Mais de 47 mil pessoas estão na lista de espera de transplantes no Brasil. Desses, 43 mil aguardam por um transplante de rim. Os dados são do Ministério da Saúde e demonstram que esse é um problema de saúde pública a ser solucionado no país.
Pesquisador sobre o sistema de transplantes brasileiro e CEO da XenoBrasil, Tadeu Thomé explica que a escassez de órgão é o principal desafio que o país enfrenta em relação a esta temática. Para ele, é possível mudar esse cenário, no qual milhares de pacientes permanecem em lista de espera, e muitos não chegam a ser transplantados. E isso pode acontecer com o uso dos xenotransplantes, sendo uma alternativa para complementar a doação de órgãos.
“Oferecendo uma fonte praticamente ilimitada de órgãos, o xenotransplante surge como alternativa concreta para complementar a doação de órgãos entre humanos. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessa tecnologia mobiliza ciência de ponta — engenharia genética, imunologia, bioengenharia — e fortalece a capacidade científica nacional, com impacto que vai além dos transplantes, alcançando toda a biotecnologia em saúde”, explicou o pesquisador doutorando, enfermeiro Tadeu Thomé.
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Ainda segundo Tadeu Thomé, o xenotransplante consiste em uma alternativa viável por utilizar órgão, tecidos ou células de animais, geralmente suínos geneticamente modificados, para transplante em seres humanos.
“Essa área, que já avançou em experiências clínicas nos Estados Unidos, é vista como uma das grandes fronteiras da medicina. No Brasil, trabalhamos para estruturar uma plataforma nacional de pesquisa e produção de órgãos suínos geneticamente editados, com o apoio da Universidade de São Paulo (USP), instituições de fomento científico, indústria farmacêutica (EMS) e instituições como o Ministério da Saúde. Trata-se de um projeto pioneiro que pode colocar o país em posição estratégica nessa inovação”, revelou Tadeu Thomé, que também é CEO da XenoBrasil, empresa brasileira responsável pela sistematização desta modalidade de transplante no país.
Sistema brasileiro de transplantes
Tadeu Thomé comenta ainda que o sistema brasileiro de transplantes é um patrimônio do país, mas que enfrenta desafios importantes, a exemplo da baixa taxa de autorização familiar para doação e, em algumas regiões, há desigualdades na distribuição de equipes e centros transplantadores, dificultando a logística no transporte de órgãos.
“Temos um modelo único, público e universal, que oferece transplantes de alta complexidade integralmente financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que precisa ser constantemente atualizado com gestão eficiente, investimento em infraestrutura e incorporação de novas tecnologias”, comentou.
O especialista ressalta ainda a necessidade de investimento em campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a exemplo do que acontece neste mês de setembro. “O Setembro Verde é o mês oficial da doação de órgãos no Brasil — que mobilizam a sociedade para esse gesto de solidariedade que salva-vidas”, destacou.
Tadeu Thomé participará, na sexta-feira, 26/9, do Simpró – Simpósio Multidisciplinar, com o tema “Transplante de Órgãos”, promovido pela Fundação Pró-Rim em Joinville (SC).
“Iniciativas como o evento da Pró-Rim são fundamentais por promoverem debate, atualização científica e integração entre profissionais de saúde, pacientes e familiares, fortalecendo a cultura da doação”, ressaltou Tadeu Thomé.
O especialista Tadeu Thomé é enfermeiro e pesquisador, doutorando dedicado ao campo dos transplantes e à inovação em saúde. Atua há mais de 20 anos no desenvolvimento de estratégias que unem ciência, gestão e políticas públicas, sempre visando ampliar o acesso da população brasileira ao transplante de órgãos. Também faz parte da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e, além do trabalho acadêmico, lidera a XenoBrasil Desenvolvimento e Pesquisas sobre Xenotransplante, uma iniciativa voltada para trazer ao país tecnologias de ponta em transplantes, conectando universidades, hospitais, indústrias e organismos internacionais.
Longe dos padrões de transformações estéticas radicais, as novas tendências apontam para procedimentos mais simples e que pareçam naturais; o cirurgião plástico Hugo Santos aponta as principais mudanças na área de estética
Nos últimos anos, a naturalidade tem guiado as escolhas por cirurgias plásticas no Brasil e no mundo. De acordo com dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), em 2024, os procedimentos não invasivos ultrapassaram as cirurgias plásticas; foram mais de 20 milhões de intervenções e 17 milhões de cirurgias. O levantamento aponta para uma tendência que tem se firmado: conceito de que “menos é mais” passou a nortear o setor, com a valorização de técnicas minimamente invasivas que oferecem rejuvenescimento, melhora da pele e realce dos traços sem exageros.
De acordo com o médico cirurgião plástico Hugo Santos, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), essa mudança não é uma moda passageira, mas uma transformação no olhar sobre a beleza. “Hoje, as pessoas querem parecer descansadas, rejuvenescidas, mas sem perder suas características. O paciente não busca se transformar em outra pessoa, e sim em uma versão mais saudável e harmônica de si mesmo. Isso tem sido alcançado com os chamados procedimentos minimamente invasivos”, afirma.
O que são procedimentos minimamente invasivos?
Diferentemente das cirurgias plásticas tradicionais, os procedimentos minimamente invasivos não exigem cortes, anestesia geral ou longos períodos de recuperação. São realizados em consultório, geralmente com anestesia local ou tópica, e utilizam tecnologias modernas para estimular colágeno, suavizar marcas de expressão e melhorar a textura da pele, por exemplo. “São procedimentos que respeitam a rotina do paciente e devolvem vitalidade à pele de maneira progressiva e natural”, explica Hugo Santos.
Principais tendências de 2025
Entre os mais buscados em 2025 está o microagulhamento de última geração, agora associado à radiofrequência e lasers fracionados, indicado para melhorar manchas, cicatrizes e poros dilatados. De acordo com o especialista, essa associação potencializa os resultados e reduz o tempo de recuperação, o que tem atraído pacientes com rotinas intensas. Outro destaque é a combinação de preenchedores à base de ácido hialurônico com bioestimuladores, que repõem volume perdido ao longo dos anos e previnem a flacidez, mantendo a naturalidade da expressão.
Já a toxina botulínica, o clássico botox, ganhou novas técnicas de aplicação que suavizam rugas preservando a mobilidade facial. “O objetivo não é congelar o rosto, e sim manter a expressão leve, sem marcas de cansaço ou tensão”, explica Hugo Santos. Já os lasers de última geração, como os de picossegundos, têm sido os preferidos para tratar manchas e sinais de envelhecimento com segurança e tempo de recuperação cada vez menor.
Com a expansão dessas possibilidades, cresce também a necessidade de orientação médica adequada. Hugo Santos alerta que toda intervenção deve ser feita com responsabilidade, e é de fundamental importância procurar um especialista membro da SBCP. “Mesmo os procedimentos minimamente invasivos envolvem técnica e conhecimento. É fundamental procurar profissionais qualificados e clínicas que sigam rigorosamente as normas de segurança, além de seguir as orientações profissionais sobre repouso, alimentação adequada e todo o processo de recuperação”, conclui.
A obesidade é hoje uma das maiores preocupações de saúde pública no mundo. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia, a doença já afeta milhões de brasileiros e exige uma abordagem médica que vai além da estética. Entre os profissionais que têm se destacado nesse cenário está a médica Dra. Alana Duso, médica com foco em terapias avançadas de emagrecimento e qualidade de vida.
Com formação sólida, residência em cirurgia geral e especializações em emagrecimento, Dra. Alana construiu uma carreira pautada na atualização científica constante, acompanhando pesquisas internacionais da FDA, ADA e OMS. Sua missão é clara: oferecer protocolos modernos, seguros e eficazes que unam ciência de ponta, tecnologia e cuidado humano.
A médica também traz no currículo uma experiência internacional marcante: durante cinco anos atuou em Angola, onde levou a medicina preventiva e o conceito de qualidade de vida a pacientes de diferentes realidades. “Foi um período transformador. Aprendi que cada paciente precisa de acolhimento e de uma estratégia personalizada. A medicina não pode ser genérica, precisa considerar corpo, mente e rotina”, afirma.
De volta ao Brasil, Dra. Alana se tornou referência ao defender que emagrecimento saudável é uma questão de saúde, e não de vaidade. Para ela, cada plano de tratamento precisa ser individualizado, com foco em resultados sustentáveis e na prevenção de doenças metabólicas.
Além do atendimento clínico, a médica tem investido fortemente em projetos de educação em saúde. Ela cria conteúdos educativos em diferentes plataformas digitais, mantém comunidades no WhatsApp e no Instagram e já impactou milhares de pessoas com informações confiáveis sobre obesidade, metabolismo e qualidade de vida. Em parceria com marcas como a Catarina Farma, também indica suplementos de alta qualidade para seus pacientes.
Para Dra. Alana, seu propósito vai além de transformar corpos: é transformar vidas. “Emagrecimento não é estética, é saúde. A obesidade é uma doença crônica que precisa ser tratada com ciência, estratégia e acompanhamento médico. Meu compromisso é mostrar que é possível conquistar resultados duradouros com segurança, sem promessas milagrosas”, explica.
Atualmente, ela trabalha na construção de uma rede de educação em saúde digital, com o objetivo de ampliar o alcance de informações qualificadas e combater a desinformação que circula nas redes. Sua meta é clara: continuar sendo uma referência em medicina, com foco em emagrecimento saudável e qualidade de vida, impactando pacientes no Brasil, em Angola e em outros países.
Com uma carreira marcada pela inovação, pela empatia e pela busca por resultados reais, a Dra. Alana Duso representa uma nova era na medicina preventiva — uma era em que ciência e cuidado caminham lado a lado para transformar a saúde e a vida das pessoas.
Em meio ao crescimento acelerado do mercado de estética no Brasil, especialista alerta que a falta de avaliação clínica e preparo da pele faz com que toxina e preenchedores, em vez de rejuvenescer, acentuem rugas e falhas
Em um país que realiza mais de 3 milhões de procedimentos estéticos por ano, muitas vezes o fracasso não está no método, mas na indicação equivocada. Segundo a fisioterapeuta dermatofuncional Fabi Pinelli, os casos de pele fragilizada ou com cicatrizes evidenciam mais as falhas técnicas, e não os resultados esperados.
“O problema não é a toxina nem o preenchedor: é o uso antes da pele estar preparada. E, quando isso acontece, o que era para suavizar linhas acaba destacando falhas — a pele seca, flácida ou sensibilizada parece ainda pior”, explica Fabi Pinelli, fisioterapeuta dermatofuncional, proprietária do Spazio Pinelli em São Paulo.
O mercado brasileiro de estética movimentou cerca de R$ 48 bilhões em 2025, segundo dados da ABIHPEC — colocando o país entre os maiores consumidores do mundo. Somado a isso, projeta-se crescimento de US$ 41,6 bilhões até 2028 na área, de acordo com a Mordor Intelligence
No entanto, essa alta exponencial tem um lado preocupante: 61,3% das queixas recebidas pela Anvisa têm relação com procedimentos estéticos mal-sucedidos. Muitas vezes, isso acontece por falta de critérios técnicos e protocolos prévios de avaliação.
Fabi Pinelli destaca que a pressa por resultados estéticos — muitas vezes impulsionada por modismos nas redes sociais — pode comprometer a pele:
“Tratamentos como preenchedores e toxina botulínica ajudam muito, mas têm efeitos dependentes do estado da pele. Se ela está desidratada, com flacidez ou sem viço, o procedimento só vai contrastar ainda mais as cicatrizes ou irregularidades.”
Ela recomenda seguir um plano com etapas claras:
Avaliação clínica: histórico médico, uso de medicamentos, hábitos de sono e hidratação.
Reavaliação: só aí indicar refinamentos estéticos.
“Na fisioterapia dermatofuncional, tratamos a pele como órgão — ela responde como um organismo, não como um vaso. Um procedimento só deve acontecer quando há tecido saudável para receber”, reforça Fabi.
Num cenário onde a estética se tornou também parte da cultura do autocuidado, a especialista alerta:
“Pacientes querem transformação imediata, mas esquecem que a pele fala — ela traz sinais do sono, estresse, alimentação. Ignorar isso é receita para frustração.”