Comissões e indicações impulsionam renda de associados
O e-commerce é uma realidade no Brasil e segue em expansão, com crescimento de 26,9% em 2022, segundo a Neotrust. Além disso, o comércio eletrônico está em franca evolução e tem buscado se aproximar das boas experiências que os consumidores têm nas lojas físicas, inclusive utilizando tecnologias como a realidade aumentada para reinventar a experiência de compra.
Nesse contexto, modelos como o dropshipping vêm ganhando cada vez mais adeptos. A Atacadão do Brasil soube enxergar essa oportunidade e, desde 2017, consolida seu nome no setor de dropshipping, agora também com sistema de multinível.
Fundada pelo empresário Albert Silva Pinheiro, natural de Montes Claros (MG), a Atacadão do Brasil começou apenas vendendo produtos pela internet. Pinheiro, que tem formação em Pedagogia, define-se como um empreendedor motivado e criativo.
Em 2023, a empresa implementou uma importante novidade, o sistema de multinível, permitindo maior engajamento de associados e aumento na geração de renda. “Percebemos que poderíamos ir além com nosso modelo, envolvendo mais pessoas nesse propósito”, afirma Pinheiro.
Como funciona
Para participar, o interessado paga uma taxa de inscrição de R$ 100,00, valor que é convertido em crédito para uma maquininha da Ton com taxas reduzidas. Essa maquininha facilita não apenas o recebimento pelas vendas realizadas na plataforma, como também possibilita que o associado utilize em outros negócios.
Além disso, a cada nova pessoa indicada, o participante passa a ganhar comissões sobre as compras que ela realizar na Atacadão do Brasil. Quanto mais indicações, maior o faturamento com essas comissões recorrentes.
Vantagens do modelo
Ao alinhar dropshipping e marketing multinível, a Atacadão do Brasil consegue oferecer vantagens importantes. “Além da renda com vendas, nosso sistema de indicações permite ganhos extras sem precisar estocar mercadorias”, explica Pinheiro. “É uma ótima maneira de começar a empreender com pouco investimento”, completa.
Outro benefício importante é o portfólio de produtos disponíveis. São mais de 300 mil itens entre eletrônicos, roupas, calçados, semi-jóias, acessórios e muito mais. Toda a logística e atendimento aos clientes finais são realizados pela Atacadão do Brasil, permitindo foco total na prospecção e indicação por parte dos associados.
O sucesso do modelo já permite a distribuição de mais de R$ 150 mil em comissões todos os meses. E casos de associados faturando entre R$ 3 mil e R$ 6 mil por mês já são uma realidade, fruto do engajamento e proatividade com o sistema de multinível.
Quer saber mais? Acesse o site ou siga @atacadaodobrasil2.0 para conhecer essa empresa que vem revolucionando o mercado de dropshipping no Brasil.
Mesmo com o expressivo crescimento das buscas online por insumos agrícolas, os canais de venda digital do agro ainda não aproveitam o potencial comercial da Black Friday.
A data segue como uma das principais do varejo digital brasileiro, mas ainda passa quase despercebida pelas plataformas do agronegócio. A constatação aparece no estudo “Black Friday no agro: os marketplaces do setor aproveitam a data?”, conduzido pela Macfor, agência full de marketing digital, que analisou o comportamento das empresas durante a edição de 2025, com base em dados coletados por sua tecnologia proprietária.
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Utilizando um modelo que integra dados públicos das grandes plataformas digitais, social listening e processamento analítico no Data Lake Dolores, a Macfor mapeou tendências de busca, desempenho das principais empresas do segmento e estratégias de comunicação adotadas no período promocional. A análise indica um cenário claro: enquanto o interesse do consumidor rural por compras online aumenta, o mercado ainda não converte essa demanda em experiência, competitividade e vendas.
Segundo Diogo Luchiari Fructuoso, Sócio e VP de Atendimento e Operações da agência, os números evidenciam uma distância crescente entre o comportamento digital do cliente e a maturidade dos canais agrícolas. Ele destaca que o público busca mais, pesquisa mais, mas não encontra, nesses ambientes, a mesma eficiência observada no comércio tradicional. Para Luchiari, isso representa uma oportunidade ainda inexplorada.
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O estudo revela que as buscas por produtos agrícolas continuam crescendo de forma consistente. Itens como ureia, tratores, glifosato, sementes e colheitadeiras lideram o ranking, com a ureia superando 74 mil pesquisas e os tratores ultrapassando 60 mil. Na comparação entre 2024 e 2025, o aumento é robusto: cocho para gado avança 16,67%, tratores crescem 12,5% e glifosato sobe 10,61%. Luchiari aponta que o comprador do campo está cada vez mais digital, e essa mudança de comportamento exige respostas rápidas das plataformas, que ainda operam com estruturas inferiores às do varejo tradicional.
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O levantamento também aponta desafios críticos na experiência do usuário. Muitos sites exigem login para visualizar preços, escondem produtos logo no início da navegação e apresentam layouts pouco intuitivos. As consequências aparecem nas taxas de rejeição, que superam 80% em canais como a Agroline e passam dos 90% no Grão Direto. Em contraste, páginas que exibem preços e informações de forma clara, como Agrosolo e MFRural, registram rejeições bem menores, chegando a 24% no caso da Agrosolo. Para o executivo, mais transparência e usabilidade representam a diferença entre reter ou perder o cliente já na primeira visita.
Outro ponto destacado é o baixo investimento em tráfego pago durante o período promocional. Mesmo marcas consolidadas reduziram os aportes em pesquisa paga em 2024 e novamente em 2025, enquanto empresas menores apenas começam a testar campanhas digitais. “Essa retração é um sinal de imaturidade estratégica, já que datas de alto volume são historicamente impulsionadas por investimento publicitário intenso. Ainda falta ao agro uma cultura mais consistente de ações segmentadas, conteúdo relevante e presença digital contínua”, reforça Diogo.
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Apesar disso, algumas categorias tiveram iniciativas pontuais na ocasião, sobretudo em rações, controle biológico, veículos, maquinário pesado e fertilizantes. Houve exemplos de promoções com até 80% de desconto, frete grátis e condições facilitadas, mas de forma isolada e sem campanhas estruturadas. A agência observa que boa parte dos sites não aproveita o tráfego natural do período e perde a chance de construir relacionamento, fidelizar e aumentar o ticket médio.
“A pesquisa confirma que o produtor já está pronto para uma jornada digital semelhante à do varejo, mas o agro ainda precisa acelerar. A Black Friday deveria funcionar como um catalisador de inovação no comércio agrícola, e não como uma data tratada de maneira periférica. Nesse sentido, a adoção de boas práticas de e-commerce, como transparência nas ofertas, páginas mais leves e campanhas de mídia consistentes, pode transformar radicalmente os resultados”, atesta Diogo.
O relatório conclui que a ocasião é uma oportunidade subaproveitada pelo agronegócio brasileiro. E, com o crescimento contínuo das buscas e o avanço da digitalização no campo, o momento é decisivo para que as marcas se reposicionem. “Quem profissionalizar suas estratégias digitais, tende a conquistar vantagem competitiva em um mercado que começa a se mover com velocidade rumo ao comércio eletrônico”, finaliza Diogo Luchiari.
No dia 27 de novembro, às 19h30, o Diário do Acionista realizará uma nova edição do Papo de Acionista, série de lives que abre espaço para debates relevantes sobre comportamento, mercado, negócios e as mudanças que atravessam diferentes setores da economia. Nesta edição, o tema será “Moda: Economia e Identidade Cultural”, uma conversa que pretende ampliar o olhar para além da estética, abordando a moda como linguagem, ferramenta social e vetor econômico.
A moda movimenta cadeias produtivas, influencia hábitos de consumo, gera empregos e, ao mesmo tempo, carrega símbolos, histórias e territórios. Entender como esses elementos se conectam é essencial para compreender o impacto da moda na economia e o papel que ela desempenha na construção de identidades culturais no Brasil. É a partir dessa perspectiva que o Diário do Acionista convida nomes que estão na linha de frente desse diálogo. O convidado desta edição é Jadson Baruc, performer, criador da marca DOM BARUC e uma das principais referências da moda urbana contemporânea. Reconhecido por unir estética, ancestralidade, propósito e identidade periférica, Jadson tem construído um trabalho consistente que conecta moda, cultura, empreendedorismo e impacto social. Sua marca, DOM BARUC, tornou-se um símbolo de pertencimento e afirmação cultural, traduzindo experiências das ruas em peças, narrativas e projetos com forte relevância social. Com iniciativas como o DB.LAB Rua, a marca reforça seu compromisso com formação, acesso e desenvolvimento de novos talentos vindos das comunidades urbanas.
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Durante a live, Jadson compartilhará sua trajetória criativa, os desafios e oportunidades da moda independente no Brasil e a importância de valorizar referências culturais que historicamente moldam tendências, mas nem sempre recebem o devido reconhecimento. A conversa também abordará novas movimentações do mercado, empreendedorismo, sustentabilidade, economia criativa e a força das narrativas que nascem nas periferias.
A mediação ficará por conta de Ediana Avelar, publicitária, head de marketing e colunista do Diário do Acionista, que conduz o debate com olhar estratégico sobre marcas, comportamento, presença digital e transformação do mercado. Ediana trará questionamentos que conectam o universo da moda à economia, ao consumo e aos desafios de empreender no cenário atual. A transmissão acontecerá ao vivo pelo Instagram @diariodoacionista. O público poderá participar enviando perguntas e interagindo ao longo da conversa.
Um estudo da AMPRO apontou que 99% das indústrias afirmam que o trade marketing ganhou mais importância nos últimos cinco anos, mostrando que o setor precisa evoluir em digitalização, execução e mensuração para acompanhar canais mais complexos
O trade marketing está passando por um processo de transformação no setor industrial. As empresas que fabricam bens de consumo ou de capital enfrentam mais concorrência, a mudança de comportamento dos canais de venda e a digitalização acelerada.
No cenário atual, o trade marketing deixa de ser apenas a ativação de materiais no ponto de venda e assume um papel estratégico, melhorando o posicionamento da marca, aumentando a aderência com o varejo e conectando-se ao consumidor final.
Como o trade marketing ajuda a indústria a se posicionar melhor no mercado?
O trade marketing evoluiu de uma simples estratégia de exposição no ponto de venda para uma ferramenta de diferenciação e fortalecimento de marca. Ao investir em ações coordenadas de visibilidade no varejo, merchandising planejado, capacitação de equipes e suporte técnico, a indústria cria um posicionamento que vai além da disputa por preço. Esse tipo de atuação reforça a identidade da marca e amplia sua presença junto aos canais de distribuição e consumidores.
A tecnologia tem papel decisivo nesse processo. Soluções digitais como aplicativos de trade marketing, sistemas de acompanhamento de promotores e plataformas de análise de dados – todas essas com o apoio da inteligência artificial como forma de automatização – permitem acompanhar a execução em campo com precisão.
Por meio delas, é possível monitorar o cumprimento de planogramas, verificar a presença de produtos nas gôndolas, auditar campanhas e gerar relatórios automáticos em tempo real. Essa digitalização trouxe previsibilidade e velocidade para decisões que antes dependiam de visitas presenciais e relatórios manuais.
Além do ganho operacional, essa transformação fortalece o relacionamento entre indústria e varejo. Quando as marcas compartilham informações e oferecem suporte técnico baseado em dados, passam a ser vistas como parceiras estratégicas e não apenas fornecedoras. Esse novo nível de integração melhora o fluxo de comunicação, aumenta a confiança entre os elos da cadeia e reflete em melhores negociações, maior espaço nas prateleiras e um posicionamento mais sólido no mercado.
O trade marketing conecta consumidores com a marca?
Mesmo com o avanço do digital, o ponto de venda físico continua sendo um local de decisão importante. Ao tornar o produto visível, acessível e diferenciado no PDV, por meio de materiais de comunicação, demonstrações, amostras, integração com QR codes ou realidade aumentada, a indústria ativa o consumidor no momento da “última milha”.
Quando essa estratégia alcança o comprador final, gera comportamento de compra repetida e maior fidelidade. Por exemplo, equipes de vendas treinadas para demonstrar benefícios do produto ou displays inteligentes que destacam a categoria fazem com que o cliente perceba valor e não apenas preço.
O dado de que 99% das indústrias consideram o trade marketing mais relevante do que há cinco anos também evidencia o valor crescente dessa conexão entre marca e consumidor, apesar das lacunas ainda existentes na medição de resultados.
O trade marketing tem espaço para crescimento
Embora o trade marketing seja reconhecido há décadas no varejo, sua aplicação plena na indústria brasileira ainda é limitada. Muitas operações funcionam com processos desconectados, ausência de indicadores comparáveis e baixa digitalização da execução. Isso gera perda de verba comercial, ruptura não detectada e dificuldade real de provar retorno sobre iniciativas no ponto de venda.
A diversificação dos canais, loja física, e-commerce, marketplaces e modelos omnicanal, ampliou a complexidade operacional. Sem visibilidade integrada e sem critérios unificados de execução, produtos perdem espaço rapidamente e se tornam intercambiáveis diante do consumidor. Essa perda de diferenciação não decorre apenas do canal, mas da incapacidade de medir, ajustar e validar a operação em tempo real.
O trade marketing tem potencial para corrigir essas distorções, mas sua efetividade depende de elementos que muitas indústrias ainda não estruturaram: governança de dados, processos consistentes de execução, adoção de tecnologia e patrocínio da liderança para sustentar mudanças. Sem isso, permanece como função tática, e não como componente estratégico da competitividade industrial.