Família Nanico quer que o prêmio seja incentivo para pequenos produtores continuarem em suas terras produzindo alimentos
O queijo porungo de Angatuba (SP) produzido pela Família Nanico há mais de 50 anos, feito artesanalmente com massa filada de leite de vaca cru, conseguiu um feito: ganhou a medalha de ouro no Mundial de Queijo do Brasil 2024. Mas na contramão do mercado, a premiação não mudou a forma de produção, que continua totalmente manual, familiar e pequena, nem foi justificativa para elevar o preço do queijo. E somente quem já era “freguês antigo” ou tem a sorte de encontrar uma peça no mercadinho da cidade, que há tempos já era posto de revenda, degusta essa delícia derivada do leite, que é uma tradição da região sudoeste do Estado de São Paulo.
“Eu não imaginava que o nosso queijo de família ganharia esse prêmio. Foi uma surpresa que trouxe reconhecimento de que fazemos um produto de qualidade. É um sentimento muito bom e queremos que esse prêmio sirva de inspiração para outras famílias de pequenos produtores continuarem em suas terras produzindo alimentos. Nosso objetivo não é fazer mais e mais queijos para ganhar mais e mais dinheiro. Mas é ensinar a técnica do nosso queijo a produtores de leite interessados e tornar a região sudoeste de São Paulo reconhecida”, resume Jolice Antunes de Toledo Cardoso, que está à frente da produção no Sítio Rainha da Paz ao lado do marido Adnilson Lucio Cardoso e do filho Denner Henrique Cardoso. A Família Nanico teria condições para ampliar significativamente a produção. “Graças às melhorias implantadas pelo pessoal da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) na nossa propriedade, a produção de leite aumentou bastante. Como não damos conta de fazer queijo de todo o leite, o excedente fornecemos para um laticínio. Para ampliar a produção, precisaríamos de mão-de-obra de fora e queremos que esse negócio fique em família, como era na época dos meus avós que, assim como meus pais, tinham no queijo complementação de renda da lavoura. A gente ia para cidade, de casa em casa, oferecendo nosso produto. Hoje, com o reconhecimento que conquistamos, principalmente agora depois dessa medalha de ouro, nem conseguimos atender todas as encomendas”, conta.
A premiação do porungo Família Nanico em muito se deve ao trabalho dos assistentes agropecuários da CATI Regional de Itapetininga, que em 2023 começaram o acompanhamento da propriedade dentro do projeto que visa a viabilidade econômica da atividade leiteira em pequenas propriedades. “Começamos pela coleta e análises de solo da propriedade, seguindo para a recuperação de um pasto rotacionado de capim mombaça e a recomendação de plantio e adubação do milho para ensilagem. São ações para produzir alimentos de qualidade para o rebanho durante todo o ano”, conta a zootecnista e assistente agropecuária Ana Paula Roque, da CATI de Itapetininga. Ao reconhecer a qualidade do queijo porungo, Ana Paula, que também é Líder do Grupo Técnico de Pecuária Leiteira da CATI no Estado de São Paulo, incentivou Jolice a participar do campeonato. Concorrendo com mais de 2.000 queijos, do Brasil e de outros países, o porungo Família Nanico levou a medalha de ouro. Como ninguém da família de Jolice pode estar presente ao evento, foi Ana Paula a representante do queijo no concurso. “Após a premiação, seguimos com ajustes no planejamento da alimentação para aumentar a produção de leite. E foi preciso incluir no sistema de produção algumas áreas de pastagem degradada que estavam improdutivas na propriedade. Para isso, foi utilizado o recurso do FEAP Pagamento por Serviços Ambientais – Berços D`Água, que permitiu que a família recuperasse a área com práticas de manejo de conservação de solo e água e corrigisse a fertilidade do solo”, conta Ana Paula.
Outra colaboração importante para a produção de leite de qualidade no Sítio Rainha da Paz é do assistente agropecuário e veterinário Marcelo Ament Giuliani dos Santos. “Ele nos dá assistência técnica relativa à reprodução das vacas, inclusive fazendo a ultrassonagrafia dos animais e nos repassando todas as orientações necessárias, principalmente a meu filho que, inclusive, já fez curso e já aprendeu a inseminar as vacas”, conta Jolice. Com todas essas ações executadas, a produção de leite dobrou. “Leite de qualidade, produzido com boas práticas de higiene de ordenha, respeito ao bem-estar animal e ao consumidor dos queijos deliciosos que a Família Nanico produz”, completa a assistente agropecuária Ana Paula. Jolice, por sua vez, acrescenta que a assistência técnica também a ajudou a profissionalizar o negócio do ponto de vista contábil. “Eu não sabia quanto ganhava com os queijos, qual era o custo. Com a orientação da CATI, agora tudo é planilhado e planejado”, afirma.
Nome “Nanico” O nome do queijo, “Família Nanico’, é uma homenagem ao pai de Jolice. “Meu pai, José, já falecido, era conhecido por Nanico. Embora quem sempre tirasse o leite e fizesse o queijo fosse minha mãe, o queijo ficou conhecido como do ‘Nanico’. Quando estávamos no processo para obter o selo de inspeção municipal aqui de Angatuba, seguimos com o nome ‘Família Nanico’, que está no rótulo do nosso queijo”, detalha. Atualmente, a produção é de 36 queijos por dia, que levam, em média, nove litros de leite cada um. O quilo do porungo é vendido, atualmente, por R$ 45,00.
Como é produzido A produção do queijo porungo é complexa: o leite coalhado é trabalhado em água quente, sendo dobrado e esticado muitas vezes até adquirir a consistência e elasticidade desejadas e a forma que se parece com a porunga, fruto da Lagenaria siceraria. O resultado é um queijo de textura firme e sabor marcante, que dispensa refrigeração. “Antigamente não tínhamos energia elétrica. Então não havia geladeira. O queijo era pendurado pelo pescocinho para ventilar e, assim, durar mais tempo. No rótulo do nosso queijo consta que a duração de prateleira é de 15 dias, mas é mais. Minha filha, que é engenheira de alimentos pela UFSCar e pesquisou a durabilidade do nosso porungo, chegou à conclusão que chega a 40 dias na prateleira”, afirma.
Papel dos assistentes agropecuários Os assistentes agropecuários da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo desempenham um papel de grande importância para o desenvolvimento e sustentabilidade da pecuária leiteira em todo Estado. Com um corpo técnico capacitado, atuam em diversas áreas tanto na extensão rural por meio de assistência técnica a campo, palestras, cursos, dias de campo, crédito rural quanto realizando registros e fiscalizações. A pecuária leiteira está presente em praticamente todos os municípios do Estado, sendo executada em sua maioria em pequenas e médias propriedades, onde a atividade é a principal fonte de renda. Nesse sentido, o principal objetivo do atendimento é o alcance da viabilidade econômica da atividade leiteira nas propriedades, que depende da aplicação de uma série de medidas e práticas de manejo. Entre elas, destacam-se a escrituração zootécnica e econômica e os manejos de pastagens, nutricional, sanitário e reprodutivo.
Serviço Mais sobre o queijo porungo Família Nanico em @jolicecardoso
Áurea Favero é nutricionista e autora do livro Nutricionista e Louco Todo Mundo Tem um Pouco, lançado em 2025 com 315 páginas
A obra parte de uma premissa direta: “De nutricionista e louco, todo mundo tem um pouco”. Mais que provocativo, o título traduz o espírito do livro; um olhar crítico e acessível sobre os dilemas alimentares da vida real.
A autora combina formação científica com observação clínica, sem perder o contato com a experiência cotidiana de quem busca equilíbrio à mesa. “Nutrição não é sobre números ou moda. É sobre compreender o que o corpo precisa e oferecer isso com consciência”, afirma logo nas primeiras páginas.
A obra reúne relatos, análises e orientações que ajudam o leitor a identificar padrões, reconhecer armadilhas e tomar decisões com mais autonomia. “O que as pessoas mais precisam não é de mais informação, e sim de organização daquilo que já sabem e não conseguem colocar em prática”, observa.
Ao desmontar discursos idealizados e dietas radicais, Áurea propõe uma escuta ativa do corpo e uma abordagem mais funcional. Ela escreve para quem já tentou de tudo e não quer mais viver entre culpa e rigidez. “Olhar para os alimentos com outros olhos” é, para ela, o primeiro passo para uma relação mais lúcida com a comida.
Recentemente, a nutricionista tornou-se mãe de gêmeos, dois meninos, e já era mãe de um. Em entrevista exclusiva, falou sobre como a nutrição se torna ainda mais vital durante a gestação: “Não é só sobre o bebê, é sobre a mãe também. É o que sustenta emocionalmente, dá clareza, regula o sono, o humor e prepara o corpo para o que vem depois. Eu vivi isso intensamente.”
Com esse cruzamento entre maternidade e ciência, a escritora reafirma o que sempre defendeu: alimentação precisa ter base, mas também precisa se adaptar. “A teoria é valiosa, mas a prática exige flexibilidade. A vida real não tem menu fixo.”
Nutricionista e Louco Todo Mundo Tem um Pouco não oferece fórmulas. Oferece caminhos que pedem reflexão, escuta e coerência. Como ela mesma sintetiza: “Nutrir é escolher. E escolher exige saber para onde se quer ir.”
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Reconhecimento dos Lençóis Maranhenses pela Unesco e crescimento de 44% no setor refletem nova fase do turismo no estado; Valparaíso Adventure Park se destaca como destino de lazer e adrenalina
O turismo no Maranhão vive um dos seus melhores momentos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou um crescimento de 44% no estado. Somente em junho deste ano, quase 90 mil turistas desembarcaram em São Luís, o maior número dos últimos 13 anos, de acordo com o Observatório do Turismo. O volume representa um aumento de 19% em relação ao mesmo período de 2024, confirmando a ascensão do estado como destino turístico de destaque nacional e internacional.
O novo cenário ganhou ainda mais força com o reconhecimento do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Reforçando o valor das belezas naturais da região e impulsiona a procura por experiências ao ar livre, ligadas à natureza, cultura e aventura.
Em meio a esse crescimento, o Valparaíso Adventure Park, maior parque aquático do Maranhão e reconhecido como um dos melhores da América Latina segundo avaliações no TripAdvisor, se destaca como uma das principais rotas turísticas do estado. Localizado em Paço do Lumiar, a apenas 20 km de São Luís, o parque oferece 13 atrações que unem diversão, adrenalina e contato direto com a natureza.
Entre os destaques estão:
Tirolesa de 220 metros: proporciona adrenalina com uma vista panorâmica da natureza local;
Arvorismo com mais de 250 metros, oferecendo cerca de 10 obstáculos e um circuito completo entre as copas das árvores;
Vumbora, é uma das atrações mais radicais, com toboáguas de 65 metros de descida e velocidade de até 40 km/h;
Isla Negra: piscina de ondas com areia natural, ideal para todas as idades;
Ooba, um playground aquático com 160 mil litros de água, pensado especialmente para crianças, com escorregadores, jatos d’água e baldões interativos.
Boradescer: com mais de 20 metros de altura, oferece uma vista incrível e uma descida eletrizante que pode ultrapassar os 60 km/h.
Além das atrações aquáticas, o parque abriga uma reserva florestal de sete hectares, onde os visitantes podem observar animais silvestres como aves, macacos-pregos e bichos-preguiças, promovendo a conexão entre lazer e educação ambiental.
“Esse aumento é muito significativo, não só para nós, do parque, mas também para todo o estado. Sabemos do potencial de crescimento que o Maranhão tem, são muitas as belezas a serem exploradas e culturas a serem apreciadas. Os viajantes de hoje buscam muito mais do que descanso e lazer. Eles querem conhecimento, gastronomia, cultura, contato com a natureza e, claro, adrenalina. E o parque aquático e o Maranhão oferece tudo isso”, destaca Pablo Madeira, diretor administrativo do Valparaíso Adventure Park.
Sobre o Valparaíso Adventure Park
O Valparaíso Adventure Park, localizado em Paço do Lumiar, na ilha de São Luís (MA), é um parque aquático e de aventuras radicais. Fundado em 2009 pela família Madeira, ele surgiu a partir da aquisição do terreno que hoje abriga o maior parque de aventuras do Maranhão. Ao longo dos anos, o espaço expandiu suas atividades e passou a oferecer também turismo e gastronomia de qualidade, mas sem perder sua identidade original. Em 2021, o parque se destacou por suas inovações tecnológicas e medidas de segurança. Além disso, passou por um rebranding e recebeu o nome Valparaíso Adventure Park. Rodeado por uma reserva florestal de sete hectares, oferece 13 atrações. Entre os destaques, está a tirolesa, que possui um percurso de 220 metros que passa sobre a reserva florestal, e a Isla Negra, uma piscina de ondas, com borda de areia natural e dimensões de 65 m de largura, 73,70 m de comprimento e capacidade para 1.800.000 litros de água.
Em webinar que aconteceu na manhã desta terça-feira (19) com a Abipeças e o Sindipeças, a empresa anunciou o lançamento da campanha “BYD QUER CONHECER VOCÊ” para seleção de fornecedores
São Paulo, 19 de agosto de 2025 – A BYD anunciou hoje que tem como meta alcançar mais de 50% de nacionalização de partes e peças até 2027. Em webinar realizado com associados da Abipeças e o Sindipeças, a empresa lançou a campanha “BYD QUER CONHECER VOCÊ” para selecionar fornecedores brasileiros e desenvolver uma cadeia local de suprimentos para a fábrica em Camaçari (BA).
Participaram do encontro Cláudio Sahad, Presidente da Abipeças e do Sindipeças; Tyler Li, Presidente da BYD Brasil, e Alexandre Baldy, Vice-Presidente Sênior e Head Comercial e de Marketing da BYD Auto Brasil. O seminário online contou com a participação de quase 300 associados de dezenas de empresas brasileiras interessadas em fazer parte da cadeia de fornecimento da BYD.
“A BYD sempre teve em seu planejamento a fabricação completa dos carros no Brasil e é natural a busca por fornecedores de peças tanto na Bahia como em outros estados. O evento de hoje só reforça nosso compromisso em buscar parceiros nacionais. Ficamos muito animados com o interesse em conhecer um pouco mais sobre a empresa. A BYD é do Brasil e nossa cadeia será formada por brasileiros”, destaca Alexandre Baldy.
Para Cláudio Sahad, presidente da Abipeças e do Sindipeças, “toda empresa que quiser produzir no Brasil, utilizando a cadeia de fornecedores locais, será muito bem-vinda e terá nosso total apoio”.
A relação apresentada às entidades já conta com centenas de demandas diretas e indiretas, contemplando componentes essenciais como para-choques, pneus e baterias. A lista completa de peças será disponibilizada em breve aos associados do Sindipeças e da Abipeças.
Responsável por vender, em 2025, 8 em cada 10 elétricos e 3 em cada 10 híbridos no país, a BYD não apenas dispõe de uma ampla gama de veículos, como investe fortemente em capilaridade, com presença crescente em todo o território nacional. Já são quase 190 concessionárias e o objetivo da marca é alcançar mais de 200 já nas próximas semanas – um movimento que reforça o compromisso da BYD em estar cada vez mais próxima do consumidor brasileiro. A BYD já está qualificando dezenas de empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a sua planta no estado da Bahia. A Continental Pneus, de Camaçari, vizinha à fábrica, foi a primeira companhia oficialmente homologada.
Detalhamento de políticas tributárias para fornecedores Além dos detalhes sobre a lista de partes e peças, a BYD também apresentou um conjunto de incentivos fiscais para seus futuros fornecedores no estado da Bahia, com o objetivo de impulsionar a cadeia produtiva local e fortalecer a indústria na região. A greentech também se colocou à disposição dos fornecedores para facilitar os contatos com o governo da Bahia para incrementar as políticas tributárias. As medidas fazem parte da estratégia para criar um ecossistema industrial robusto e que fomente a economia da Bahia, incentivando a colaboração com empresas locais e também a geração de empregos.
SOBRE A BYD A BYD é líder global em carros movidos a nova energia – elétricos e híbridos plug-in. Há mais de 10 anos no Brasil, também se destaca pela produção de componentes eletrônicos, painéis solares e soluções de armazenamento de energia. A empresa opera fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM) e, em 2024, deu início à construção do Complexo de Camaçari, na Bahia, que irá abrigar o maior complexo fabril da companhia fora da Ásia. A BYD ainda é responsável pelo projeto do monotrilho da Linha 17 – Ouro do Metrô de São Paulo (Skyrail). Em 2024, a greentech vendeu 7 em cada 10 veículos elétricos e 1 em cada 4 híbridos no Brasil, conquistando a 10ª posição no ranking geral de vendas de carros de passeio no País. Com a missão de diminuir a temperatura da Terra em 1°C, a BYD é pioneira na transição para uma economia de baixo carbono, alinhando suas operações ao Pacto Global da ONU e liderando a revolução sustentável no setor automotivo.