No Novembro Azul, especialistas reforçam: gestão inteligente de custos será decisiva para sustentar o cuidado oncológico nos próximos anos.
O Brasil entrou na chamada “década da longevidade”. De acordo com o IBGE, em 2030, um em cada cinco brasileiros terá mais de 60 anos, ampliando a incidência de doenças crônicas e cânceres — especialmente o câncer de próstata, foco da campanha Novembro Azul.
A mudança demográfica traz um impacto direto sobre o sistema de saúde. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que o país deverá registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, sendo 71 mil de câncer de próstata. Mais da metade dos diagnósticos ocorre em idosos, faixa etária mais vulnerável à doença.
Para especialistas, o alerta é claro: envelhecer custa caro, e o sistema de saúde brasileiro ainda não está estruturado para absorver o aumento da demanda assistencial.
Câncer cresce com a idade — e o sistema sente os efeitos
“O câncer é, em grande parte, uma doença da idade. Mas o problema real não é envelhecer, e sim envelhecer sem planejamento assistencial e econômico”, afirma Patrícia Narciso, CEO da Evodux, empresa brasileira especializada em gestão de custos assistenciais.
“O Brasil vive mais, mas gasta mal.”
O impacto financeiro já aparece de forma contundente.
No SUS, os gastos com tratamento oncológico chegaram a R$ 3,9 bilhões em 2022, com aumento de 149% no valor médio de procedimentos ambulatoriais em quatro anos.
Na saúde suplementar, a pressão não é menor: cada paciente oncológico custa, em média, R$ 66 mil por ano, podendo ultrapassar R$ 500 mil em casos avançados.
“A falta de previsibilidade é hoje o maior risco econômico da saúde”, reforça Patrícia.
Operadoras e SUS enfrentam desafios distintos, mas igualmente críticos
O aumento do câncer na população idosa provoca efeitos em cascata:
- No SUS: filas maiores, demanda crescente por leitos e pressão orçamentária.
- Nas operadoras: elevação da sinistralidade, desequilíbrio atuarial e margens comprimidas.
Segundo Patrícia, envelhecimento e câncer já elevam o custo assistencial a níveis insustentáveis.
Tecnologia e gestão: o que precisa mudar?
Para enfrentar o novo cenário demográfico, a Evodux defende que o caminho não está apenas em ampliar orçamento, mas em adotar inteligência e gestão técnica de custos.
Entre as medidas essenciais, especialistas apontam:
- Fortalecimento da atenção primária e do diagnóstico precoce;
- Protocolos clínicos precificados por idade e complexidade;
- Modelos de remuneração previsíveis, com menor desperdício;
- Uso de dados integrados entre SUS, operadoras e prestadores.
Nesse contexto, ganha espaço a IA vertical da Evodux — tecnologia proprietária, desenvolvida no Brasil, capaz de analisar e projetar custos assistenciais com alta precisão.
“Nossa IA entende o custo da saúde brasileira em detalhe, correlacionando pessoas, insumos e capacidade operacional. Isso permite transformar caos em estratégia”, explica a CEO.
Como evitar o colapso financeiro sem comprometer a qualidade do cuidado
A Evodux tem desenhado modelos de remuneração baseados em previsibilidade e equilíbrio entre custo e resultado. Entre eles:
- Bundled payment – pagamento global por ciclo de tratamento;
- Capitation – remuneração mensal por beneficiário, com gestão populacional;
- Linhas de cuidado precificadas – integrando prevenção, diagnóstico e reabilitação.
“Remuneração é baseada em risco e resultado mensurável. Quando há método e dados, o valor aparece naturalmente. É assim que se evita o colapso financeiro”, afirma Patrícia.
Novembro Azul reforça: prevenir custa menos — e salva mais
O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens e apresenta altas taxas de cura quando diagnosticado precocemente. Segundo o INCA, um diagnóstico tardio pode multiplicar por sete o custo total do tratamento.
“A prevenção é a ferramenta mais poderosa e mais barata do sistema. Quanto mais cedo se identifica o risco, menor o impacto econômico e humano”, destaca Patricia.
“Novembro Azul é um chamado não apenas à saúde do homem, mas à inteligência coletiva do sistema.”
Conclusão: envelhecer com eficiência é o grande desafio da saúde brasileira
O envelhecimento populacional é inevitável — mas o colapso financeiro não precisa ser.
Com gestão de custos inteligente, tecnologia e planejamento, o país pode envelhecer com dignidade e sustentabilidade. A Evodux afirma já ter gerado R$ 1,5 bilhão em savings para operadoras, hospitais e redes públicas.
“O que destrói o sistema não é o gasto — é o gasto sem direção”, conclui Patrícia Narciso.
Fonte: Patrícia Narciso
CEO da Evodux – Inteligência Estratégica da Saúde.
Enfermeira pela UFRJ, com MBA Executivo pelo COPPEAD/UFRJ e MBA em Finanças pela LATEC/UFF.
É reconhecida como a maior especialista em custos assistenciais do Brasil, com mais de 25 anos de experiência e R$ 1,5 bilhão em economia gerada para o setor público e privado.