A criação de uma nova unidade de negócios focada em governança de processos marca a entrada da Auddas em um território crítico para empresas em expansão e reforça sua meta de atingir um faturamento de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos
Num ambiente de negócios cada vez mais digital, acelerado e volátil, crescer deixou de ser apenas uma questão de inovação ou ganho de mercado. Exige, sobretudo, estrutura, controle e consistência. É esse diagnóstico que levou a Auddas, consultoria especializada em empresas de dono, a dar um passo inédito: adquirir a RL, boutique focada em redesenho de processos, e criar uma nova vertical dedicada exclusivamente à Eficiência Operacional e Governança de Processos.
Batizada de BU (Business Unit) de Processos e Eficiência Operacional, a nova frente nasce sob o comando de Rúbia Lima, fundadora da RL e especialista em Gestão de Projetos Complexos pela Universidade de Cambridge. Com passagens por mais de 100 empresas, Rúbia chega com a missão de organizar o “como” das empresas clientes, transformando operações desestruturadas em máquinas bem ajustadas, prontas para crescer sem perder qualidade, margem ou governança.
A operação, que não teve valores divulgados, integra a RL ao ecossistema da Auddas, fortalecendo a entrega de valor da consultoria por meio de uma abordagem mais integrada e operacional
“O mercado está cheio de estratégia e vazio de execução. E não é porque falta inteligência, mas porque faltam processos estruturados que sustentem a performance no dia a dia”, afirma Rúbia. “Sem isso, cresce-se com improviso, e improviso não escala.”
A aposta não é isolada. Ela faz parte do plano da Auddas, que visa atingir R$ 200 milhões em receita até 2030, combinando crescimento orgânico, equity de serviços e participação em empresas investidas. Com a entrada da nova BU, a consultoria passa a oferecer uma entrega de ponta a ponta: da estratégia à execução, agora também pela via dos processos, com uma proposta prática, integrada e orientada a resultados.
Por que agora?
O movimento responde a uma lacuna estrutural do mercado brasileiro. Segundo dados do IBGE e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), 61% das empresas de médio porte não documentam seus processos-chave e mais de 70% das falhas de crescimento estão ligadas à ausência de processos escaláveis e seguros.
A governança de processos, nesse cenário, deixa de ser um jargão técnico e passa a ser uma condição de sobrevivência. Trata-se da capacidade de uma organização definir, organizar, monitorar e evoluir seus processos críticos, garantindo que a operação acompanhe o crescimento, sem comprometer a qualidade, a conformidade ou a reputação.
“O que a gente vê são empresas com times sobrecarregados, retrabalho constante e uma dependência enorme de pessoas-chave. Não tem consistência, nem margem para crescer”, comenta Julian Tonioli, CEO da Auddas. “Com a nova BU, conseguimos ajudar os clientes a escalar com método, governança e resultado. Além disso, entendemos que com o advento de ferramentas de AI, Low-Code, No-code e vibe coding, as empresas poderão ter mais caminhos e alternativas no que se refere à evolução tecnológica, mas ter processos claros e eficientes é um pré-requisito importante.”
Da consultoria ao equity
Mais do que entregar projetos, a Auddas quer participar da jornada de crescimento das empresas que atende. Com o modelo de equity de serviços, a consultoria investe tempo, time e conhecimento estratégico em troca de participação societária, o que exige um alto grau de envolvimento e confiança. É por isso que a estrutura interna da Auddas também está sendo reconfigurada para suportar esse modelo: não apenas pensar o futuro, mas ajudar a construí-lo, processo por processo.
Com formação em Ciências Políticas pela UFMG, MBA em Gerenciamento de Projetos e formação em BPMN 2.0, Rúbia Lima também é professora do MBA de Processos da PUC Minas e mentora da G4 Educação. Sua vivência prática no chão de fábrica e sua abordagem estruturada chamaram a atenção da Auddas, que agora a posiciona como líder de uma vertical estratégica.
“Criamos essa unidade porque acreditamos que eficiência operacional real só existe quando os processos estão alinhados à lógica do negócio, às pessoas e aos objetivos futuros da organização”, afirma Rúbia. Nos bastidores, a expectativa é que a nova BU se transforme em um dos pilares de crescimento da Auddas nos próximos anos, apoiando clientes em momentos de expansão, captação, sucessão e M&A. “Crescer com controle não é mais um diferencial é uma necessidade. E governança de processos é a espinha dorsal disso tudo”, resume Julian.