• Musicalmente, “Cirrose Hepática” chega com forte influência do post-grunge, guiada por um riff de guitarra marcante que conduz a intro e os versos, criando tensão e peso
• Mateus Cursino é um músico com trajetória marcada por passagens em palcos de relevância como o Sesc Belenzinho (SP) com a banda Pedro Bala e Os Holofotes, além de festivais como o Hacktown

Ouça o single

Nesta sexta-feira (12 de dezembro), o projeto Capim Cósmico, criado pelo músico e compositor Mateus Cursino, lança em todos os apps de música o single “Cirrose Hepática”, uma faixa que mergulha na vulnerabilidade humana e expõe, sem filtros, as contradições entre prazer, vício e autodestruição. Carregada de ironia, confissão e crítica, a canção aborda hábitos que romantizamos até que deixem de ser escolha e se tornem dependência. “‘Cirrose Hepática’ é uma faixa que mistura confissão, ironia e crítica. A música fala sobre autodestruição disfarçada de hábito, sobre vícios que a gente romantiza. Pensei em alguns amigos que realmente dependem do álcool praticamente todos os dias”, afirma Cursino.

O nome do projeto, Capim Cósmico, nasce justamente dessa visão existencial ampliada, um símbolo das travessias pessoais e do carma cotidiano. Mateus explica que o capim surge como uma metáfora daquilo que se “mastiga”, da simplicidade animal misturada a um tom lisérgico e transcendental. “Mesmo as lidas mais árduas do cotidiano têm sua conexão com algo maior, invisível e cósmico”, reflete.

Com passagens por palcos como o Sesc Belenzinho ao lado da banda Pedro Bala e Os Holofotes, e festivais como Hacktown, Mateus Cursino já vem construindo uma trajetória sólida. Ele também se destacou com a banda Velhos Aspargos, com quem emplacou a faixa autoral “Antes do Sol Expandir”.

Musicalmente, “Cirrose Hepática” chega com forte influência do post-grunge, guiada por um riff de guitarra marcante que conduz a intro e os versos, criando tensão e peso. No refrão, a atmosfera se expande com camadas psicodélicas que envolvem o vocal. “A sonoridade tem uma forte influência do post-grunge, com um riff de guitarra marcante na intro e durante os versos e um efeito psicodélico no refrão junto com o vocal”, detalha.

A composição nasceu de forma tão intuitiva quanto visceral. “A composição nasceu pelo refrão que tirei de uma bula de remédio e depois as palavras foram surgindo e fui intercalando com outras sensações”, conta Mateus. O resultado é um retrato sensorial de excessos, limites e ambiguidades, um desabafo que conversa com experiências reais de quem vive (ou viveu) nesse limiar.

Mais do que falar sobre álcool, a faixa provoca questionamentos mais amplos. “Quero provocar reflexão. Não é só sobre álcool ou doença: é sobre perceber os limites, sobre identificar o ponto onde algo deixa de ser prazer e vira punição”, resume o artista.

Com um tema forte e emocionalmente denso, Mateus acredita que o single deve tocar em um ponto sensível para muita gente. “A expectativa está enorme. Sinto que o single  vai conectar com muita gente que vive ou já viveu esse tipo de conflito. Conheço pessoas que já se identificaram”, afirma.

CONFIRA A LETRA DE “CIRROSE HEPÁTICA”:

Dispersivo, 

antiofídico,

 antiácido

Antialérgico, 

pútrido, 

fraco

Mal visto, 

mal vestido, 

lancinante 

Flores alucinógenas, 

embalado e embuçado

Ascite decorrente de cirrose hepática 

Ouça aqui. 

A voz mágica de Bebel Gilberto e sua mistura envolvente de música brasileira com elementos eletrônicos surpreenderam o mundo com o lançamento de Tanto Tempo, em 2000. Bebel nasceu em uma família de músicos ilustres — seu pai é ninguém menos que João Gilberto, co-criador da bossa nova; sua mãe é a cantora Miúcha; e seu tio é Chico Buarque — mas inicialmente ela não tinha intenção de seguir os passos dos pais.

Mudou-se para Nova York e começou a desenvolver seu próprio estilo, colaborando com artistas tão variados quanto David Byrne, Caetano Veloso, Towa Tei (Deee-Lite) e Thievery Corporation. Em 1999, quando estava pronta para gravar seu álbum de estreia, seu amigo Béco Dranoff a apresentou à Crammed Discs, e ela se juntou ao então nascente selo Ziriguiboom, que a Crammed havia começado a desenvolver com Béco.

Bebel se uniu a outro novo artista do Ziriguiboom, o músico/produtor sérvio radicado em São Paulo Suba, com quem gravou Tanto Tempo, que se tornaria um dos álbuns brasileiros de maior sucesso global na história (e o maior best-seller da Crammed até hoje).

Enquanto Bebel começava a excursionar pelo mundo, um álbum completo de remixes, Tanto Tempo Remixes, chegou em 2001, trazendo releituras assinadas por grandes nomes da cena eletrônica. Seu segundo álbum, Bebel Gilberto, foi gravado entre Rio, Nova York e Londres, com produção de Marius de Vries.

Lançado em 2004, consolidou ainda mais o status de Bebel, destacando seu estilo vocal suave e suas habilidades como compositora. O disco rendeu diversos prêmios e indicações. Em 2005, saiu Bebel Gilberto Remixed, uma versão mais eletrônica do álbum, criada por um elenco de remixers renomados.

Seu terceiro álbum, Momento (2007), soa como a mistura perfeita entre a simplicidade eletrônica cristalina de Tanto Tempo e a sofisticação acústica de Bebel Gilberto. Cada um dos três álbuns foi indicado ao Grammy. Suas músicas apareceram em filmes e séries de TV como Sex And The City, Six Feet Under, Nip/Tuck, 24, CSI Miami, entre muitas outras.

TANTO TEMPO

Com seu casamento inspirado entre bossa nova e eletrônica suave, o aclamado álbum de estreia de Bebel Gilberto capturou perfeitamente o clima de sua época. Lançado pela Crammed, via Ziriguiboom, em 2000, Tanto Tempo tornou-se um best-seller internacional, um dos álbuns brasileiros de maior sucesso global.

Produzido por Suba — o produtor sérvio radicado em São Paulo que faleceu tragicamente pouco antes do lançamento —, o álbum conta com colaborações de Amon Tobin, Mario Caldato, Chris Franck & Nina Miranda e Thievery Corporation.

Segundo o press release original: o álbum apresenta participações de músicos prestigiados como o pianista/arranjador João Donato, os violonistas Celso Fonseca e Luis do Monte, os percussionistas João Parahyba e Carlinhos Brown, o baterista Robertinho Silva e uma seção de metais que entrega um autêntico estilo samba-soul-funk dos anos 70.

O toque moderno do álbum vem dos arranjos característicos de Suba e das contribuições de jovens “eletro-brasilófilos”, como Smoke City, Thievery Corporation, o produtor dos Beastie Boys Mario Caldato Jr. e o artista da Ninja Tune Amon Tobin.

Das onze faixas, sete são composições originais (incluindo uma nova versão acústica de “Sem Contenção”, aclamada participação de Bebel na coletânea Brasil2mil), enquanto as outras quatro são releituras de clássicos de Chico Buarque, Marcos Valle, Vinicius de Moraes/Baden Powell e Gilberto Gil/João Donato (“Bananeira”, especialmente rearranjada para o projeto por Donato).

Entre no universo de Bebel Gilberto: raramente a bossa nova soou tão familiar e tão nova ao mesmo tempo, tão emocional e tão onírica… é difícil não cair sob o encanto irresistível de Bebel.

FAIXAS & CRÉDITOS

1. Samba Da Benção – 04:47
   Compositor: Baden Powell
   Letrista: Vinicius de Moraes
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor: Amon Tobin
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

2. August Day Song – 04:37
   Compositores/Letristas: Bebel Gilberto, Chris Franck & Nina Miranda
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtores: Bebel Gilberto, Chris Franck & Nina Miranda
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

3. Tanto Tempo – 03:01
   Compositores: Bebel Gilberto & Suba
   Letrista: Bebel Gilberto
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor: Suba
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

4. Sem Contenção – 03:11
   Compositores/Letristas: Bebel Gilberto, Gerry Arling & Richard Cameron
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor: Suba
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editoras: Les Editions de la Bascule / Universal Publishing
   Idioma: Português

5. Mais Feliz – 04:17
   Compositores: Bebel Gilberto & De
   Letrista: Cazuza
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor: Suba
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

6. Alguém – 04:05
   Compositores/Letristas: Bebel Gilberto & Suba / Bebel Gilberto & Béco Dranoff
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor: Suba
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

7. So Nice (Summer Samba) – 03:32
   Compositor: Marcos Valle
   Letristas: Paulo Sergio Valle & Norman Gimbel
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtor/Mixer: Mario Caldato Jr
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

8. Lonely – 02:25
   Compositores: Bebel Gilberto & Roberto Garza
   Letrista: Bebel Gilberto
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtores: Bebel Gilberto & Thievery Corporation
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Garza y Hilton Music
   Idioma: Português

9. Bananeira – 03:37
   Compositor: João Donato
   Letrista: Gilberto Gil
   Intérprete: Bebel Gilberto
   Produtores: João Donato & Suba
   Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
   Editora: Copyright Control
   Idioma: Português

10. Samba E Amor – 03:29
    Compositor/Letrista: Chico Buarque de Hollanda
    Intérprete: Bebel Gilberto
    Produtor: Suba
    Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
    Editora: Cara Nova Editora Musical
    Idioma: Português

11. Close Your Eyes – 04:15
    Compositores: Suba & Patricia Ermel
    Letristas: Bebel Gilberto, Béco Dranoff & Dinho Ouro Preto
    Intérprete: Bebel Gilberto
    Produtor: Suba
    Mixagem: Antoine Midani, Suba & Vincent De Bast
    Editora: Copyright Control
    Idioma: Português

12. No Return – 04:40
    Compositor/Letrista: Ray Davies
    Intérprete: Bebel Gilberto
    Produtores: Bebel Gilberto, Mikey Benn & Chris “Pitta” Harrison
    Mixagem: Chris “Pitta” Harrison
    Editora: Davray Music Ltd
    Idioma: Português

Disco é o mais vulnerável da carreira, e reflete sobre o amor descartável no mundo moderno

Crédito: William Spooner

Ouça o disco aqui

Hoje, a cantora e compositora norueguesa Anna of the North lança seu tão aguardado novo álbum ‘Girl in a Bottle’, já disponível pelo selo Play It Again Sam. O álbum inclui os singles previamente divulgados ‘No One Knows You Better’, ‘Call Me’, ‘Waiting For Love’ e ‘Give Me Your Love Back’.

Profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, universal, ‘Girl in a Bottle’ é o trabalho mais vulnerável de Anna até agora. Nele, ela captura a descarga de dopamina de um novo romance, a fragilidade fugaz do amor moderno e a dor duradoura quando tudo desmorona. Com produção de Starsmith (JADE, Kylie Minogue, Ellie Goulding) e Sebastian Furrer (COBRAH, Avicii), o tom melancólico de Anna se destaca de forma transcendental ao longo das 8 faixas do álbum. E, embora a estética sonora inspirada nos anos 80 evoque esperança e nostalgia, existe uma tristeza característica no centro de tudo.

‘Girl in a Bottle’ é apresentado em duas partes – a segunda, Girl in a Bottle: Please Recycle, chega em 2026. O projeto reflete sobre a natureza “plástica” do mundo moderno – o caráter passageiro das relações, o constante ciclo de pessoas e experiências – e acompanha os padrões recicláveis da turbulenta vida amorosa de Anna, explorando o desejo por conexões mais profundas e duradouras em um mundo onde tudo parece facilmente substituível.

Ao longo dos anos, Anna of the North recebeu ampla aclamação da crítica por seus álbuns ‘Lovers’ (2017), ‘Dream Girl’ (2019) e ‘Crazy Life’ (2022), conquistando o apoio de veículos como Billboard, Vogue, London Standard, i-D, FADER, NME e muitos outros. Sua música alcançou o mundo inteiro, acumulando mais de 550 milhões de streams. Anna também recebeu um Grammy norueguês pelo single ‘Dream Girl’, além de colaborações e co-signs de artistas como Tyler, The Creator, Frank Ocean, Steve Lacy, Dua Lipa e G-Eazy.

Sua obra também tem sido amplamente utilizada no cinema e na TV ao longo dos anos — mais recentemente no filme norueguês “Dancing Queen in Hollywood”, sequência do premiado “Dancing Queen” (2023). Várias músicas de Anna of the North compõem a trilha sonora do filme, incluindo os singles ‘I Don’t Know What You See in Me’ e ‘Waiting For Love’.

Após encerrar uma série de shows pelos Estados Unidos, Anna inicia uma nova turnê pelo Reino Unido e Europa em janeiro de 2026. As datas estão abaixo.

Tracklist Girl in a Bottle

1. Since You 
2. i’m getting lonely at night
3. Call Me 
4. Waiting For Love 
5. No One Knows You Better 
6. friday and saturday i don’t hear a word
7. Sunday My Heart Hurts
8. Give Me Your Love Back

 Capa do álbum Girl in a Bottle

Crédito da foto: Ryan Razon