Música estreia com videoclipe no canal da GR6 Explode

A cena do funk consciente ganha um novo capítulo com “Velhinho do Trenó”, parceria entre MC Vitória e MC Livinho que transforma o imaginário natalino em reflexão sobre a realidade das periferias. A faixa chegou às plataformas à meia-noite desta sexta-feira (5), enquanto o videoclipe estreia no sábado (6), ao meio-dia, no canal da GR6 Explode.

Na música, MC Vitória questiona a ausência do Papai Noel, retratado como o “velhinho do trenó”, usando a figura natalina como metáfora para a falta de atenção e cuidado com quem vive nas comunidades. O refrão “Qual é, qual foi, cadê? Eu esperei até tarde “, sintetiza o sentimento de quem aguarda, ano após ano, por algo que nunca chega. “Quis mostrar algo que muita gente da quebrada sente todo fim de ano. Enquanto uns comemoram, outros seguem esperando por algo que nunca chega”, diz a artista.

A partir da reflexão inicial trazida por Vitória, MC Livinho aprofunda a mensagem ao conectar o tema do single com a realidade estrutural das periferias. Em seu verso, ele aborda como a falta de oportunidade, a fome e a desigualdade moldam os caminhos de muitos: “Buscando atalho eu vejo uns caminhar por crime / A fome tombando vários pique feito dominó / Rimando eu sigo tentando direcionar meu time / Botando em pauta que ninguém é digno de dó”.

Para o artista, a proposta vai além da música: “Esse som é pra lembrar que a vida de muita gente é dura mesmo. A gente canta porque vive, vê e sente isso de perto. Transformar isso em música é dar voz a quem passa por essas situações”.

A sintonia entre Vitória e Livinho reforça o teor social da faixa e une diferentes gerações do funk. Com crítica, vivência e musicalidade, “Velhinho do Trenó” ressignifica o símbolo natalino e chega como reflexão necessária sobre quem realmente fica esquecido no fim do ano.

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No dia 3 de dezembro, o THE BOX apresenta ao público o “THE BOX Medley Funk 10”, capítulo que reafirma a maturidade de uma série que se tornou referência estética e narrativa da música urbana brasileira. Com um formato que dialoga com tendências globais de live performance, o projeto reúne um elenco de peso: MC Brinquedo, MC Ryan SP, MC Negão Original, MC Meno K, MC Luuky, MC Fejuca, MC GP e Ecologyk.

 O “Medley Funk 10” nasce da convicção de que o funk é arte contemporânea, identidade e liberdade.

Esta edição incorpora ainda um manifesto simbólico de liberdade, representado na citação ao influenciador Buzeira, mencionado pelos artistas como voz de uma geração periférica que enfrenta estigmas e injustiças.

A letra carregada de crítica social, autorreflexão e narrativas reais expõe as tensões entre juventude periférica, ascensão social, investigação policial, processos injustos e a construção da autonomia dentro da música. É um retrato vivo da realidade que molda o gênero hoje.

“Esse medley é um desabafo. A gente canta o que viveu e o que ainda vive. Liberdade é tema central porque muita gente nossa tá presa em situações injustas. A música vira voz, vira megafone.” Comenta Mc Ryan SP.

“O THE BOX dá pra gente liberdade estética. Dá pra ousar, pra arriscar. É muito mais que cantar é se expressar com a nossa realidade.” Afirma Mc Brinquedo.

“O funk sempre foi resistência, sempre foi nossa forma de contar a verdade. Nesse projeto, cada linha tem peso. A letra fala da nossa caminhada, das dores e das vitórias.” Diz Mc GP.

“Eu quis trazer emoção, melodia e verdade. O medley é uma fotografia do nosso agora. É real, é cru e é bonito por isso.” Destaca Mc Fejuca.

“Cada artista trouxe sua identidade. O THE BOX costura tudo e transforma em música, arte e manifesto.” Comenta Mc Luuky.

“Minha parte fala sobre superação. A gente vem de onde ninguém acredita, e hoje mostramos que dá pra chegar longe sem perder a essência.” Diz MC Meno K.

“Funk é atitude. É posicionamento. A letra deixa claro que a gente conhece o sistema e segue vencendo apesar dele.” Complementa Negão Original.

“O audiovisual potencializa o que o beat já diz. O THE BOX cria uma atmosfera que vira parte da música.” Diz Ecologyk.

O “Medley Funk 10” costura narrativa, performance e crítica social para registrar o funk como um dos movimentos mais importantes da cultura brasileira contemporânea.

Lançamento: 3 de dezembro

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Gênero marca presença no ranking e consolida a potência da música urbana no país

O funk brasileiro confirmou sua força nas plataformas em 2025. A Retrospectiva Spotify, divulgada nesta quarta-feira (03), reforçou a potência do gênero ao colocar em evidência três artistas das produtoras GR6, Sonar Music e Bololô Records entre os dez mais ouvidos do país: MC Ryan SP aparece em 3º lugar, MC IG em 5º e MC Tuto em 8º.

O gênero também marcou presença entre as faixas mais tocadas. Nilo aparece em 6º lugar com “Fui Mlk”, parceria com MC Paiva e produção de DJ Di Marques e Tropa da W&S, um dos hits mais consistentes do ano. Logo depois, MC Meno K surge na 7ª posição com “Famosinha”, criada ao lado de MC Rodrigo do CN e DJ Caio Vieira, música que viralizou nas ruas e nas redes. Fechando o Top 10, MC Tuto aparece na 9ª colocação com “Oh Garota, Eu Quero Você Só Pra Mim”, colaboração com Oruam, Zé Felipe, MC Rodrigo do CN e produção de DJ LC da Roça.

Artistas comemoram o resultado

MC Ryan SP destaca o tamanho do movimento:

“O funk está gigante. É uma honra representar essa cultura no Top 3 do país”.

Para MC IG, o ranking é consequência do ritmo de trabalho:

“O reconhecimento mostra que estamos avançando e levando nossa vivência para milhões de pessoas”.

MC Tuto celebra o momento duplo:

“Estar entre os mais ouvidos e voltar ao Top 10 com uma faixa é surreal. É só o começo”.

MC Meno K reforça a conexão com o público:

“‘Famosinha’ chegar tão longe mostra que nossa verdade toca as pessoas”.

Nilo aponta o peso do hit:

“‘Fui Mlk’ alcançar tanta gente prova que a favela está sendo ouvida”.

A força das produtoras

Para as empresas, o desempenho confirma a consolidação do funk como uma das principais potências culturais do Brasil.

“Esse resultado mostra que a música urbana não só domina o presente, mas molda o futuro. Seguimos trabalhando para levar nossos artistas cada vez mais longe”, afirma Rodrigo Oliveira, presidente da GR6.

Juntas, GR6, Sonar Music e Bololô Records formam um dos maiores polos de música urbana do país, reunindo estúdios, hubs criativos, distribuição, marketing, A&R e gestão de carreira. O trabalho integrado impulsiona talentos periféricos, amplia o alcance global e ajuda a definir tendências que hoje moldam o comportamento musical no Brasil.

A retrospectiva confirma o que os números já apontavam: o funk segue como a maior força da música brasileira, com crescimento constante e impacto cada vez mais amplo.