Empresas como NW2 e Witseed têm oferecido consultorias e treinamentos para preparar organizações e profissionais para os desafios do futuro
Com o avanço da tecnologia e a proliferação de assistentes virtuais e inteligências artificiais, é necessário que os profissionais desenvolvam habilidades específicas para navegar nesse novo cenário de transformação nas empresas. Em 2020, o Fórum Econômico Mundial publicou um relatório intitulado “O Futuro dos Empregos”, em que avaliou que 50% de todos os trabalhadores precisarão desenvolver novas capacidades – o chamado reskilling – até 2025, principalmente em áreas como resolução de problemas e pensamento crítico.
De lá para cá, a evolução tecnológica acelerou e startups do mundo todo começaram a se movimentar para atender às novas necessidades do mercado. Entre elas está a NW2 – consultoria de RH especializada em people design. A empresa lançou um relatório ainda inédito que aponta as dez principais habilidades do profissional do futuro.
“Lifelong learning” é uma das competências apontadas que, de acordo com o relatório, tem a ver com a mentalidade de aprendiz ao longo da vida. “Não é necessário saber tudo, mas é importante se comprometer a aprender continuamente e se manter atualizado. O conceito destaca a importância de investir na educação e no desenvolvimento constante para alcançar o sucesso pessoal e profissional”, explica Cristina Leal, CEO da NW2.
O diagnóstico da startup brasileira também aponta a lógica da computação como uma competência essencial do profissional do futuro. De acordo com Cristina, a habilidade será importante para as novas interfaces homem-máquina que estão sendo planejadas para a sociedade. “Você não precisa ser um expert em programação, mas compreender como funcionam as entranhas dos softwares, ferramentas e algoritmos pode te ajudar a automatizar processos, adotar plataformas digitais e entender melhor como as empresas usam dados e processá-los para entregar experiências personalizadas aos clientes”, completa.
Em suas consultorias e mentorias, desenvolvidas a partir de metodologias ágeis, gamificação e técnicas de design, a NW2 percebeu que o investimento das empresas em recapacitação dos colaboradores aumentou nos últimos anos, justamente para se preparem à nova realidade.
E ela não está sozinha. Outra startup brasileira que tem se debruçado sobre o tema é a Witseed by Exame, plataforma de streaming de cursos focada em capacitação de times e empresas. A empresa lançou um relatório intitulado “SXSW: Learning Trends 2023”, que capturou as principais tendências para o desenvolvimento de habilidades profissionais discutidas durante o maior evento de inovação do mundo.
O documento da Witseed [https://www.witseed.com], que hoje já conta com mais de 40 mil alunos, destaca alguns insights como upskilling e reskilling, quatro dias de jornada de trabalho e liderança. Ainda segundo a publicação, a inteligência artificial vai ser cada vez mais usada no mundo corporativo, especialmente pelos RHs, que utilizarão a tecnologia para anunciar vagas, produzir textos e fazer a seleção de candidatos.
“A tendência, portanto, exigirá pensamento crítico e letramento digital dos profissionais do futuro, duas competências que têm sido cada vez mais demandadas”, explica Bruno Leonardo, Founder da Witseed by Exame.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa da McKinsey identificou que quanto maior a proficiência digital de um trabalhador, maior é o seu salário. O estudo, que entrevistou 18 mil pessoas de 15 países, mostrou que um entrevistado com maior habilidade em ferramentas digitais, como a AI, por exemplo, tinha 41% mais probabilidade de ganhar uma renda do quinto superior do que os entrevistados com menor proficiência digital. A mesma tendência foi encontrada entre aqueles profissionais com conhecimento mais avançado nas áreas cognitivas (30%), em autoliderança (24%) e nas relações interpessoais (14%).
“É preciso haver um equilíbrio entre soft skills e hard skills, que vai variar de acordo com a área de atuação do trabalhador e de sua posição hierárquica dentro da estrutura organizacional. Mas o resumo de tudo aponta para o ensinamento que já vinha dos nossos avós: estudar nunca é demais”, finaliza a CEO da NW2.
As recentes discussões sobre possíveis mudanças na legislação de formação de condutores colocaram as autoescolas no centro do debate nacional. Em meio às propostas de flexibilização do processo de habilitação, cresce também uma reflexão importante: o quanto as aulas e as autoescolas são essenciais para a segurança e a organização do trânsito brasileiro.
Há décadas, os donos de autoescola investem em estrutura, tecnologia e profissionais capacitados para formar motoristas preparados não apenas para passar em um exame, mas para conviver com responsabilidade nas ruas e estradas. A formação vai muito além de aprender a dirigir — envolve educação no trânsito, consciência coletiva e respeito à vida.
Os últimos acontecimentos legislativos acenderam um alerta no setor e na sociedade. Especialistas e entidades reforçam que qualquer avanço nas regras deve caminhar junto com qualidade no ensino, previsibilidade jurídica e valorização de quem atua diariamente na base da formação dos condutores.
Em um país que ainda enfrenta altos índices de acidentes, as aulas práticas e teóricas seguem sendo um diferencial fundamental. São elas que ajudam a transformar candidatos em motoristas mais seguros, atentos e preparados para situações reais do trânsito.
Mais do que um debate técnico, o momento reforça algo simples e essencial: investir em autoescolas é investir em vidas, em mobilidade responsável e em um trânsito melhor para todos.
Com quase quatro décadas de atuação no setor de alimentação corporativa, Rosimeire Rocha consolidou sua trajetória como uma das líderes mais influentes da área no Brasil. À frente da Master Kitchen Refeições Coletivas, empresa sediada em São Bernardo do Campo (SP), a executiva construiu um modelo de gestão baseado em inovação, rigor técnico e expansão sustentável.
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A trajetória empresarial de Rosi teve início em 1985, com a Casa de Massas Vergueiro, empreendimento familiar que reunia produção artesanal e atendimento direto ao consumidor. Com apenas 24 anos na época, ela atuou em todas as etapas da operação, adquirindo domínio integral sobre processos produtivos, gestão de equipes e relacionamento com clientes.
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A virada estratégica veio em 1995, quando a executiva liderou a transição para o segmento de alimentação corporativa. Surgia, então, a Master Kitchen, com um propósito claro: oferecer soluções de alimentação que promovem bem-estar, eficiência e produtividade dentro das organizações. “Nosso propósito transcende servir comida; trabalhamos para fortalecer a força de trabalho das empresas”, afirma Rosi, destacando que essa mudança reposicionou o negócio para um crescimento sólido e contínuo.
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Estrutura industrial e capacidade de produção Com o passar dos anos, a Master Kitchen evoluiu para se consolidar como uma indústria de soluções em alimentação, atendendo empresas de diferentes portes por meio de modelos distintos de operação. A companhia administra restaurantes corporativos instalados dentro das empresas contratantes e também produz refeições transportadas em sua Cozinha Central, uma estrutura de alta performance com capacidade para produzir até 8.000 refeições por dia.
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Atualmente, a empresa mantém cerca de 150 colaboradores diretos e opera com processos alinhados às exigências sanitárias e técnicas do setor. A certificação ISO 9001:2015, obtida sob a gestão de Rosimeire Rocha, reforça o compromisso com padrões internacionais de qualidade, padronização e eficiência. Em termos financeiros, o faturamento anual gira em torno de R$ 25 milhões, com projeção de crescimento de pelo menos 10% para o próximo ano, mesmo diante do cenário econômico brasileiro.
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De acordo com a executiva, o planejamento estratégico inclui a ampliação da atuação da empresa com novos projetos, como a administração de restaurantes no setor agrícola e no segmento privado de educação, expandindo assim sua presença em diferentes mercados e ampliando o portfólio de soluções.
Inovação como marca da gestão A modernização constante sempre fez parte da visão estratégica de Rosi. Em 1998, quando o setor ainda operava majoritariamente de forma analógica, ela implementou softwares de gestão, ferramentas de controle de custos e processos automatizados. Também foi responsável pela introdução de tecnologias industriais que ampliaram o rendimento produtivo e elevaram a eficiência operacional, como fornos combinados e equipamentos de cocção de alta precisão.
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“Foi um divisor de águas. Passamos a operar com previsibilidade e decisões baseadas em dados”, destaca a executiva. Essa postura inovadora permitiu que a Master Kitchen assumisse contratos emergenciais e atendesse clientes que buscavam fornecedores capazes de manter qualidade mesmo em condições extremas, consolidando sua reputação em entregas de alta complexidade.
Liderança, legado e sucessão A trajetória de Rosi também é marcada por sua atuação como uma das poucas mulheres a liderar uma empresa industrial no setor de alimentação corporativa durante os anos 1980 e 1990, período em que o mercado era predominantemente masculino. Superar esse cenário exigiu resiliência, foco e uma gestão orientada a resultados concretos.
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A executiva buscou formação técnica em Nutrição, profissionalizou a estrutura da empresa e desenvolveu uma cultura organizacional sólida, fundamentada em ética, disciplina e responsabilidade. Entre suas contribuições mais significativas está o preparo estruturado para a sucessão, conduzido desde cedo com os três filhos, Lucas, Davi e Daniel Rocha Stofel, que hoje compreendem profundamente os valores e princípios que sustentam o negócio. “Construímos mais do que uma operação sólida; formamos uma instituição preparada para atravessar gerações”, afirma.
Mais informações sobre a carreira da executiva e o trabalho da Master Kitchen podem ser encontradas em www.masterkitchen.com.br e nas redes sociais da empresa @masterkitchenrefeicoes (Instagram) e Master Kitchen Refeições (Facebook).
Quando pensamos em recuperação de créditos, é comum vir à mente o cenário clássico de mailings, discadores e uma operação de call center. Mas isso representa apenas uma parte do processo. A recuperação de crédito se tornou uma atividade sofisticada. Ela exige profissionais cada vez mais qualificados e, principalmente, domínio de dados. No contexto judicial, essa competência é ainda mais decisiva: a tomada de decisões começa muito antes da petição inicial.
A recuperação de créditos é inteiramente orientada por dados. O cenário atual é contundente: em abril de 2025, o Brasil atingiu um novo recorde, com 70,29 milhões de adultos negativados, 43,36% da população, segundo CNDL e SPC Brasil. Além disso, mais de 7,3 milhões de empresas estavam inadimplentes, somando quase R$ 170 bilhões em dívidas, segundo a Serasa Experian. A jornada começa com dados históricos e, principalmente, com o entendimento do perfil do devedor. Conhecer esse perfil é uma estratégia essencial. Saber segmentar devedores em portfólios e aplicar a melhor abordagem para cada grupo reduz custos, evita despesas judiciais desnecessárias e diminui o risco de execuções frustradas. Após essa análise estratégica, chegamos finalmente aos casos que seguirão para a tutela judicial, com o objetivo de satisfazer o crédito do credor. Essa etapa é crucial. Aqui lidamos diretamente com o Judiciário, e ajuizar uma ação sem conhecer o terreno é uma receita para desperdício de tempo e recursos. Antes de propor qualquer ação, é indispensável entender o fórum, a comarca, o histórico daquele juízo e as particularidades de cada vara. Quando falamos de uma carteira grande de processos, essa análise precisa ser ainda mais profunda: identificar a classe processual mais adequada, estimar o tempo médio de tramitação e avaliar os riscos.
A arte da negociação Além da avaliação dos riscos operacionais ligados ao Judiciário, é indispensável contar com um time especializado para conduzir as negociações com o devedor. Enquanto a tutela jurídica move o processo, a negociação trabalha em paralelo para encerrar o litígio por meio de um acordo extrajudicial, uma solução que reduz custos, tempo e exposição a riscos. Nesse ponto, o relacionamento com o devedor se torna parte estratégica da recuperação. É preciso mapear todo o fluxo operacional de tratativas: desde o primeiro contato com o advogado, a manifestação sobre audiências de conciliação, até a análise dos riscos envolvidos. Avaliar a probabilidade real de êxito da ação judicial antes de conceder descontos é um fator decisivo na recuperação de ativos problemáticos. Cada interação importa. Propostas, retornos, follow-ups e registros de conversas ajudam a construir um mapa preciso do comportamento do devedor e de seu advogado. Isso permite identificar a melhor abordagem de negociação, antecipar tentativas de fraude à execução, riscos como a infidelidade do depositário, litigância de má fé e outras situações que podem comprometer o resultado. A recuperação de crédito judicial deixou de ser uma atividade pautada apenas por procedimentos tradicionais. Hoje, ela se apoia em análise de dados, segmentação inteligente, leitura fina do Judiciário e capacidade real de negociação. Cada fase, da seleção estratégica dos casos, ao ajuizamento responsável, até a condução das tratativas com o devedor, exige domínio técnico e visão sistêmica. O futuro da recuperação de crédito judicial não está apenas na força da cobrança, mas na inteligência aplicada em cada decisão. E quem dominar essa inteligência estará sempre um passo à frente.
Leonardo Gabriel Lopes Queiroz – Controller Administrativo na área de Recuperação de Créditos da Finch