A reportagem do site Money Flash bateu um papo exclusivo com a psicóloga Gabriela Luxo a qual nos contou um pouco sobre os Impactos da Saúde Mental no Trabalho. Vamos entender abaixo melhor.
Money Flash: Dra. Gabriela Luxo, é um prazer tê-la conosco. Para começar, poderia nos explicar brevemente a sua trajetória profissional e acadêmica? Dra. Gabriela Luxo: Claro, o prazer é meu. Sou Psicóloga, Psicopedagoga e possuo Mestrado e Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Também realizei outras duas pós-graduações, uma em Teoria Cognitivo-Comportamental e outra em Psicologia Positiva. Essas formações me permitiram desenvolver uma prática baseada em uma abordagem científica e humanizada.
Durante minha carreira, sempre atuei como psicóloga clínica, recebendo muitos pacientes que necessitavam de apoio nos momentos de promoção dentro das empresas. Nessas situações, desenvolvi um trabalho focado tanto no aspecto emocional quanto na melhoria do desempenho profissional no ambiente de trabalho. Além disso, realizei intervenções em habilidades de liderança, gestão de tempo e resolução de conflitos, permitindo que meus pacientes não apenas alcançassem suas promoções, mas também se destacassem em suas novas funções. Este trabalho contínuo e personalizado tem sido fundamental para transformar desafios em oportunidades de crescimento e sucesso profissional.
Money Flash: Com toda essa bagagem, como você vê a relação entre saúde mental e ambiente de trabalho? Dra. Gabriela Luxo: A relação é intrínseca. A saúde mental é fundamental para o bem-estar e a produtividade dos colaboradores. Problemas emocionais, como estresse, ansiedade e depressão, podem afetar drasticamente o ambiente de trabalho, reduzindo a eficiência, aumentando o absenteísmo e até mesmo resultando em conflitos interpessoais. A manutenção de um ambiente saudável passa pela atenção aos aspectos emocionais dos colaboradores.
Money Flash: Quais são os principais sinais de que a saúde mental dos colaboradores está sendo afetada? Dra. Gabriela Luxo: Existem vários sinais que podem indicar que a saúde mental dos colaboradores está comprometida. Entre os mais evidentes, destacam-se a queda na produtividade e o aumento das faltas, que muitas vezes refletem um desengajamento ou dificuldades em lidar com o ambiente de trabalho. Dificuldades de concentração e lapsos de memória também são comuns, impactando diretamente a qualidade do trabalho realizado. Irritabilidade e mudanças de comportamento, como maior sensibilidade ou reações desproporcionais a situações cotidianas, são outros indicadores importantes. Esses sinais podem se manifestar através de conflitos internos mais frequentes, refletindo tensão acumulada e incapacidade de gerenciar o estresse de forma adequada. Ademais, a queda na motivação e a falta de interesse em tarefas anteriormente prazerosas são alarmes que não devem ser ignorados. Outro aspecto crítico é a observação de sintomas físicos, como dores de cabeça frequentes, problemas digestivos e insônia, que muitas vezes acompanham o desgaste emocional.
Money Flash: Qual a importância de ter um psicólogo atuando diretamente nas empresas? Dra. Gabriela Luxo: A presença de um psicólogo nas empresas é vital para promover um ambiente de trabalho saudável. Psicólogos podem realizar avaliações e intervenções, além de desenvolver programas de prevenção e promoção da saúde mental. Eles podem oferecer suporte individualizado aos colaboradores, palestras e oficinas que promovam a inteligência emocional e habilidades de enfrentamento. Além disso, um psicólogo pode ajudar a identificar e resolver conflitos internos antes que eles escalem, melhorar a comunicação interpessoal e aumentar a coesão da equipe. A prevenção é sempre mais eficaz e menos custosa do que tratar problemas já estabelecidos, resultando em uma equipe mais resiliente e produtiva.
Gabriela Luxo – Crédito da Foto: Rodrigo Bacellar / Divulgação
Money Flash: Você desenvolveu um programa de 12 semanas focado em saúde mental empresarial. Poderia nos contar mais sobre ele? Dra. Gabriela Luxo: Claro. Este programa foi cuidadosamente desenvolvido para atender às necessidades específicas do ambiente empresarial. Durante 12 semanas, trabalho intensivamente para mapear os níveis de estresse, inteligência emocional e personalidade dos colaboradores. O programa começa com uma avaliação abrangente para entender o perfil de cada participante. Com esses dados, elaboro um plano personalizado que foca em intervenções específicas para melhorar o bem-estar e a resiliência. As intervenções incluem sessões semanais de suporte psicológico individualizado, onde abordo questões como gestão de estresse, estratégias de gerenciamento de tempo e técnicas para aperfeiçoar a inteligência emocional.
Além disso, ofereço oficinas interativas que cobrem temas como comunicação eficaz, resolução de conflitos e desenvolvimento de habilidades de liderança. Essas oficinas não só fornecem ferramentas práticas para o dia a dia, mas também promovem um ambiente de apoio e colaboração entre os funcionários. O acompanhamento contínuo ao longo das 12 semanas garante que os participantes estejam progredindo e possam ajustar suas estratégias conforme necessário. Meu objetivo é criar mudanças duradouras que melhorem não só o ambiente de trabalho, mas também a qualidade de vida dessas pessoas.
Money Flash: Como a Psicologia Positiva e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) podem ser aplicadas no ambiente de trabalho? Dra. Gabriela Luxo: A Psicologia Positiva foca em aspectos como felicidade, bem-estar e forças pessoais, enquanto a TCC trabalha na identificação e modificação de padrões de pensamento disfuncionais. No ambiente de trabalho, essas abordagens podem ajudar no desenvolvimento de uma mentalidade mais positiva e resiliente. A TCC pode auxiliar no trato dos pensamentos negativos e comportamentos prejudiciais, promovendo uma melhor adaptação às demandas do trabalho.
Money Flash: Em sua opinião, quais são as medidas preventivas mais eficazes que as empresas podem adotar para promover a saúde mental? Dra. Gabriela Luxo: Algumas medidas preventivas eficazes incluem a implementação de programas de bem-estar, palestras educativas, sessões regulares de oficinas em inteligência emocional, oferecer suporte psicológico contínuo e criar um ambiente de trabalho que valorize a transparência e a comunicação aberta. É importante também realizar avaliações periódicas da saúde mental dos colaboradores e promover uma cultura organizacional que priorize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Empatia e escuta ativa também são fundamentais.
Money Flash: Para finalizar, qual mensagem você gostaria de deixar para as empresas e seus funcionários sobre a importância da saúde mental no trabalho? Dra. Gabriela Luxo: A saúde mental é a base para um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Investir nessa área não é apenas uma questão de bem-estar, mas também uma estratégia essencial para o sucesso organizacional. Colaboradores saudáveis são mais engajados, criativos e leais. Portanto, é fundamental que as empresas priorizem a saúde mental em suas políticas e práticas, criando um ambiente onde todos possam prosperar.
Money Flash: Agradecemos muito por sua participação e pelos direcionamentos valiosos, Dra. Gabriela. Dra. Gabriela Luxo: Eu que agradeço pela oportunidade de falar sobre um tema tão importante. Afinal, cuidar da saúde mental da equipe é a chave para liberar todo o potencial de uma empresa! Entre em contato comigo: contato@gabrielaluxo.com.br
Especialista explica quais procedimentos estéticos são seguros durante a amamentação e quais exigem mais tempo de espera após o parto
A maternidade transforma o corpo da mulher — e, com ela, surgem novas dúvidas, inclusive sobre os limites da vaidade nesse período. Entre as perguntas mais comuns que chegam aos consultórios médicos está: “Posso fazer cirurgia plástica ou procedimentos estéticos enquanto ainda estou amamentando?” A resposta, segundo especialistas, depende do tipo de procedimento, da saúde da mãe e, principalmente, do tempo desde o parto.
“É natural que a mulher deseje se reconectar com seu corpo depois da gravidez. Mas nem tudo pode ser feito durante a amamentação. É preciso respeitar o tempo do corpo, a estabilidade hormonal e as condições clínicas antes de pensar em procedimentos cirúrgicos”, afirma a cirurgiã plástica Dra. Pamela Massuia, que já realizou mais de 3 mil cirurgias e tem se dedicado ao atendimento de mulheres no pós-parto.
O tempo ideal para cada procedimento
De acordo com Pamela, o puerpério — período de 6 a 8 semanas após o parto — é um tempo de grandes mudanças fisiológicas. Mesmo após esse intervalo, o corpo da mulher segue em processo de estabilização metabólica e hormonal, especialmente se estiver amamentando. Por isso, procedimentos mais invasivos, como lipoaspiração e abdominoplastia, só devem ser realizados depois do fim da amamentação.
“Durante a amamentação, o corpo está voltado para nutrir o bebê. A produção de leite exige muita energia, altera o metabolismo e influencia até na forma como o corpo cicatriza. Isso interfere diretamente no resultado da cirurgia e na recuperação da paciente”, explica a médica.
O que pode ser feito durante a amamentação?
Nem todos os cuidados estéticos estão proibidos. Alguns procedimentos minimamente invasivos e não cirúrgicos são considerados seguros, desde que com indicação médica e bom senso. Veja o que é liberado com mais frequência:
Limpeza de pele e peelings suaves
Ultrassom microfocado (com avaliação médica)
Bioestimuladores de colágeno com base compatível
Toxina botulínica, dependendo da substância e da quantidade aplicada
Laser para manchas e cicatrizes leves, dependendo da área
Drenagem linfática manual para auxiliar no inchaço pós-parto
“O ideal é avaliar caso a caso. Nem todo botox, por exemplo, está liberado durante a amamentação. Mas há alternativas seguras que ajudam na autoestima da mãe nesse período tão delicado”, afirma Pamela.
O que deve esperar?
Procedimentos com maior risco ou que envolvem anestesia geral não são recomendados durante a amamentação. São eles:
Lipoaspiração e lipo HD
Abdominoplastia
Prótese de mama (com ou sem lifting)
Cirurgias íntimas como ninfoplastia
Cirurgias de pálpebras ou faciais mais profundas
Essas cirurgias demandam energia física e suporte no pós-operatório, o que pode ser difícil para uma mulher que está amamentando e cuidando de um bebê pequeno. Além disso, o uso de antibióticos e analgésicos no pós-cirúrgico pode interferir na amamentação.
Dicas da especialista
Converse com seu médico sobre seu desejo de fazer cirurgia, mesmo antes do desmame
Espere pelo menos 6 meses após o parto para avaliar a estabilidade corporal
Faça todos os exames antes de agendar qualquer procedimento
Tenha uma rede de apoio para o pós-operatório (não dá pra cuidar de bebê recém-nascido e se recuperar ao mesmo tempo!)
Cuide da autoestima com carinho, e não com pressa
“A plástica pode ser uma aliada maravilhosa na autoestima da mulher, mas ela precisa vir na hora certa. Amamentar já é um ato de entrega imenso — seu corpo merece cuidado, não cobrança”, finaliza a Dra. Pamela.
O sorriso tem ganhado cada vez mais destaque na rotina das pessoas e se tornou um dos principais símbolos de autoestima, cuidado pessoal e até mesmo de sucesso profissional. A odontologia estética acompanha esse movimento com procedimentos cada vez mais acessíveis e tecnológicos, e as lentes de contato cerâmica estão no topo dessa lista.
Essas lentes são lâminas ultrafinas aplicadas sobre os dentes para corrigir formato, cor e pequenas imperfeições. Com espessura entre 0,2 e 0,5 milímetros, elas permitem resultados muito naturais e não exigem grandes desgastes no esmalte dentário, preservando ao máximo a estrutura original do dente. Estudos recentes apontam que, quando planejadas corretamente, têm 100% de taxa de sucesso clínico em até 10 anos de uso.
Rodrigo Ansiliero atua há mais de 15 anos na odontologia e se tornou um dos nomes de referência quando o assunto é estética dental. Para ele, o impacto do sorriso vai muito além da aparência. “Um sorriso novo representa uma nova versão de você. A odontologia estética vai além do espelho; ela traz de volta a autoconfiança que muitas vezes estava perdida”, explica.
O Brasil é um dos países que mais realizam procedimentos estéticos no mundo e tem se consolidado como referência internacional em odontologia, tanto pela qualidade dos profissionais quanto pelo acesso a tecnologia. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Odontologia, o país conta com mais de 400 mil dentistas em atividade, sendo líder mundial em número de profissionais registrados. Esse cenário impulsiona o mercado estético, que cresce com força nos últimos anos.
Para Ansiliero, a popularização das lentes de contato cerâmica trouxe benefícios, mas também exige mais cuidado. “A internet trouxe visibilidade, mas também muitos mitos. A escolha de um dentista qualificado e um bom planejamento são essenciais para garantir saúde e estética”, alerta. Ele destaca que cada caso precisa ser avaliado individualmente, e que o planejamento digital é fundamental para alcançar resultados naturais e duradouros. “Cada sorriso é único. A cerâmica tem uma translucidez incrível, que faz com que o resultado final pareça o próprio dente”, afirma.
Com consultório em Rondônia e atendendo pacientes de diversos países com sua técnica, Ansiliero tem conquistado destaque também nas redes sociais, onde compartilha conteúdos sobre odontologia estética, casos reais e orientações. Ele acredita que informação é a chave para que mais pessoas tenham acesso a procedimentos de qualidade sem comprometer a saúde bucal. “As lentes não são só sobre beleza. Elas podem mudar a forma como a pessoa se vê e se apresenta ao mundo. Isso transforma vidas”, diz.
A trajetória de Rodrigo Ansiliero representa uma geração de dentistas que unem ciência, tecnologia e sensibilidade artística para transformar não só sorrisos, mas histórias. Com experiência e dedicação, ele mostra que a odontologia estética é muito mais do que um tratamento: é uma ferramenta de bem-estar e confiança para milhares de pessoas.
O falecimento de Luan Vinícius, de 32 anos, após complicações em uma cirurgia para retirada de três sisos, expõe a importância de protocolos rigorosos antes, durante e após o procedimento. Especialistas destacam que, embora seja prática comum, a exodontia pode gerar consequências graves quando não são observados os devidos cuidados.
Na última semana, o caso de Luan Vinícius comoveu Goiânia. O jovem de 32 anos morreu em decorrência de choque séptico, infecção generalizada com origem dentária, após passar por uma cirurgia para retirada de três dentes do siso em uma clínica odontológica da capital.
O procedimento ocorreu no dia seguinte ao seu aniversário e, desde então, ele passou a relatar fortes dores e inchaço na região operada. Nos dias seguintes, as mensagens enviadas à esposa descreviam um sofrimento constante. Apesar de a família ter informado a clínica sobre o quadro, a orientação recebida foi apenas de contatar a secretária. O estado de saúde se agravou, levando Luan a ser internado em UTI, onde permaneceu entubado por 13 dias até falecer.
A tragédia evidencia os riscos de uma cirurgia considerada comum, mas que exige rigor técnico e acompanhamento atento. Os dentes do siso, ou terceiros molares, geralmente aparecem entre os 17 e 25 anos e, em muitos casos, não encontram espaço suficiente para erupcionar de forma adequada. Quando isso acontece, podem ficar impactados, causar inflamações, dores e até infecções. Nesses casos, a extração é indicada, mas o sucesso depende de avaliação criteriosa e de cuidados que vão muito além da sala de cirurgia.
Antes do procedimento, exames de imagem, histórico clínico detalhado e checagem de condições de saúde, como diabetes e alergias, são fundamentais para reduzir riscos. Durante a cirurgia, o uso de técnicas adequadas de anestesia, assepsia e manobras que minimizem o trauma também é decisivo para evitar complicações. Mas é no pós-operatório que reside um dos maiores desafios, já que dor intensa, inchaço e sangramentos são esperados nos primeiros dias, mas podem se tornar sinais de alerta quando se prolongam ou se intensificam.
Para a odontóloga Márcia Luz, a linha entre um pós-operatório esperado e uma complicação grave precisa ser tratada com atenção redobrada. “Cada etapa desse processo, da avaliação inicial ao pós-operatório, demanda rigor e empatia. O paciente precisa sentir que seu relato de dor não está sendo ignorado, que há protocolo claro para tratamento da dor, da infecção e para emergências. É vital que o dentista oriente claramente o que fazer a cada sinal fora do normal”, afirma.
Já o especialista Ricardo Oliveira reforça que a comunicação é fator determinante para evitar desfechos trágicos. “A comunicação profissional-paciente é chave. O odontólogo deve deixar instruções escritas, números para contato em caso de urgência. E, por outro lado, o paciente tem responsabilidade: seguir à risca as orientações, não subestimar sintomas, procurar ajuda ao primeiro sinal de agravamento”, alerta.
Casos como o de Luan revelam que complicações como alveolite seca, infecções locais e inchaços exacerbados, quando não tratados prontamente, podem evoluir para quadros graves de sepse. Embora não sejam comuns, são situações que exigem preparo da equipe odontológica e vigilância constante do paciente.
A morte precoce de Luan serve como alerta doloroso de que a extração de siso não deve ser vista como um procedimento trivial. Exige planejamento minucioso, técnicas adequadas e acompanhamento próximo para garantir a segurança do paciente. Mais do que nunca, reforça a necessidade de protocolos claros, responsabilidade profissional e consciência dos riscos para que vidas não sejam ceifadas por procedimentos que, quando bem conduzidos, têm tudo para ser seguros.
Serviço
Tragédia em Goiânia evidencia os riscos da extração de siso: como prevenir complicações graves