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Música

“Coisa Nossa”, um encontro de rios

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(Coisa Nossa | Foto por Elisa Maciel (@elisabdm)

Dupla formada por João Mantuano e RAYA estreia em álbum que celebra, em canções que vão do folk à marchinha carnavalesca, a abertura para o encontro e o enraizamento no solo brasileiro.

Ouça em todas as plataformas digitais.

Texto por Leonardo Lichote.

Coisa Nossa é o nome da dupla formada por João Mantuano e RAYA — e também de seu álbum de estreia, que eles lançam pelo selo Toca Discos no dia 6 de dezembro. A expressão carrega pelo menos dois sentidos, que refletem movimentos diversos: para dentro e para fora. Porque Coisa Nossa é intimidade fechada, o ambiente de troca entre dois artistas que permitiu o nascimento dessa safra de canções — no sofá de casa, violões em punho. Mas Coisa Nossa também se amplia na direção das fronteiras do Brasil e de sua imensidão, território pelo qual a dupla trafega ao longo das 11 faixas dos disco. Não só por apontarem para referências como Novos Baianos, Elomar e Caetano Veloso, mas pela forma brasileira como estabelecem diálogos com sonoridades de artistas como Simon & Garfunkel. O “nossa” é um só — mas nós somos dois, nós somos muitos.

A afinidade entre João e RAYA — nome artístico da compositora e cantora Paula Raia — se manifestou já no primeiro encontro, na casa dela. Eles já vinham conversando há um tempo virtualmente, numa aproximação estimulada por Felipe Rodarte — que viria a se tornar produtor do álbum ao lado de Constança Scofield e Álvaro Alencar — para que eles compusessem algo juntos para ser lançado como single. Quando enfim se sentaram cara a cara, saiu a primeira composição: “Diferentes semelhanças”, faixa 2 do álbum.

É simbólico que a primeira canção que escreveram juntos carregue no nome a contradição harmoniosa entre diferenças e similitudes. Afinal, é disso que em última instância se trata o encontro, e mais especificamente o encontro entre João e Raya . “Se você vir/ Tu vem devagarinho/ Que os nossos pés/ Vão se encontrar/ No meio do caminho” — eles cantam em “Cidade alta”, outra das canções do álbum.

João vinha de uma parceria com Chico Chico, com quem lançou um disco em 2021. Elogiado pela crítica, o álbum chegou a ter uma de suas canções indicada ao Grammy Latino. RAYA vinha compondo trilhas originais para espetáculos de dança — num deles, suas músicas ganharam a voz de Ney Matogrosso, que as lançará em breve pela Som Livre. Além disso, seu primeiro disco, “Tô”, ganhou as plataformas em 2022, com a participação de Julia Mestre — e de Juliana Linhares no show de lançamento. No mesmo ano, ela pôs na rua “Pontes”, um single feito também com Chico Chico e com Victor Ribeiro.

Devagarinho, João e RAYA se encontraram no meio do caminho. E decidiram abrir um caminho juntos. O que deveria ser uma reunião para um single começou a gerar canções, uma atrás da outra — hoje eles têm cerca de 40 parcerias.

Porém, “Coisa Nossa”, o disco, é fruto de outros encontros além do de João e RAYA. Em primeiro lugar, com a dupla de produtores Felipe e Constança, sócios no selo Toca Discos. Eles foram os primeiros a ouvir a leva inicial de canções e identificar que ali havia um disco e, mais do que isso, uma dupla, que com suas diferentes semelhanças construía uma identidade sólida. E que já nascia com nome, dado por Constança a partir dos dizeres que leu numa camiseta.

A roda de encontros se ampliou com a entrada do engenheiro de som Álvaro Alencar, terceiro elemento da produção. Ele ajudou a materializar a sonoridade do disco, ao mesmo tempo íntima e expansiva, minimalista e exuberante. Uma sonoridade que partiu da essência já presente naquele espaço íntimo da composição, ou seja, dos violões como base do conceito dos arranjos. Em especial, o violão de João, referência central para Marco Vasconcelos, que gravou o instrumento no disco — com alguns violões adicionais de Sergio Chiavazzolli.

Por fim, outro encontro que está na base da alma do álbum foi com Renato Cipriano, trazido para o “Coisa Nossa” por sugestão de Álvaro. Responsável pelo projeto acústico de diversos grandes estúdios, entre eles o Toca do Bandido, Cipriano pensa a música abarcando seu poder de cura — a partir do entendimento de frequências que têm efeitos menos ou mais saudáveis sobre nós. Uma curiosidade técnica que dá ideia da importância dessa dimensão para “Coisa Nossa” é o fato de todos os instrumentos do disco terem sido afinados em 432 Hz, uma frequência que, estudos defendem, atua mais em harmonia com a natureza, o corpo e a mente humana, em contraposição aos 440 Hz adotados como padrão universal. 

O álbum foi naturalmente concebido, portanto, como respiro em meio ao ritmo frenético do mundo: da composição à engenharia sonora, dos arranjos aos músicos arregimentados (André Vasconcelos, Marco Vasconcelos, Marcos Suzano, Sergio Chiavazzolli e Renato Cipriano), passando pelas letras repletas de referências à natureza. 

“Coisa Nossa”, a canção-título, abre o disco já expondo essas intenções contemplativas — e outras tantas já mencionadas aqui, como o desejo manifesto de brasilidade. O universo dos Novos Baianos de “Acabou chorare”, pós-João Gilberto, com união de bandolim e guitarra baiana, eletrificação coisa nossa. O coro que une as vozes de Luciane Dom ao trio Soul de Brasileiro (Gê Vieira, José Junior e Negra Silva) aquece ainda mais a gravação. 

“Diferentes semelhanças” carrega um “sentimento Roberto Carlos”, como define João. O anúncio da contemplação solitária — mas luminosa — vem nos primeiros versos: “Olho pra cidade/ E vejo/ Corpos refletindo/ Tempo”. Já “Ouro” traz a engenharia pop das canções de Simon & Garfunkel — incluindo um “tchururu” que ecoa “Mrs. Robinson”. “Ninguém vale tanto brilho”, adverte a letra que trata das seduções comerciais da trajetória de um artista.

Cantada por João sozinho, “Arrebol” soa como folk americano, mas com pandeiro de pés fincados no solo brasileiro. Ao mesmo tempo, amplia seu território com o derbak, tambor árabe. Na sequência, é a vez de RAYA cantar sozinha, em “Rouxinol”. Lado a lado, soam como continuidade, canções-irmãs, que rimam em seus títulos e compartilham de um universo de rios e céus — aliás, há muitos rios pelos versos do disco, essa metáfora que guarda em si a ideia do fluxo e a vocação pelo desaguar. “É como se ela fosse o sol e eu a lua”, sintetiza poeticamente João, referindo-se ao par de músicas.

“Cidade alta” foi feita tendo Santa Teresa em mente, o Rio que se vê de lá. A certa altura, seu bandolim carrega uma melancolia de fado. Ao mesmo tempo, ela é atravessada por uma alegria tranquila. “Pra que certeza/ Se aqui/ É uma ladeira só”, perguntam os versos. “Love livre”, composta apenas por RAYA, é marcha de carnaval com puxada de ska, celebrando a liberdade de amar na festa. É pontuada por uma guitarra baiana que faz pensar na sonoridade de “Muitos carnavais”, álbum de Caetano Veloso.

“Mata escura” também fala de liberdade, mas num contexto mais amplo. “Talvez seja a canção que traga mais esperança”, diz RAYA. “É um colo feminino. Uma sensação de verdade pura”, define João. Delicada como seu título, “Pétala branca” é assinada apenas pelo compositor. Em menos de dois minutos, desenha com singeleza dedilhada a fragilidade do amor.

“Aqui eu permaneço” é afirmação de resistência, construída como resposta a “Vou-me embora”, canção de Paulo Diniz regravada por Zé Ibarra em 2023. O “aqui” a que se refere a letra é a América Latina, terra de trovadores de mil naturezas, do Pantanal aos Andes, de alguma forma evocados no arranjo. Por fim, “Se for cantar por amor”, parceria de João com Sal Pessoa, é mantra que amarra a alma de encontro que sustenta o disco: “Resistindo o amor/ Na alma do animal”.

FICHA TÉCNICA:

Produzido por Felipe Rodarte, Constança Scofield e Álvaro Alencar

Gravado no estúdio Toca do Bandido

Engenheiro de Gravação – Álvaro Alencar é Felipe Rodarte 

Assistente de Gravação – Raphael Dieguez 

Edições – Raoni Andrade 

Engenheiro de Mixagem – Álvaro Alencar 

Masterizado por Felipe Tichauer no Red Traxx em Miami

 

Coisa Nossa

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – cavaquinho, guitarra baiana, bandolim

Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

 

Diferentes Semelhanças

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas (e

Sergio Chiavazzolli – bandolim

 

Ouro

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

João Mantuano- Violão 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

 

Arrebol

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sem participações adicionais. Apenas banda base e P&J

 

Rouxinol

RAYA – Voz

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

Renato Cipriano – cristais, orgão Shruti

Ilarindo Davidson – Bateria

 

Cidade Alta (Monte Alegre)

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – cristais, Anima bells

Sergio Chiavazzolli – bandolim

 

Love Livre

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – guitarra elétrica, guitarra baiana

Backings – Gê Vieira, José Junior, Negra Silva e Luciane Dom

 

Mata Escura

RAYA – Voz

Mantuano – Voz e violão solo

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas, gongos, tubular bells, cristais, hand drum

 

Pétala Branca

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – bandolim

Alvaro Alencar – efeitos e ambiencias

 

Aqui Eu Permaneço

RAYA – Voz

Mantuano – Voz e viola caipira 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas

 

Se for cantar por amor

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Alvaro Alencar – voz declamada

Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

 

Ouça em todas as plataformas digitais.

Sobre Coisa Nossa

Raya e Mantuano, dois talentos da nova MPB, encontraram-se pela primeira vez em 2022, apresentados por Felipe Rodarte, no mítico Estúdio Toca do Bandido e, de lá pra cá, compuseram diversas canções; as 11 primeiras integram o álbum em produção, intitulado “Coisa Nossa”, que terá lançamento pelo Selo Toca Discos.

“Coisa Nossa” são duas vozes e dois violões. “Mexemos e misturamos o caldeirão das nossas referências e experiências e saiu um negócio bem nosso”, conta Raya ao lado de Mantuano, com supervisão dos produtores Felipe Rodarte e Constança Scofield, ao longo dos muitos encontros na Toca do Bandido.

Tem folk, samba, bossa, afoxé, rock. A dupla sabe brincar de abrir caixas de gêneros musicais consagrados e fazer uma delicada e interessante fusão. Dirigir o abundante fluxo criativo dos dois em direção a algo muito novo e fresco.

“Coisa Nossa” é, além de tudo, um projeto carioca. Passeia pela cidade, com notas de Leme, Santa Tereza e Itanhangá, onde fica a Toca do Bandido e seus parceiros. Sua produção conta também com a participação do premiado engenheiro e produtor Álvaro Alencar.

A sonoridade de Raya e Mantuano pode ser definida como um lugar de calma e delicadeza em que muitas coisas acontecem. A dupla é a condutora deste trem brasileiro que parte para o interior, sempre olhando para o futuro, conectado com ‘coisas nossas’. É um trabalho sem um olhar ufanista sobre música brasileira, mas sim com ternura.

Links Coisa Nossa:

Instagram

YouTube

Spotify 

Links Toca do Bandido | Toca Discos:

Site Oficial

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Música

Gabriele Leite lança novo disco “Gunûncho”, só com compositoras, pela Gravadora Rocinante

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Foto: Lucca Mezzacappa

Violonista revisita compositoras consagradas e apresenta peças autorais pela primeira vez. O álbum será lançado em LP e nas principais plataformas no dia 18 de novembro.

Nesta quarta, 18, a violonista Gabriele Leite lança seu segundo disco, Gunûncho, pela Gravadora Rocinante. O álbum estará disponível em vinil e nas plataformas digitais, reunindo obras de quatro compositoras que, embora não fossem violonistas, dedicaram peças marcantes para o instrumento: Chiquinha Gonzaga, Lina Pires de Campos, Tania León e Thea Musgrave.

“O Gunûncho é a memória da voz interior. Gunûncho foi a palavra escolhida por minha mãe, carinhosamente, ao nomear a minha mantinha de bebê (naninha), carregada por mim em todos os momentos: sem exceções. Com o Gunûncho em meu rosto, eu me sentia como se estivesse em um lugar de acalanto, o tato do paninho de crochê colorido em tons pastéis. O Gunûncho me acompanhou quando criança e, hoje, retorna como símbolo de uma reconexão”, define Gabriele Leite.

Grande parte da escrita dessas autoras parte de outros instrumentos como referência, mas neste novo trabalho Gabriele escolheu peças que exploram o potencial expressivo do violão. O repertório traz peças compostas ou dedicadas a intérpretes do instrumento, ampliando a escuta sobre como compositoras de diferentes tempos e lugares dialogaram com o violão.

“Celebrar mulheres compositoras amplia a escuta de repertório. Essa escuta é uma provocação: feche os olhos, cada nota que você ouvirá são mulheres dizendo “a nossa música não é aquilo que você quer que ela seja”. A produção dessas mulheres passaram por desafios inimagináveis. Pensar que elas não tiveram a escolha de se expressar no seu mais íntimo lugar, faz o ouvido ficar ainda mais afiado e atento”, avalia Gabriele.

A escolha reflete uma busca pela diversidade. No eixo internacional, a cubana Tania León, radicada nos Estados Unidos, aparece com Paisanos Semos!, a obra talvez mais dissonante e radical do disco.. Já a escocesa Thea Musgrave, de ampla produção camerística e orquestral, contribui com obras que reforçam a riqueza de compositoras ainda vivas e ativas. No eixo brasileiro, estão a pioneira Chiquinha Gonzaga, referência incontornável da cultura nacional, e Lina Pires de Campos, influenciada por Camargo Guarnieri e voz importante da música de concerto do século XX. O disco ainda conta com composições da própria Gabriele.

Para Gabriele, este projeto “celebra o legado de mulheres compositoras não violonistas que, de alguma forma, durante suas vidas tiveram um encontro com esse instrumento tão belo e difícil de compor. Permite difundir novas escutas e trazer gravações inéditas, como as serenatas de Thea Musgrave”.

Se no primeiro álbum o foco estava na interpretação, Gunûncho marca uma virada. “O nome sugere um ‘desmame’ de narrativas amarradas e um olhar mais afetivo em diferentes camadas. É uma história de amadurecimento e de abrir caminhos para novas facetas minhas como intérprete, arranjadora e compositora. Esse último ponto, a composição, não estava presente antes. Eu vinha há alguns bons anos tentando amadurecer a ideia de compor e, num inverno em Nova Iorque em 2023, o lapso criativo apareceu de forma natural e intuitiva”, conta.

O resultado é um disco que convida à escuta íntima e acolhedora. “Eu diria que num sábado de manhã pós-café seria o momento ideal para ouvir, mas cabe também numa sexta-feira à noite antes de dormir. É um álbum para relaxar e se envolver em cada faixa. Tudo foi pensado para desconstruir certas rigidezes da performance e se tornar algo mais pessoal”, afirma Gabriele.

A construção coletiva também atravessa o projeto. A produção musical é de Erika Ribeiro, com direção artística da Gabriele com Sylvio Fraga. Gabriele destaca ainda a colaboração da mãe, Edelzuita Leite, que batizou sua naninha de infância com o nome Gunûncho, inspiração para o título; de sua companheira, Vitória Cardoso, produtora que apoiou o processo de repensar padrões; e do amigo e poeta Pedro Mattos, junto à empresa Mattiz, que contribuiu no processo criativo.

Gabriele Leite – Gunûncho (Gravadora Rocinante – 2025)

Lado A
Lina Pires de Campos (10min37s)
Ponteio e Toccata (02’23”)
Prelúdio: No.1 (1’59”)
No.2 (2’11”)
No.3 (1’14”)
No.4 (2’28”)
Tania Leon (4:14)
Paisanos Semos

Lado B
Thea Musgrave (8min8s)
Postcards from Spain Five Serenades for solo guitar
I. Cantaor (Triana) (1’18”)
II. Starlight on Compostela (Santiago de Compostela) (2’10”)
III. Trovador (Segovia) (2’22”)
IV. Reflecting Pools in the Alhambra (Granada) (2’18”)
Chiquinha Gonzaga (6min29s)
Não se impressione (2’17”)
Lua Branca (2’56”)
Corta Jaca – Gaúcho (1’56”)
Gabriele Leite (1min30s)

Nano-estudos
I. Gunûncho
II. Maracatu
III. Jongo

Sobre Gabriele Leite

Gabriele Leite foi a primeira violonista clássica a integrar a lista Forbes Under 30, em 2020. Radicada em Nova Iorque (EUA), onde cursa o doutorado em Performance Musical na Stony Brook University, vem construindo uma trajetória marcada por conquistas inéditas e crescente reconhecimento internacional.

É bacharel em Música pelo Instituto de Artes da UNESP e mestre com honras pela Manhattan School of Music. Ao longo da carreira, participou de importantes festivais e competições no Brasil e no exterior, consolidando sua presença no cenário internacional.

Em 2023, lançou seu álbum de estreia, Territórios, pela gravadora brasileira Rocinante. Desde então, tem realizado turnês pelo Brasil, Estados Unidos e Europa. Em 2024, foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Artista Revelação e, em 2025, participou do festival Músicas do Mundo, em Sines (Portugal), além do festival Psicotrópicos, onde abriu o show de Hermeto Pascoal e Grupo, na Holanda.

Patrocinada pela Augustine Strings desde 2020, Gabriele Leite se firma como um dos nomes mais promissores do violão clássico contemporâneo.

Sobre a Rocinante:

Criada em 2018, em Petrópolis, a Rocinante é uma gravadora e fábrica de discos de vinil que se dedica ao lançamento de álbuns em vinil e em formato digital. Seu catálogo, de alta qualidade, dá ênfase à canção e à música instrumental brasileira, construindo uma identidade singular no cenário musical.

O vinil produzido pela Rocinante traduz um som especial — sem compressão — e se torna um meio essencial para cumprir o propósito da gravadora: expressar a singularidade e as intenções estéticas de cada artista. “Nossa bússola é a comoção diante do que ouvimos. Atuamos principalmente nos campos da canção e da música instrumental brasileiras. Lançamos os discos em vinil, prensados em nossa própria fábrica com prensas modernas Newbilt, e também em formato digital”, afirma Sylvio Fraga, Diretor Artístico e um dos fundadores da Rocinante.

O nome da gravadora remete ao cavalo de Dom Quixote, personagem de Cervantes — um símbolo de aventura e ousadia que define bem a trajetória da Rocinante. Entre os artistas representados estão nomes como Jards Macalé, João Donato, José Arimatéa, Nelson Angelo, Marcelo Galter, Bernardo Ramos, Erika Ribeiro, Ilessi, Thiago Amud, Letieres Leite + Quinteto / Orquestra Rumpilezz, Gabriele Leite, Sergio Krakowski e o próprio Sylvio Fraga.

Ficha Técnica

Direção artística: Gabriele Leite e Sylvio Fraga
Produção musical: Erika Ribeiro
Direção musical: Gabriele Leite e Erika Ribeiro
Gravação: Arthur Damásio e Flávio Marcos Batata
Mistura: Arthur Damásio
Masterização: Arne Schumann
Coordenação artística: Jhê
Coordenação técnica: Flávio Marcos Batata
Fotografias: Lucca Mezzacappa
Direção executiva: Bruno Vieira
Direção de produção: Geraldinho Magalhães
Produção executiva: Alessandra Ramalho e Raquel Cardoso
Produção local: Alethéa Perdigão

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Música

Magdalena Bay revela Nice Day: A Collection Of Singles

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E compartilha as Faixas “This Is The World (I Made It For You)” E “Nice Day” filme de Imaginal Disk chega em breve

Ouça as faixas aqui.

Após uma sequência de datas norte-americanas esgotadas na Imaginal Mystery Tour, Magdalena Bay revela seu novo projeto Nice Day: A Collection of Singles; compre AQUI. O projeto reúne a sequência de singles duplos da dupla e mais duas novas faixas: “This Is The World (I Made It For You)” e “Nice Day”; ouça AQUI.

“Este é o par final (fizemos para você)”, diz a dupla. “Obrigado por ouvirem essas músicas, tem sido ótimo nos conectar com vocês.”

O projeto apresenta três singles duplos lançados recentemente pela dupla. Eles retornaram no mês passado com “Second Sleep” — que traz um vídeo oficial dirigido por Amalia Irons — e “Star Eyes”. Juntas, as faixas marcaram as primeiras músicas novas após o universalmente aclamado segundo álbum Imaginal Disk e serviram como sucessoras espirituais ao LP. Dois pares de músicas complementares — “Human Happens” e “Paint Me a Picture”, além de “Unoriginal” e “Black-Eyed Susan Climb” — foram revelados logo em seguida. As novas músicas receberam elogios imediatos de Stereogum, Pitchfork, Consequence, NYLON, The Fader e Hypebeast, entre outros.

Todos os quatro singles duplos estão disponíveis individualmente em vinis de 7” e também em um box set deluxe contendo todas as faixas; peça AQUI.

Magdalena Bay levou a Imaginal Mystery Tour a festivais como Portola Music Festival, Austin City Limits e III Points, além de shows gigantes como headliners no Hollywood Forever Cemetery, em Los Angeles, e no Anthem, em Washington DC, junto a uma série de datas pelos EUA. Eles seguem para o Mad Soul Festival, em Orlando, no início de dezembro, seguidos por um show de Ano Novo no Mission Ballroom, em Denver, que encerrará a etapa norte-americana. Em fevereiro, darão início às turnês pelo Reino Unido e Europa, com suporte de Allie X. Veja a rota completa aqui.

Escrito e produzido integralmente por Mica Tenenbaum e Matthew Lewin, Imaginal Disk foi amplamente celebrado como um dos melhores álbuns do ano passado. Em listas de Melhores de 2024 do The New York Times, Rolling Stone, Vulture, Pitchfork, Stereogum, Vogue, Paste Magazine — que nomeou o single “Death & Romance” como a música nº 1 do ano — e mais, Imaginal Disk fez o Magdalena Bay esgotar todas as datas de suas turnês como headliners na América do Norte e Europa/Reino Unido.

Em celebração ao primeiro aniversário do LP, Magdalena Bay provocou o lançamento do tão aguardado filme do álbum. Dirigido por Amanda Kramer e escrito e editado por Tenenbaum e Lewin, o filme aprofunda o mundo de Imaginal Disk. A dupla revelou elementos da história nos vídeos de “Death & Romance”, “Image” e “That’s My Floor”, assim como em sua apresentação no Jimmy Kimmel Live! e ao longo da Imaginal Mystery Tour. Mais detalhes sobre o filme e seu lançamento são iminentes.

No Brasil, acontecerá em São Paulo a C6 Fest. O festival acontece entre os dias 21 e 24 de maio no Parque Ibirapuera, e trará artistas da nova geração como a dupla Magdalena Bay.

Magdalena Bay é a dupla de Los Angeles via Miami formada por Mica Tenenbaum (vocais, produtora, compositora) e Matthew Lewin (produtor, compositor). Os dois se conheceram pela primeira vez em um programa pós-escola de música em Miami, onde cresceram, unindo-se por influências musicais em comum e eventualmente formando a banda de prog rock Tabula Rasa. A banda acabou, mas quando Tenenbaum e Lewin se reencontraram na faculdade, reconectaram-se com o objetivo de fazer algo mais próximo do pop — misturando elementos retrô e futuristas — sob o nome Magdalena Bay. Eles lançaram uma série de EPs que levaram ao aclamado álbum de estreia Mercurial World, em 2021, e seguiram vendendo todas as datas de suas turnês como headliners, se apresentando em inúmeros festivais ao redor do mundo — incluindo Coachella e Lollapalooza —, excursionando com Billie Eilish, Charli xcx, Caroline Polachek, Flume e colaborando com Grimes, Lil Yachty, JIHYO, Blu DeTiger e mais.

www.imaginaldisk.world

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Música

The Devil Wears Prada lança seu novo álbum Flowers via Solid State

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Ouça o álbum aqui.

THE DEVIL WEARS PRADA – Mike Hranica [voz], Jeremy DePoyster [guitarra, voz limpa], Kyle Sipress [guitarra], Jonathan Gering [teclados, sintetizadores, programação, percussão] e Giuseppe Capolupo [bateria] — lança seu nono álbum, Flowers, pela Solid State Records. Ouça aqui.

Flowers marca o início de um novo ciclo criativo para a banda, consolidando duas décadas de evolução musical, turnês globais e uma identidade artística em plena expansão. É seu projeto mais ambicioso até agora: um disco onde TDWP canaliza luto, mudanças, crescimento e uma força renovada que os tem levado às maiores plateias de sua carreira.

O álbum combina temáticas ousadas com música intensa, explorando os contrastes que sempre definiram o The Devil Wears Prada: peso emocional, melodias poderosas e uma vulnerabilidade que conecta profundamente com seu público.

TDWP tem uma série de datas internacionais confirmadas, incluindo shows na Austrália com Bullet For My Valentine; apresentações como headliner na África do Sul; e uma turnê pela Europa com Ice Nine Kills e Creeper. A banda também se apresentará no Warped Tour em Orlando, nos dias 15 e 16 de novembro. Além disso, embarcarão no Emo’s Not Dead Cruise em janeiro. Todas as datas estão disponíveis aqui. A banda também aparece na capa da edição de outono de 2025 da Revolver. Veja aqui.

SOBRE THE DEVIL WEARS PRADA:

The Devil Wears Prada sempre explorou os extremos da vida em sua música. Nunca hesitaram em encarar a escuridão, lidar com a depressão, tentar dar sentido à confusão, aliviar a ansiedade ou confrontar a fé, a existência e a morte. Ao mesmo tempo, sempre refletiram os altos e baixos da vida, alternando entre um peso esmagador e melodias emocionantes. Depois de mais de duas décadas fazendo música, sua união como colegas de banda – mas, mais importante, como amigos – está mais forte do que nunca.

Todo esse tempo e experiência permitiu que o grupo fizesse uma declaração em seu nono álbum, Flowers. Combinando temas ousados com música igualmente intensa, eles processam o luto, enfrentam dificuldades e não apenas se curam juntos, mas florescem criativamente como nunca antes.

The Devil Wears Prada sempre esteve presente para seu público. Entre uma série de lançamentos fundamentais, os leitores da Revolver elegeram With Roots Above and Branches Below [2009] como um dos 5 melhores álbuns de metalcore; o EP Zombie [2010] e Dead Throne [2011] estrearam ambos no Top 10 da Billboard 200; e ZII [2021] marcou a sexta entrada consecutiva da banda no Top 5 do Billboard Top Hard Rock Albums Chart. Eles também somam quase meio bilhão de streams – algo raro para artistas tão extremos.

O grupo alcançou outro nível com Color Decay [2022], esgotando os maiores shows de sua carreira ao redor do mundo e recebendo alguns dos maiores elogios de sua trajetória. Em 2024, os músicos se retiraram para um VRBO em Rodgers, Arkansas, por três semanas, onde construíram a base do novo LP, novamente com Jon como produtor.

Após esse período “naquele recanto celestial do Arkansas”, Jon, Jeremy e Mike fizeram várias viagens a Los Angeles para finalizar as gravações. Eles colaboraram com Tyler Smyth [I Prevail, Falling In Reverse], Austin Coupe [Lø Spirit, Moodring], Colin Brittain [Linkin Park, Papa Roach], Bobby Lynge [Fit For A King] e Marshall Gallagher [Teenage Wrist]. Também contaram novamente com Sam Guaiana (Color Decay) como engenheiro e escolheram Zakk Cervini [Bring Me The Horizon, Spiritbox] para mixagem e masterização.

Com 20 anos de carreira, sua criatividade ressurge em Flowers, representando talvez o salto criativo mais significativo da banda até hoje.

FLOWERS TRACK LISTING:

“That Same Place

Where The Flowers Never Grow

“Everybody Knows”

So Low

For You

“All Out”

Ritual

“When You’re Gone”

“The Sky Behind The Rain”

“The Silence”

Eyes

“Cure Me”

“Wave”

“My Paradise”

The Devil Wears Prada online:

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