Ramon Leônidas mostra como a cenografia do BBB pode influenciar os participantes, desde seus relacionamentos até suas estratégias de jogo
O Big Brother Brasil (BBB) é um dos maiores fenômenos televisivos do país, com milhões de espectadores acompanhando as edições a cada ano. Porém, uma das facetas menos discutidas do programa é a poderosa influência que a arquitetura e a cenografia exercem sobre o comportamento dos participantes. O arquiteto, urbanista, designer de interiores e fã do BBB, Ramon Leônidas, se debruçou sobre essa questão em sua dissertação de mestrado no IADE – Instituto de Arte, Design e Empresa, da Universidade Europeia, em Lisboa. Seu estudo revela como o design do ambiente do programa não apenas molda a dinâmica entre os participantes, mas também influencia profundamente suas reações psicológicas e comportamentais.
A Arquitetura Emocional da Casa: Como o Design Influencia o Comportamento
Ramon Leônidas dedicou sua pesquisa a uma análise detalhada da casa do Big Brother Brasil, com foco nas implicações psicológicas do ambiente e como ele afeta o comportamento dos confinados. Para o arquiteto, o espaço dentro da casa não é apenas um cenário, mas uma peça central na manipulação das emoções e das ações dos participantes. Ele explora como a escolha das cores, texturas, iluminação e design da casa cria uma “arquitetura emocional” que coloca os jogadores em um estado constante de alerta.
O uso de cores vibrantes, por exemplo, tem um impacto direto sobre as emoções dos participantes. De acordo com Leônidas, as cores não apenas definem a estética do ambiente, mas também influenciam como os indivíduos reagem psicologicamente a estímulos externos. Paletas intensas de tons como o vermelho, amarelo e azul são projetadas para evocar emoções fortes, como excitação, irritação ou até agressividade, provocando reações intensas. Além disso, a sobrecarga de informações visuais, com padrões complexos e elementos tridimensionais, cria uma sensação de sobrecarga sensorial, tornando o ambiente psicologicamente desafiador.
Essa saturação de estímulos na casa, segundo o arquiteto, é um componente essencial para manter os participantes em um estado de constante tensão emocional. O arquiteto também observa que o comportamento dos jogadores dentro do espaço está profundamente conectado ao seu histórico individual e ao seu contexto cultural, o que explica as diferentes formas de reação de cada participante ao ambiente projetado.
As Implicações Psicológicas do Confinamento e a Pressão das Câmeras
Ramon enfatiza que as implicações psicológicas do confinamento no BBB são cruciais para entender as reações dos participantes ao longo do programa. O confinamento prolongado em um espaço isolado, combinado com a pressão das provas, o medo constante da eliminação e a vigilância das câmeras, pode gerar uma série de respostas emocionais e psicológicas adversas.
Embora o programa tenha uma equipe de psicólogos preparada para lidar com as questões emocionais dos participantes, é inegável que o ambiente de confinamento pode resultar em sérios efeitos colaterais psicológicos. O medo de perda de controle, a insegurança e a ansiedade são sentimentos recorrentes, exacerbados pela presença constante das câmeras e pela ausência de privacidade. Além disso, o fato de os participantes estarem sempre à mercê de um público invisível, que pode julgar e eliminar, intensifica esses sentimentos de vulnerabilidade.
Em sua dissertação, o arquiteto discute como o excesso de informações e o constante ciclo de provas, discussões e eliminações podem desencadear emoções como baixa autoestima, depressão e até pensamentos obsessivos. A pressão psicológica causada por esse contexto reflete-se nas dinâmicas sociais do programa, levando os participantes a comportamentos cada vez mais calculados, em uma tentativa de agradar ao público e garantir sua permanência no jogo.
O Público como o “Grande Irmão”: A Influência da Vigilância
Uma das conexões mais interessantes que Ramon Leônidas faz em sua dissertação é a relação entre o BBB e obras literárias e filosóficas sobre vigilância. O arquiteto cita o clássico distópico “1984”, de George Orwell, e o ensaio “Vigiar e Punir”, de Michel Foucault, como referências essenciais para entender as dinâmicas de monitoramento presentes no programa.
Segundo o Ramon, o conceito de vigilância no BBB pode ser comparado ao do “Grande Irmão” de Orwell, onde os cidadãos são constantemente observados e pressionados a se comportar de acordo com um padrão imposto. No caso do BBB, o público desempenha o papel do “Grande Irmão”, vigiando e julgando os participantes. Cada ação dos confinados é observada por uma audiência em tempo real, criando uma relação de poder simbólico entre eles e o público. A eliminação de um participante, muitas vezes, é o “castigo” de uma falha percebida aos olhos da audiência, refletindo o sistema de controle e punição retratado na obra de Orwell.
O arquiteto observa que, assim como no livro, os participantes são forçados a se adaptar a um regime de vigilância constante, onde não há espaço para a privacidade ou para um comportamento espontâneo. Isso leva à construção de uma imagem pública estratégica, onde cada gesto e palavra é calculado para agradar tanto os colegas de confinamento quanto os telespectadores.
O “Quarto Branco”: Intensificando a Pressão Psicológica
Outro elemento crucial explorado por Ramon Leônidas em sua dissertação é o famoso “Quarto Branco”, uma das dinâmicas mais polêmicas do programa. Esse espaço isolado foi criado para intensificar a pressão psicológica sobre os participantes, colocando-os em um ambiente claustrofóbico, onde são submetidos a desafios e estratégias de jogo que podem ser emocionalmente devastadores.
O arquiteto ainda aponta que o Quarto Branco é uma técnica com raízes em regimes de punição psicológica utilizados em vários países, como Irlanda do Norte e Venezuela. Ele ressalta que a exposição a esse tipo de confinamento pode causar danos cerebrais em períodos curtos e, em casos mais extremos, pode gerar dificuldades para os participantes diferenciarem o real do imaginário. Esse espaço, portanto, funciona não apenas como uma prova de resistência, mas como uma ferramenta de manipulação emocional, amplificando a tensão e o drama psicológico no programa.
Conclusão: A Psicologia do BBB e o Papel da Cenografia
A dissertação de Ramon Leônidas oferece uma nova perspectiva sobre o Big Brother Brasil, mostrando como o programa vai além do simples entretenimento. Através da análise detalhada do design do espaço e das dinâmicas psicológicas envolvidas, Leônidas revela como cada elemento da cenografia e cada aspecto do confinamento são usados para criar uma experiência emocionalmente carregada para os participantes, ao mesmo tempo em que captura a atenção do público.
Sua pesquisa lança luz sobre a complexa relação entre a arquitetura do programa, o comportamento humano e os efeitos da vigilância constante, proporcionando uma compreensão mais profunda dos impactos psicológicos e sociais do BBB, além de abrir um debate sobre as implicações éticas de um formato que explora a privacidade e a intimidade dos indivíduos sob constante observação.
Vivemos um momento em que os adolescentes parecem incentivados a crescer antes da hora. Uma recente denúncia sobre a “adultização precoce”, que é a exposição infantil a responsabilidades típicas de adultos, reacende o debate sobre o que falha no equilíbrio entre infância e maturidade e os efeitos psicológicos dessa tendência.
Nessa esteira surge “Adolescência: um desafio possível”, obra do psicólogo e escritor Alejandro Schujman, que chega ao Brasil em 15 de setembro. A obra é o primeiro título do selo Catarsis da Catapulta Editores. A pré-venda está disponível nas livrarias e e-commerce
A proposta do livro dialoga com a série “Adolescência” (sucesso no streaming), a partir da ideia de que o que mudou não foi a adolescência, mas a forma como os adultos a percebem.
Alejandro Schujman alerta sobre os perigos da negligência emocional. “Estamos deixando os adolescentes sozinhos. A nova tragédia coletiva da nossa era é a solidão das crianças e a perda do bom senso dos pais.” Essa solidão, ele afirma, abre caminho para lacunas entre gerações que só se estreitam com diálogo, empatia e limites claros.
O autor ressalta, ainda, a urgência de um basta. “Todas essas barreiras só nos levaram a normalizar uma série de absurdos nas últimas décadas, que só pioram ano após ano. Já chega.”
O livro oferece ferramentas práticas para pais e educadores: impor limites com empatia, educar sem medo, melhorar a comunicação com adolescentes e fortalecer redes familiares colaborativas. É um convite para olhar a adolescência com profundidade e generosidade, propondo que o que parece um desafio é, na verdade, uma oportunidade.
Sobre o autor:
Alejandro Schujman é psicólogo, escritor e pai em processo contínuo de aprendizado. Autor de ensaios e colunas no jornal argentino Clarín, dedica-se ao estudo dos conflitos contemporâneos na infância e adolescência, com foco na construção de vínculos emocionais saudáveis entre gerações.
Graduado com mérito pela Universidade de Buenos Aires (UBA), lidera uma equipe de trabalho chamada Rede Assistencial PSI, que atua nos âmbitos assistencial e comunitário. Seu trabalho concentra-se principalmente em palestras, cursos, oficinas e peças teatrais na Argentina e em outros países de língua espanhola. É autor de vários livros consagrados, entre eles: “Generación Ni Ni”, “Es no porque yo lo digo”, “Herramientas para padres”, “No huyo, solo vuelo: El arte de soltar a los hijos” e “Gretta y el arte de complicarse la vida”.
Onde comprar:
Com distribuição nacional nas principais redes de livraria como: Livraria Leitura, Livraria Da Vila, Travessa, Livrarias Curitiba, WMF Martins Fontes, Livraria Santos, Vanguarda, Vitrola, A Página e também nos principais portais de e-commerce.
Serviço:
Autor: Alejandro Schujman ISBN: 9786555512045 Título: Adolescência: Um Desafio Possível Selo: Catarsis Catapulta Editores Ano de Edição: 2025 Idioma: Português Número de Páginas: 148 País de Origem: Brasil Acabamento: Brochura Altura: 23 Largura: 15,5 Profundidade: 1,5 Peso: 240 g
A banda Filomena Bagaceira, referência no forró nordestino há mais de 20 anos, acaba de disponibilizar em todas as plataformas digitais seu mais novo projeto: um repertório atualizado em formato audiovisual ao vivo, que promete animar os fãs e consolidar ainda mais a força do grupo no cenário musical.
Com uma trajetória marcada pela tradição e autenticidade, a Filomena Bagaceira conquistou espaço como uma das bandas mais queridas do Nordeste, especialmente no período junino, quando sua agenda segue lotada em apresentações por diversas cidades da região. A energia contagiante e o repertório diferenciado são marcas registradas da banda, que se tornou presença indispensável nas maiores festas da época.
No comando dos vocais estão Sarah Reis e Mamau, que dão vida às canções com uma mistura de talento, carisma e identidade própria. A nova gravação, além de trazer sucessos consagrados, apresenta também novidades no repertório, reforçando a capacidade da banda de se reinventar sem perder a essência que a fez atravessar duas décadas de história.
“O público pode esperar uma experiência ainda mais intensa, porque este trabalho traduz a energia dos nossos shows, levando a alegria do forró para dentro da casa de cada fã”, afirmam os vocalistas.
Disponível nas principais plataformas digitais, o novo repertório audiovisual da Filomena Bagaceira é um convite para quem quer reviver a tradição das festas nordestinas com uma sonoridade moderna e envolvente.
O Ceará vive um momento de aquecimento no cenário empreendedor. De acordo com a Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), só no primeiro trimestre de 2025 foram abertas 42.076 novas empresas, o que representa um crescimento de 57,64% em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor de serviços lidera esse movimento, puxado, entre outros fatores, pela expansão de negócios ligados ao mercado de alimentação e delivery.
Nesse contexto, marcas como a Galetos do Brasil têm se destacado como referência não apenas em sabor, mas em gestão, inovação e crescimento acelerado. Com 12 meses consecutivos como restaurante Super no iFood e eleito o melhor delivery do Ceará em 2023/2024, a rede se consolidou como a maior galeteria do Nordeste, se tornando case de sucesso na gastronomia regional.
Criada em Fortaleza, a Galetos do Brasil representa o modelo de negócio que alia agilidade, posicionamento digital e excelência operacional. A marca é liderada pelo empresário Igor Puccy, que transforma, dia após dia, o delivery em um canal estratégico de relacionamento e fidelização de clientes.
“O setor de delivery é desafiador. Mas quando se tem um modelo bem estruturado e uma operação centrada em processos, resultados acontecem. Nosso crescimento foi construído com base em análise, persistência e capacidade de adaptação e é isso que queremos compartilhar com outros empreendedores”, destaca Igor Puccy, CEO da Galetos do Brasil.
A força da rede se alinha à tendência nacional: de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor de alimentos e a indústria da transformação estão entre os maiores geradores de empregos no Brasil em 2025. O mercado não apenas cresce em volume de pedidos, mas se sofisticou em termos de estratégia, exigindo das empresas uma visão mais profissionalizada do negócio.
Foi pensando nisso que Igor Puccy acaba de lançar o curso “Empreendendo no Mundo do Delivery”, voltado para quem deseja transformar sua operação de entrega em um negócio lucrativo, escalável e estruturado.
SOBRE O CURSO
Com quatro módulos objetivos e práticos, o infoproduto traz o passo a passo para estruturar, profissionalizar e escalar um delivery, mesmo com baixo investimento inicial. Entre os temas abordados estão:
Modelagem de negócio no delivery
Mentalidade empreendedora aplicada
Estratégias de marketing e vendas para gerar pedidos todos os dias
Gestão de equipe, operação e escalabilidade
“Empreender no delivery não é só cozinhar bem ou estar nos aplicativos. É preciso estratégia, mentalidade, visão de mercado e operação enxuta. Neste curso, abro tudo o que aprendi na prática, com erros e acertos, para ajudar quem quer sair do zero ou destravar o próprio negócio”, completa Igor.
O curso está disponível para venda com condições especiais de lançamento. Mais informações podem ser encontradas nos canais oficiais da Galetos do Brasil ou no perfil do empreendedor nas redes sociais.