Foto: Hedi Slimane
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Hoje, o These New Puritans lança a nova faixa “Wild Fields”, último aperitivo antes da chegada do aguardado novo álbum Crooked Wing, que será lançado nesta sexta-feira, 23 de maio, via Domino.
“‘Wild Fields’ é um pouco uma exceção dentro do álbum, por ser uma música bastante tradicional”, explica Jack Barnett. “Ela termina com a frase ‘come down from crystal heavens above’, uma citação da lamentação de William Byrd para Thomas Tallis. Quando fui checar a referência no Google, só apareceram conselhos sobre abstinência de metanfetamina. Agora só vejo esse tipo de anúncio. Então essa música tem muita coisa para explicar.”
Crooked Wing é o aguardado quinto álbum dos irmãos de Essex Jack e George Barnett – o primeiro em seis anos. Produzido por Jack Barnett ao lado do pioneiro do Bark Psychosis, Graham Sutton, e com produção executiva de George Barnett, o disco transita entre o brutal e o sublime, consolidando ainda mais a reputação do TNP por uma música visionária, que desafia rótulos e convenções. Com participações inesperadas como a de Caroline Polachek e do veterano contrabaixista de jazz Chris Laurence, o álbum já apresentou os singles “A Season In Hell”, “Bells” e “Industrial Love Song” (com Caroline Polachek).
“O álbum foi gravado em zonas industriais, igrejas, estúdios, vagões de circo e quartos de hotel baratos”, conta Jack. “Tenho certeza de que cada lugar deixou sua marca. O disco começa com um coral de menino cantando debaixo da terra. Alguém me disse que parece que ele está emergindo e nos levando num tour por toda essa sujeira e céu, vida e morte, humanos e máquinas, momentos de intensidade e de silêncio. Todas essas contradições. E então ele volta de onde veio na última faixa, de volta à terra, de volta ao silêncio. Não foi intencional, mas gosto dessa ideia.”
Reunindo-se com Graham Sutton – produtor dos álbuns marcantes Hidden e Field of Reeds –, a banda mergulhou nos detalhes texturais do álbum, mas com um alcance cinematográfico e amplo. Em um disco do These New Puritans, qualquer música pode conter elementos de jazz, eletrônica, música clássica, industrial, hip hop ou inversões surrealistas de baladas clássicas – sem que nenhum estilo se imponha de forma dominante.
“É um álbum DIY que não soa como um álbum DIY”, diz George. “São dois amadores entusiasmados fazendo o que querem, alheios ao mundo. Jack no piano, eu detonando uma bateria. Acima de tudo, é puro e direto.”
Um dos elementos centrais do som do álbum é uma gravação de campo feita por Jack com os sinos de uma antiga igreja ortodoxa oriental, combinados a percussões afinadas cintilantes, órgão de tubos e, ocasionalmente, explosões de tambores em massa e correntes metálicas. Colocar o belo lado a lado com o brutal, a canção de ninar com a cacofonia, sempre foi a forma do These New Puritans de operar.

Crooked Wing (WIG553)
- Waiting
- Bells
- A Season In Hell
- Industrial Love Song
- I’m Already Here
- Wild Fields (I Don’t Want To)
- The Old World
- Crooked Wing
- Goodnight
- Return
Sobre These New Puritans:
Os irmãos Jack e George Barnett, nascidos no fim dos anos 80 em Southend, começaram a tocar ainda crianças e, na adolescência, já experimentavam com gravações caseiras e desmontavam faixas eletrônicas para entender sua estrutura.
A banda ganhou projeção com Beat Pyramid (2008), um pós-punk fragmentado com influências de pop eletrônico. Em seguida, surpreenderam com Hidden (2010), um disco sombrio que misturava percussões Taiko, coral infantil e sons experimentais — eleito álbum do ano pela NME. O passo seguinte foi ainda mais inesperado: Field of Reeds (2013), com arranjos orquestrais complexos e elementos como a gravação de um falcão, rendeu uma turnê com 35 músicos e shows em espaços como o Barbican e o Centre Pompidou. Em 2019, lançaram Inside the Rose, mais direto e percussivo, com menos orquestrações e tons românticos. A banda também apresentou o espetáculo audiovisual The Blue Door, cuja turnê foi adiada pela pandemia. Agora, voltam com Crooked Wing, um álbum imersivo que reforça seu perfil visionário ao oscilar entre o brutal e o belo.
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