Esporte é uma das formas de manter vida saudável, mas não um atestado de imunidade
Um alerta que tem como origem o impacto dos flagrantes de mal súbito envolvendo atletas pelo mundo afora. Apesar de ser uma forma de adquirir e preservar a saúde, o esporte – assim como a juventude – não é um atestado de imunidade aos riscos cardíacos.
Uma vida ativa, com prática frequentes de exercícios físicos, é um dos fatores de proteção contra a doença, principalmente quando se refere a doenças cardíacas.
Apesar de ser fortemente recomendado pelos médicos, o check-up regular não tem o poder de prever e evitar 100% dos eventos cardiovasculares, mesmo naqueles esportistas que mantém uma rotina pesada de treinos e acompanhamento médico rigoroso.
Dr. Heron Rached, médico cardiologista, ressalta que existem algumas condições que podem levar à morte súbita, além do infarto do miocárdio, durante as atividades em jovens aparentemente saudáveis.
Dr. Heron Rached – Crédito da Foto: Acervo Pessoal
O infarto agudo do miocárdio tendo a doença aterosclerótica – depósito de gordura no interior das artérias – em pacientes abaixo de 45 anos é mais frequente naqueles grupos onde o diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão arterial e tabagismo estão presentes. Entretanto, alguns pacientes nascem com má formação congênita das coronárias e quando são submetidos às atividades físicas extremamente extenuantes, essas artérias coronárias sofrem compressão extrínseca de outras artérias levando a interrupção na passagem de sangue para o músculo do coração podendo ser outra causa de infarto do miocárdio ou morte súbita. Mas quando se fala de morte súbita não podemos esquecer das arritmias e, também, as cardiomiopatias que são doenças que acometem diretamente o músculo do coração.
O esforço além do limite do corpo também pode ser prejudicial mesmo quando o jovem é aparentemente saudável. O coração é um músculo e como qualquer outro músculo do corpo também sofre com excesso de carga.
“O atleta geralmente trabalha em nível máximo, com a adrenalina extremamente elevada, e essa substância pode ser responsável por espasmos das artérias coronárias ou arritmias causando o infarto e até mesmo a morte súbita, afirma Dr Rached.
Durante a pandemia por covid 19 observamos o aumento na incidência de infarto do miocárdio em todas as faixas etárias, sobretudo na faixa mais jovens.
Dr. Heron Rached – Crédito da Foto: Acervo Pessoal
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, a cada dois minutos morre uma pessoa devido a uma enfermidade cardiovascular. A situação se agrava, pois, poucas pessoas sabem reconhecer os sintomas de um infarto – cerca de 2% dos brasileiros. Estilo de vida, sedentarismo, tabagismo, estresse, hipertensão arterial e diabetes formam o pacote dos principais fatores causadores da doença.
Dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náusea. Esses e outros sintomas, de acordo com Dr. Heron, são fortes indicações de que uma pessoa pode estar sofrendo de infarto. Mas cerca de metade deles são silenciosos, ou seja, não apresentam qualquer sinal.
Pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem visitar o médico mais cedo”, recomenda Dr. Rached que aproveita para deixas algumas dicas :
* Pratique atividade física
* Dê mais atenção às suas necessidades pessoais
* Evite o estresse no trabalho
* Alimente-se com calma
* Mantenha os índices de colesterol e a pressão arterial sob controle
* Abandone hábitos prejudiciais, como excesso de bebidas alcoólicas e cigarro.
Heron Rhydan Saad Rached é médico Cardiologista e Radiologista, com doutorado pela USP – Universidade de São Paulo e 32 anos de atuação na área.
DR. HERON RACHED – CARDIOLOGISTA
Heron Rhydan Saad Rached é médico, tem 32 anos de exercício profissional na área de Cardiologia. Nasceu em 1965 na cidade de Campina Grande, na Paraíba, tendo cursado Medicina na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, concluindo o seu curso em 1990. Posteriormente, com o objetivo de complementar sua formação médica num centro maior, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde está radicado desde 1993. Em São Paulo, fez inicialmente a residência médica na área de Cardiologia no hospital da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência. Aprofundando seus conhecimentos na Cardiologia, absorveu sua especialização em ecocardiografia e ressonância magnética cardiovascular, no instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP (Incor-FMUSP), onde também realizou o doutorado. Expandiu sua formação no exterior com um estágio em ecocardiografia na Universidade do Alabama em Birmingham nos Estados Unidos da América.
Seu espectro de atuação na Cardiologia é amplo e vai desde o atendimento direto do paciente em sua renomada clínica privada à sua contribuição com desenvolvimento da saúde na cidade de São Paulo, tendo implementado um modelo de verticalização da saúde suplementar que facilita o acesso à saúde a grande parte da população paulistana. Implantou na capital paulista o primeiro modelo de «homecare» (cuidado domiciliar) para pacientes de alta complexidade.
No plano administrative foi coordenador do setor de Cardiologia do grupo Prevent Senior (1997-2009) e atualmente é coordenador do núcleo de Cardiologia e Pneumologia dos Hospitais Leforte, função que exerce desde 2011. Tem atuado na área de pesquisa e produção científica, sendo editor e co- autor de 3 livros na área de cardio-oncologia, autor e co-autor de diversas publicações científicas nacionais e internacionais, e participante ativo em congressos de cardiologia, não apenas no Brasil como no exterior. Nos últimos anos tem-se dedicado ao estudo do envelhecimento populacional em busca de um modelo que promova o equilíbrio sustentável de saúde e bem-estar da população idosa.
Sua contribuição para o desenvolvimento da saúde na cidade de São Paulo é valiosa, o que justificou o decreto legislativo do vereador Adilson Amadeu, no sentido de conferir ao Dr. Heron Rached o título honorífico de Cidadão Paulistano, o que se dará em uma sessão solene a ser realizada na Câmara Municipal de São Paulo no dia 12 de Agosto de 2022. Essa merecida homenagem enche de alegria e orgulho o coração dos paraibanos, especialmente dos campinenses por se sentirem representados na Cardiologia de São Paulo.
Dr. Heron Rached – Crédito da Foto: Acervo Pessoal
A Dra. Marianna Magri integra a nova geração de médicas que unem ciência avançada, rigor técnico e visão de precisão para redefinir a prática clínica no Brasil. Sua atuação é centrada em metabolismo, inflamação crônica, longevidade testes genéticos e medicina de precisão, sempre com uma abordagem sóbria, elegante e orientada a dados reais.
Com foco em longevidade saudável e performance global, Dra. Marianna utiliza protocolos personalizados baseados em análises biológicas profundas, incluindo marcadores metabólicos, inflamatórios, hormonais e genéticos que permitem compreender o organismo de forma antecipada e estratégica.
“Minha função é entregar precisão. Não trabalhamos apenas com sintomas, trabalhamos com caminhos bioquímicos, regulação autonômica, metabolismo e prevenção real. Quando o paciente entende isso, e entende que exames “normais” não é estar saudável, ele ganha clareza sobre o próprio corpo e sobre o que é possível construir ao longo da vida”, explica.
Com Clinica em São Paulo e atuação digital em expansão, Dra. Marianna Magri tornou-se referência para pacientes que buscam equilíbrio metabólico, performance cognitiva, controle inflamatório e longevidade baseada em ciência. Sua prática atrai desde profissionais da saúde até executivos, atletas e pessoas que desejam uma medicina contemporânea: precisa, humana e baseada em evidências.
Pilares da atuação da Dra. Marianna Magri
* Metabolômica clínica
Mapeamento detalhado da produção, utilização e eficiência energética do organismo, permitindo identificar disfunções metabólicas antes de se tornarem sintomas.
* Testes genéticos aplicados
Análises que revelam predisposições metabólicas, hormonais e inflamatórias, direcionando condutas preventivas e intervenções personalizadas.
* Regulação da inflamação crônica
Identificação e modulação de processos inflamatórios silenciosos, hoje reconhecidos como um dos principais gatilhos do envelhecimento acelerado e de doenças metabólicas.
* Longevidade baseada em precisão
Estratégias estruturadas de longo prazo que integram hábitos, sono, exercício, nutrição, saúde hormonal e intervenções biológicas para ampliar vitalidade e saúde futura.
Uma medicina que une tecnologia, ciência e humanidade
Com um olhar atento ao corpo, à história biológica e ao estilo de vida do paciente, Dra. Marianna desenvolve protocolos que unem precisão analítica e sensibilidade clínica, sem promessas fáceis e sem exageros. Sua abordagem representa uma medicina contemporânea, ética, clara, sofisticada e orientada à performance real.
A Dra. Marianna Magri simboliza o avanço da medicina de precisão no Brasil, trazendo uma visão de saúde que integra ciência, prevenção e longevidade de forma concreta e acessível para quem busca viver com mais vitalidade, consciência e equilíbrio.
O lipedema é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas, quadris e braços. Embora seja frequentemente confundido com obesidade ou retenção de líquidos, trata-se de um distúrbio vascular que afeta majoritariamente mulheres e que, se não tratado, pode comprometer a mobilidade, causar dor intensa e impactar significativamente a saúde física e emocional.
De acordo com o médico vascular Dr. Douglas Sterzza, referência no diagnóstico e tratamento do lipedema, muitas pacientes convivem por anos com a doença sem saber.
“O desconhecimento ainda é um dos maiores desafios. Muitas mulheres passam boa parte da vida acreditando que o problema é estético, quando na verdade se trata de uma doença que avança e gera complicações importantes se não for tratada adequadamente”, explica o especialista.
O que acontece quando o lipedema não recebe tratamento?
Quando não há acompanhamento médico, o lipedema tende a evoluir de maneira contínua, passando por estágios cada vez mais complexos. Segundo o Dr. Sterzza, a evolução pode acarretar:
Aumento progressivo do volume das pernas
O acúmulo de gordura tende a intensificar-se ao longo dos anos. O aumento de volume compromete o uso de roupas, gera sensação de peso e dificulta a mobilidade.
Dor crônica e sensibilidade exacerbada
A dor ao toque é um dos sintomas marcantes. Sem tratamento, ela se torna constante e passa a limitar atividades simples, como caminhar e subir escadas.
Formação de nódulos e endurecimento do tecido
Com o avanço da doença, ocorre a formação de nódulos, fibrose e endurecimento da gordura — estágio que exige abordagens terapêuticas mais complexas, muitas vezes cirúrgicas.
Sobrecarga do sistema linfático
O lipedema pode evoluir para lipo-linfedema, quando há prejuízo do sistema linfático. Isso provoca inchaço intenso, sensação de pernas “cheias” e maior dificuldade de locomoção.
Problemas vasculares associados
O excesso de peso nos membros inferiores favorece o surgimento de varizes e pode agravar quadros de insuficiência venosa.
“A associação entre lipedema e varizes é comum. Por isso, a avaliação vascular completa é fundamental”, reforça o Dr. Sterzza.
Impacto psicológico significativo
A evolução da doença também afeta o emocional. Baixa autoestima, ansiedade e até quadros depressivos são frequentes, agravados pelo julgamento social e pela demora no diagnóstico.
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A importância do diagnóstico precoce
O Dr. Douglas Sterzza destaca que identificar o lipedema ainda nos estágios iniciais possibilita controlar a progressão, reduzir sintomas e evitar tratamentos mais invasivos no futuro. Entre os principais sinais de alerta estão:
Acúmulo de gordura desproporcional nas pernas;
Dor e sensibilidade ao toque;
Inchaço persistente;
Histórico familiar;
Dificuldade de perder volume mesmo com dieta e exercícios.
Tratamento: é possível controlar o lipedema?
Embora não exista cura definitiva, o acompanhamento adequado permite controlar a doença e manter qualidade de vida. As principais estratégias incluem:
Drenagem linfática e terapias específicas;
Meias de compressão;
Exercícios orientados;
Controle alimentar;
Lipoaspiração especializada para lipedema, indicada em casos selecionados.
“Cada paciente precisa de uma abordagem individualizada. O mais importante é não ignorar os sintomas e buscar avaliação de um médico vascular experiente na doença”, ressalta o Dr. Sterzza. Se você suspeita de lipedema ou já convive com o diagnóstico, saiba que existem opções eficazes de tratamento. No blog, é possível acessar mais conteúdos educativos sobre sintomas, estágios e manejo da doença.
Quando o cérebro entra em sobrecarga, ele desliga. Literalmente. Esse fenômeno — conhecido como shutdown — é cada vez mais relatado por pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas ainda pouco compreendido pela maioria da população.
Apesar de parecer invisível, seus efeitos são profundos: a pessoa trava, perde a capacidade momentânea de pensar com clareza, falar, agir ou lidar com qualquer estímulo externo.
Segundo a psicóloga Sandra Villela, especialista em neurodiversidade e saúde emocional, esse apagão não é frescura, preguiça ou fraqueza.
“O shutdown é um mecanismo de defesa. Quando o cérebro percebe que está recebendo mais estímulos do que consegue processar, ele entra em modo de proteção. A mente simplesmente desliga para evitar um colapso maior”, explica. Quando o cérebro trava: o que é o shutdown?
Diferente da desatenção clássica do TDAH, o shutdown representa um estado de paralisia mental e emocional. Esse travamento pode ser desencadeado por uma soma de fatores: sobrecarga sensorial, excesso de demandas, conflitos emocionais, barulhos, interrupções constantes ou ambientes extremamente estimulantes.
Para muitos, é como se uma “pane” tomasse conta do corpo.
Outros descrevem como um esvaziamento interno, uma incapacidade de reagir ou responder.
Os sintomas mais comuns
Durante o shutdown, o corpo e a mente entram num modo de funcionamento mínimo. Entre os sinais mais relatados, estão:
Vontade súbita de se isolar: qualquer interação social se torna cansativa.
Bloqueio mental: dificuldade em pensar, decidir, organizar ideias ou responder perguntas simples.
Dificuldade de falar: expressar o que está acontecendo parece impossível.
Emoções intensas: irritação, frustração ou choro fácil, sem motivo claro.
Cansaço extremo: sensação de exaustão mental e física.
Sensibilidade sensorial: barulhos, luzes e toques se tornam incômodos ou dolorosos.
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De acordo com Sandra Villela, esses sinais são muito mais comuns do que se imagina.
“É muito comum ouvir pacientes dizerem que ‘travaram’ no meio do dia, numa reunião ou até em casa. Muitos acham que é uma falha pessoal, mas é apenas o cérebro pedindo socorro.” Por que isso acontece?
Pessoas com TDAH já lidam diariamente com um volume maior de estímulos internos: pensamentos rápidos, impulsividade, emoções intensas e dificuldades de regulação.
Quando o ambiente adiciona ainda mais demandas, o cérebro chega ao limite.
“Imagine um computador com muitas abas abertas, vários programas rodando ao mesmo tempo e ainda recebendo novas tarefas. Chega um momento em que ele trava. O cérebro de uma pessoa com TDAH funciona da mesma forma”, compara a psicóloga.
Como lidar com o shutdown
Segundo Sandra Villela, não existe “força de vontade” que resolva o shutdown no momento em que ele acontece. O que funciona é:
Com o tempo, criar rotinas de regulação emocional e conhecer seus próprios limites ajuda a reduzir a frequência e a intensidade desses episódios.
A importância de falar sobre isso
Mesmo sendo comum, o shutdown ainda é pouco discutido. No ambiente de trabalho, é frequentemente interpretado como desinteresse; nas relações pessoais, como frieza; e no cotidiano, como preguiça.
Essa falta de compreensão só aumenta o sofrimento emocional e a sensação de inadequação.
“Quando as pessoas entendem que não é fraqueza, mas uma resposta neurológica, tudo muda: o paciente se culpa menos e quem convive passa a oferecer suporte e não julgamento”, reforça Sandra Villela. Para quem vive com TDAH — e para quem convive
A mensagem principal é simples: o shutdown é real, tem explicação científica e merece atenção. Quanto mais falarmos sobre isso, mais pessoas poderão reconhecer o que sentem e buscar ajuda especializada.