Entrevistamos o investidor Anjo e estruturador José Antônio Bittencourt, o qual é Co Founder da Greener.
O senhor pode explicar que mercado é este que está nascendo no Brasil? O Brasil será a capital mundial de prestação de serviços ambientais.
Os países desenvolvidos que têm um mercado regulado e consolidado para o carbono sequestrado, evitado e de reflorestamento entenderam que para controlar o aquecimento global de forma definitiva somente este movimento do carbono clássico não basta. Tem que investir pesado e apoiar países que prestam serviço de conservação ambiental, ou seja, países que possuem florestas tropicais/ nativas intactas e conservam estes biomas.
Conservar áreas públicas ou privadas? Os dois. Quem tem área privada de floresta nativa e tem custo para evitar desmatamento e queimadas precisa ser remunerado por isso. Áreas públicas onde o estado tem o compromisso e investimento de manter conservada também tem que ser remunerada.
Como funciona isso na prática? O proprietário de área que detém florestas nativas em pé ( privado ou pública) contrata um inventário florestal e da biodiversidade para mensurar o carbono estocado neste ecossistema. Existem metodologias brasileiras que fazem este inventário. Após ter o inventário florestal e ecossistêmico o proprietário da área contrata uma certificação de uma auditoria independente para certificar e válidar os quantitativos que o inventário florestal apurou. O proprietário da área contrata um projeto ambiental para a comunidade em torno da área. Onde este projeto contemplará o social ( investimento em educação ambiental, extrativismo, investimento em infra estrutura para a comunidade local).
Estas áreas que prestaram este serviço ambiental serão monitoradas por qual o período? O projeto de conservação de serviço ambiental é um organismo vivo, tem que ter monitoramento permanente!
José Antônio Bittencourt – Cofounder da Greener – Foto: Acervo Pessoal
Já existe algum projeto destes em desenvolvimento? Sim. Temos uma área de 150 mil hectares no bioma Amazônia já prestando este serviço ecossistêmico para a humanidade. O projeto teve certificação por uma auditoria internacional, tem monitoramento mensal de desmatamento e queimadas por satélite contratado. Um coeficiente do resultado da venda do serviço de conservação vai ser destinado e revertido à comunidade ribeirinha em forma educação, placa solar, poços artesianos e extrativismo.
Isto pode trazer divisas para o Brasil? Sim. O estado brasileiro poderá criar um bond verde lastreado na prestação de serviço ambiental prestado em sua áreas públicas. Isto pode vir a colocar o Brasil em um patamar internacional privilegiado! Trazendo riqueza e destaque ao Brasil em acordos bilaterais.
O senhor entende que o carbono clássico vai perder espaço ? De forma alguma!! O Carbono Red +, carbono de reflorestamento, carbono evitado e carbono de metano vão cada vez mais agregar valor e ser fundamental para o equilíbrio do planeta. O que digo que somente isto não basta!! O mundo tem que conservar suas florestas nativas/tropicais com seus ecossistemas que são vitais para a vida!!
O investimento para conservar uma floresta em pé e prestar o serviço ambiental custa caro? Sim. Custa caro! Envolve vários prestadores (quem faz o inventário, quem certifica, quem monitora, investimento em projeto sociais, logística, etc).
O senhor pode dar um exemplo de quanto gastou neste projeto laboratório? Temos um projeto em uma área de 150 mil hectares. Gastamos até agora aproximadamente 30 milhões de reais e como o projeto é um organismo vivo continuamos tendo gastos recorrentes.
José Antônio Bittencourt – Cofounder da Greener – Foto: Acervo Pessoal
O retorno financeiro é compatível com o gasto? Temos a convicção de que além de prestarmos um serviço ao planeta, seremos bem remunerados frente ao investimento feito.
Quem compra? Este mercado de pagamento por serviços ecossistêmicos está sendo consolidado para compradores estrangeiros. As empresas de capital aberto na Europa para estarem complace no balanço terão de estarem ESG. Cada vez mais o consumidor vai cobrar delas investimento em projetos que evitem o aquecimento global e conservem as reservas naturais do planeta.
E o Brasil o que tem feito no âmbito da legislação? O Brasil regulamentou a lei da CPR Verde que já estabelece pagamento por serviços ambientais/ ecossistêmicos. Um grande avanço!! O governo está elaborando um projeto de lei que regulamentará o Carbono no Brasil. Trazendo demanda para o setor e contribuindo para diminuir o aquecimento global. O governo está empenhado em aprovar o novo PL até o final de 2023. Isto será um marco para o país. A ideia é anunciar na COP deste ano em Dubai que o Brasil aprovou legislação que regulamentou o carbono. O Brasil com certeza será o grande protagonista mundial neste setor e pioneiro em desenvolver metodologia que mensure valor a prestação de serviços ambientais/ ecossistêmicos / Carbono estocado.
Isto mudará o PIB do Brasil. Colocará o Brasil na vanguarda mundial!! O Brasil tem o petróleo verde!!!
Reconhecimento consagra as contribuições do docente no campo do Direito e da educação, em uma honraria reservada a poucos brasileiros com trajetória marcante
A nomeação do professor Marcelo Vasconcelos de Góis como membro honorífico da Associação Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (ABRASCI) marca um capítulo especial em sua trajetória profissional e acadêmica. Fundada em 1910, a entidade reúne nomes que deixaram contribuições significativas em suas áreas e têm, em comum, o compromisso de valorizar o conhecimento, a cultura e a memória do país. A escolha de Marcelo não ocorreu por acaso: o Conselho Diretor da ABRASCI realiza um processo criterioso de avaliação antes de conceder a honraria, analisando a relevância social, intelectual e histórica da atuação dos indicados.
Ao longo de mais de um século de existência, a ABRASCI se firmou como uma instituição respeitada tanto no Brasil quanto no exterior. Criada por figuras como Afrânio de Mello Franco, Alberto Rangel e Basílio de Magalhães, a associação mantém viva a missão de promover as ciências humanas e sociais, incentivar a produção intelectual e fortalecer o diálogo entre o Brasil e o mundo. Fora do país, a entidade realiza eventos, cursos e seminários que aproximam culturas e favorecem o intercâmbio acadêmico. Em maio deste ano, por exemplo, organizou em Orlando, na Flórida, uma solenidade em homenagem ao Memorial Day, que contou com apresentações artísticas e momentos de reflexão sobre o papel da cultura na construção de sociedades mais democráticas e cooperativas.
Ser nomeado membro honorífico da ABRASCI é um reconhecimento reservado a poucos. Marcelo Góis recebeu a distinção por seu trabalho consistente no Direito e na educação, além de sua contribuição em projetos públicos de grande impacto. Professor de Direito Administrativo e Legislação Aplicada em cursos como Gran Cursos e IMP Concursos, Marcelo também atuou durante anos no Ministério Público Federal, em Brasília, onde foi Coordenador Jurídico e de Documentação — uma função de grande responsabilidade exercida por poucos profissionais no país. Sua produção acadêmica inclui publicações relevantes, como o artigo sobre a atuação do Ministério Público na investigação criminal, que integra obra publicada pela Escola Superior do Ministério Público da União e amplamente utilizada no meio jurídico.
“O convite para integrar a ABRASCI é motivo de honra e também um incentivo a continuar contribuindo para o fortalecimento do ensino e do conhecimento no país. É gratificante ver um trabalho construído com dedicação ser reconhecido por uma instituição com tamanha história e relevância”, comenta Marcelo.
A admissão na ABRASCI reforça a importância de trajetórias como a de Marcelo Góis para o enriquecimento cultural, científico e histórico do Brasil. Para saber mais sobre sua nomeação e visualizar o perfil oficial publicado pela entidade, acesse: https://abrasci.com.br/marcelo-vasconcelos-de-gois/
Já para acompanhar seus projetos, publicações e iniciativas na área do Direito e da educação, vale seguir suas redes sociais: Instagram e LinkedIn.
Iniciativa busca reconhecer o valor histórico e afetivo do arrocha e fortalecer sua preservação como expressão autêntica da cultura baiana
O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou na Assembleia Legislativa da Bahia um Projeto de Lei que propõe reconhecer o Arrocha como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A proposta visa proteger e valorizar um gênero musical nascido nas periferias, que se consolidou como expressão popular e cultural da Bahia.
Surgido no final dos anos 1990 em cidades do Recôncavo, o Arrocha combina elementos da seresta e do brega, com letras sobre amor, saudade e reencontros. O gênero se espalhou de forma independente, por meio de CDs artesanais, rádios comunitárias e apresentações em praças públicas, conquistando espaço nas festas e paredões de todo o estado.
“Essa é uma música que nasceu do coração do povo e sobreviveu à resistência e à criatividade das comunidades periféricas”, afirma Hilton Coelho. “Reconhecê-la oficialmente é resgatar o respeito que tantos artistas e ouvintes merecem.”
Entre os artistas que ajudaram a consolidar o Arrocha estão Pablo do Arrocha, Nara Costa, Tayrone, Silvano Salles, Márcio Moreno e Nira Guerreira, que contribuíram para ampliar o alcance do gênero e reforçar sua importância cultural.
Segundo o deputado, a aprovação do projeto permitirá ao Estado implementar políticas de preservação, promoção e fomento do Arrocha. “O Arrocha é parte viva da nossa história cultural. Ele emociona, gera emprego, movimenta a economia criativa e nos conecta com nossas raízes. Precisamos garantir que essa história siga sendo contada pelas próximas gerações.”
Um Ano de Saudade, Um Legado Eterno Hoje completa um ano da partida de Silvio Santos, o maior comunicador que o Brasil já conheceu. O homem que começou como camelô nas ruas do Rio de Janeiro e que, com carisma, visão e talento, construiu um império da comunicação, permanece vivo na memória e no coração […]
Hoje completa um ano da partida de Silvio Santos, o maior comunicador que o Brasil já conheceu. O homem que começou como camelô nas ruas do Rio de Janeiro e que, com carisma, visão e talento, construiu um império da comunicação, permanece vivo na memória e no coração de milhões de brasileiros.
Silvio Santos não foi apenas apresentador, foi criador de sonhos. Criou programas que atravessaram gerações, aproximou a televisão da família brasileira e fundou o SBT, uma emissora que até hoje carrega seu DNA: a espontaneidade, a proximidade e a alegria.
Seu bordão ecoa como parte da nossa cultura popular. Seus aviõezinhos de dinheiro se tornaram símbolo de um estilo único de fazer televisão, sempre com humor, leveza e uma conexão genuína com o público.
Um ano depois, sua ausência ainda é sentida. Mas o destino quis que sua presença permanecesse em outros caminhos. Foi assim comigo: seis meses após sua partida, passei a estar na emissora que ele criou, o SBT. Um reencontro simbólico com a história desse homem que, sem nunca ter sido meu patrão em vida, sempre será o patrão de todos nós.
Silvio Santos continua presente em cada domingo, em cada lembrança e em cada sorriso que ele ajudou a construir. Sua obra transcende o tempo. Mais do que um apresentador, ele foi — e sempre será — um patrimônio afetivo do Brasil.
Por Que Ele Ainda Vive em Cada Domingo
Porque sua alegria e estilo autêntico continuam inspirando profissionais da comunicação.
Porque o SBT, que ele deixou estruturado, ainda pulsa com o DNA que ele criou: espontâneo, próximo e popular.
Porque cada domingo em frente à TV carrega um pouco da energia que Silvio irradiava.
Porque, na saudade, ele permanece uma presença presente, capaz de unir e emocionar.