecendo ao leitor uma trama envolvente e reflexiva, que critica as hipocrisias de uma sociedade conservadora enquanto celebra a riqueza linguística e cultural de uma das mais valiosas tradições literárias do mundo ocidental. A obra já está disponível nas principais plataformas digitais de vendas.
Sobre o autor
Fernando Dusi Rocha é poeta e escritor. Mineiro de Ubá, reside em Brasília desde 1984. É pós-doutor em Literatura pela Universidade de Brasília. Pela 7Letras, publicou os livros de poesia O exílio de Polifemo (2006), finalista do Prêmio Jabuti em 2007, Crisol com açúcar (2008) e O breviário (2016), a reflexão autobiográfica Tua carne verá a luz (2014) e Eu, Jeremias (2020). Em 2009 teve publicado, ainda, seu poemário Lições de taxidermia pela Ateliê Editorial; e, em 2010, o livro ensaístico O problema da verdade: literatura e direito, pela Fino Traço.
A cantora e apresentadora Mara Maravilha está radiante! A baiana comemora os ótimos índices de audiência do “Programa da Maravilha”, exibido na Rede Gospel de Televisão, que vem se destacando em todo o país. Além disso, o sucesso do “PodMara”, seu podcast transmitido em seu canal oficial no YouTube, também é motivo de celebração.
Além de comandar a revista eletrônica ao vivo, Mara Maravilha está investindo em novos talentos musicais, e um deles chama a atenção: Wilson Ramos, cantor que recentemente se destacou no “Programa Raul Gil” do SBT. O carioca começou sua carreira ainda criança e possui uma voz potente e diferenciada, recebendo inúmeros elogios de importantes figuras musicais. Mara acredita que Wilson é um talento promissor.
“Wilson é completo. Ele canta de gospel a romântico, utilizando todas as técnicas de maneira precisa e minuciosa. Ele é a minha aposta, e para 2025 vamos produzir singles que surpreenderão o grande público”, afirma Mara Maravilha, que possui mais de 37 trabalhos musicais e mais de 8,5 milhões de discos vendidos.
Wilson Ramos, que também se destaca no ramo empresarial financeiro, expressa sua gratidão por ter uma madrinha artística com tanta experiência. “Mara se tornou uma irmã para mim. Ela é muito cuidadosa e, através de sua longa trajetória, se preocupa não apenas com a carreira, mas também com meu desenvolvimento espiritual, familiar e profissional. Tenho certeza de que 2025 trará novidades que surpreenderão positivamente muita gente”, conclui Wilson, que em breve entrará em estúdio para gravar novas músicas.
A Batalha do Forte, nascida em 2021 e concretizada em 2022 em Cabo Frio, Rio de Janeiro, é mais do que um evento cultural. É um verdadeiro grito de resistência, inclusão e esperança, que tem mudado a vida de milhares de jovens. Com rimas cheias de emoção e propósito, o projeto incentiva a juventude a pensar, criar e sonhar, afastando-a do crime e das más influências. Porque, como diz o lema: um jovem que faz rima é um jovem que pensa mais.
O que é a Batalha do Forte?
A Batalha do Forte é um palco de transformação onde MCs desafiam sua criatividade no rap freestyle, improvisando rimas que traduzem suas vivências, seus sonhos e sua visão de futuro. Dividido entre a “batalha do conhecimento”, que valoriza temas educativos, e a “batalha de sangue”, com embates líricos intensos, o evento vai além da competição. Ele é um espaço seguro onde a juventude encontra motivação para explorar seu potencial criativo.
Além disso, o evento abre espaço para manifestações culturais como pocket shows, danças e poesia, consolidando-se como uma plataforma inclusiva para os talentos da periferia.
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A Origem: Um Chamado pela Juventude
A Batalha do Forte nasceu de uma necessidade urgente: oferecer alternativas para os jovens da periferia de Cabo Frio. Em meio à vulnerabilidade social, era essencial criar um espaço onde eles pudessem ser ouvidos, respeitados e valorizados.
Os organizadores perceberam que muitos jovens careciam de oportunidades culturais que estimulassem seu talento e, ao mesmo tempo, proporcionassem um caminho longe da criminalidade. Assim, em abril de 2022, a primeira edição reuniu 200 pessoas e provou que a arte pode mudar vidas.
Impacto: Transformando Vidas e a Economia Local
A cada edição, a Batalha do Forte reúne entre 300 e 1.000 pessoas, criando uma conexão poderosa entre cultura, inclusão e economia. Na Praça da Cidadania, onde o evento acontece, o comércio local prospera. Expositores de artesanato e vendedores ambulantes relatam um aumento significativo nas vendas, graças ao público engajado que o projeto atrai.
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Uma Presença Digital que Amplifica Vozes
• Instagram: 39.000 seguidores.
• TikTok: 92,8 mil seguidores e vídeos viralizados.
• YouTube: 91,940 mil inscritos e mais de 6,5 milhões de visualizações.
Nas redes sociais, o impacto é ainda maior. Cada vídeo compartilhado não é apenas entretenimento: é uma mensagem de esperança e resistência que alcança milhares de pessoas.
Cultura como Alternativa ao Crime
Através da arte, a Batalha do Forte está reescrevendo narrativas. Jovens que poderiam estar em situações de risco agora encontram na música uma forma de expressão e um propósito. Com rimas que refletem suas lutas e aspirações, eles provam que a liberdade de expressão é uma ferramenta poderosa para transformar realidades.
Estudos apontam que a juventude brasileira enfrenta desafios como o desemprego e a falta de oportunidades. A arte, no entanto, se mostra uma saída eficaz. “A cultura não é só uma válvula de escape; é uma forma de moldar o futuro”, dizem os organizadores.
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Educação e Desenvolvimento: O Verdadeiro Impacto
A Batalha do Forte não para no entretenimento. Oficinas de freestyle, workshops para jurados e circuitos culturais são realizados, criando um ambiente de aprendizado e desenvolvimento para os jovens. Esses programas incentivam o pensamento crítico, a criatividade e a autoconfiança, mostrando que o rap não é apenas música: é educação em sua forma mais pura.
O Desafio e a Visão para o Futuro
Apesar do sucesso, a Batalha do Forte enfrenta desafios, principalmente na captação de recursos. Mesmo assim, os organizadores sonham grande. Para 2024, planejam trazer MCs de todo o Brasil, promovendo intercâmbio cultural e elevando ainda mais o nível técnico do evento.
Por Que Apoiar a Batalha do Forte?
A Batalha do Forte é um símbolo de resistência e esperança. É a prova viva de que a juventude brasileira, quando apoiada, tem um poder transformador imenso. A cada rima improvisada, os jovens mostram que têm algo a dizer, algo a construir.
Foto: Vinicius Bonito
Quando escolhem a cultura, eles alimentam a sociedade com pensamentos críticos e uma visão de futuro. E isso nos lembra que a liberdade de expressão é essencial para o progresso, tanto individual quanto coletivo.
A Batalha do Forte é mais do que um evento: é um movimento que ecoa nas periferias, fortalece identidades e cria um Brasil mais inclusivo, criativo e esperançoso. Apoiar esse projeto é acreditar que um jovem que faz rima é um jovem que pensa mais – e que juntos, podemos construir um país melhor.