Crédito: Shervin Lainez

• PREVISTO PARA 5 DE SETEMBRO PELA MATADOR RECORDS
• UMA COLABORAÇÃO COM O PRODUTOR KID HARPOON E A GHOST TRAIN ORCHESTRA, TAMBÉM COM A PARTICIPAÇÃO DE HAYLEY WILLIAMS, ST. VINCENT E TOM SKINNER

OUÇA  AGORA O PRIMEIRO SINGLE “EVERYBODY LAUGHS”

David Byrne tem o orgulho de anunciar Who Is the Sky?, seu primeiro novo álbum desde o aclamado e premiado American Utopia, de 2018, que será lançado em 5 de setembro pela Matador Records. O álbum foi produzido por Kid Harpoon, vencedor do Grammy (Harry Styles, Miley Cyrus), e suas 12 músicas foram arranjadas pelos membros do conjunto de câmara Ghost Train Orchestra, com sede em Nova York. Clique aqui para encomendar o álbum.

Amigos da música, antigos e novos, incluindo St. Vincent, Hayley Williams do Paramore, o baterista do The Smile, Tom Skinner, e o percussionista do American Utopia, Mauro Refosco, também fazem aparições em Who Is the Sky?, que é liderado pelo single contagiante “Everybody Laughs“. Junto com a música, Byrne lançou seu vídeo oficial, dirigido pelo artista multimídia Gabriel Barcia-Colombo.

“Alguém que conheço disse: ‘David, você usa muito a palavra ‘todo mundo’. Acho que faço isso para dar uma visão antropológica da vida em Nova York como a conhecemos”, diz Byrne. “Todos vivem, morrem, riem, choram, dormem e olham para o teto. Todo mundo está usando os sapatos dos outros, o que nem todo mundo faz, mas eu fiz. Tentei cantar sobre essas coisas que poderiam ser vistas como negativas de uma forma equilibrada com um sentimento positivo do ritmo e da melodia, especialmente no final, quando St. Vincent e eu estamos gritando e cantando juntos. A música pode fazer isso: manter os opostos simultaneamente. Percebi isso quando cantei com Robyn no início deste ano. Suas canções costumam ser tristes, mas a música é alegre.”

“Levei um segundo para perceber que, sim, essas músicas são pessoais, mas com a perspectiva única de David sobre a vida em geral”, acrescenta Kid Harpoon (também conhecido como Tom Hull). “Andar por Nova York ouvindo a demo de ‘Everybody Laughs’ foi muito alegre, porque me fez sentir que somos todos iguais – todos rimos, choramos e cantamos. O que David tem de especial e que repercute em muitas pessoas é o fato de ele participar da piada. Ele entende o absurdo de tudo isso, e todas essas observações pessoais são sua perspectiva sobre o assunto.”

Byrne também voltará à estrada com um novo show ao vivo do Who Is the Sky?. A banda da turnê será composta por 13 músicos, cantores e dançarinos, incluindo membros da banda American Utopia, e todos eles estarão em constante movimento durante o show. A turnê norte-americana começa em 14 de setembro em Providence, Rhode Island, e as datas na Europa começam em março de 2026. 

Em 2023, quando sua triunfante fase American Utopia chegava ao fim — depois de se transformar de um álbum e turnê em um aclamado show da Broadway e, em seguida, em um filme da HBO dirigido por Spike Lee — Byrne começou a anotar, de vez em quando, um ritmo, acorde ou melodia. Já fazia um tempo.

Durante os tumultuados três anos anteriores, “cozinhei MUITO (principalmente comida mexicana e indiana) e desenhei MUITO”, diz Byrne, que também começou a compilar ideias de letras e frases para possíveis músicas. “Descobri que, quando chega a hora, é mais fácil começar se houver um pequeno estoque – e em pouco tempo havia. Começaram a surgir músicas muito rudimentares, com apenas eu no violão cantando sobre um loop ou uma batida.”

Com o mundo em pausa — assim como a temporada ainda em andamento de American Utopia na Broadway — ele, como grande parte da humanidade, aproveitou a oportunidade para se perguntar: “Eu gosto do que estou fazendo? Por que estou escrevendo músicas, ou trabalhando nesse emprego, ou seja lá o que for? Isso tudo importa?”

As tentativas de Byrne de responder a essas questões profundas estão presentes em Who Is The Sky?, álbum que dá continuidade aos temas otimistas explorados em American Utopia e em sua turnê, desenvolvidos de forma ainda mais clara no espetáculo vencedor do Grammy e no filme subsequente. Nesta nova obra, Byrne aprofunda sua busca de uma vida inteira: a conexão humana e o potencial de união social em meio ao caos do mundo.

Who Is The Sky? é particularmente cinematográfico, bem-humorado e alegre — mas sempre com uma lição embutida: que o amor é inexplicável, que a iluminação tem significados muito distintos para cada pessoa e que sempre vale a pena hidratar a pele, mesmo que você não acorde no dia seguinte com um rosto de bebê. Acima de tudo, as canções revelam o dom de Byrne em caminhar na tênue linha entre o vanguardismo e o pop acessível.

Byrne se inspirou a convidar a Ghost Train Orchestra para colaborar no álbum após ouvir o tributo que o grupo lançou em 2023 ao compositor cego e poeta de rua nova-iorquino Moondog. Mais tarde naquele mesmo ano, ele subiu ao palco com a banda durante uma apresentação no Brooklyn. Fascinado pela formação instrumental diversa do grupo de 15 integrantes — que reúne bateria, percussão, guitarra e baixo, além de cordas, sopros e metais — Byrne se perguntou: “e se minhas novas músicas soassem assim?”. Ele então perguntou se o Ghost Train gostaria de ser sua banda nas sessões de Who Is The Sky?, e o grupo rapidamente aceitou.

“David nos enviou algumas demos e pediu que criássemos algumas ideias orquestrais,” conta Brian Carpenter, líder da Ghost Train Orchestra. “Curtis Hasselbring e eu rapidamente escrevemos alguns arranjos preliminares para as músicas dele, incluindo ‘My Apartment Is My Friend’, que foi a primeira canção que ensaiamos no nosso pequeno estúdio em Chinatown. Ouvir ele cantando com a gente pela primeira vez nessa música foi simplesmente incrível.”

Por meio de uma apresentação feita por um amigo em uma festa, Kid Harpoon entrou na história. “Às vezes as coisas realmente acontecem em festas,” observa Byrne. “Eu sabia que tudo isso poderia ficar complicado e também queria garantir que as gravações soassem da melhor forma possível. Ter um olhar externo pode ser muito útil. Alguns artistas que eu conhecia já haviam trabalhado com o Kid Harpoon, e achei que esses discos soavam muito bem.” Byrne enviou algumas demos para Harpoon e, após uma conversa no hotel de Byrne em Santa Monica, ele também entrou para o projeto.

Segundo Byrne, Who Is The Sky? traz “mais canções com histórias do que o habitual”. Essas “mini-narrativas baseadas em experiências pessoais” incluem “She Explains Things to Me” (trecho da letra: “como é que tudo é tão óbvio para ela?”), “A Door Called No” (que magicamente se abre depois que Byrne recebe um beijo), “My Apartment Is My Friend” (“você já me viu no meu pior / mas a gente sempre se dá bem,” ele canta) e “I Met the Buddha at a Downtown Party” (onde o antigo guru espiritual está mais interessado nas sobremesas nada saudáveis do que na própria deificação).

Marcada pela interação vocal cativante entre Byrne e Williams, do Paramore, a animada “What Is the Reason for It?” busca definir o amor de uma forma que a lógica raramente consegue (“faz algo útil? / ninguém entende”), enquanto “The Avant Garde” debate os méritos da arte pela arte (“está à frente do seu tempo / é enganadoramente pesada, profunda, absurda / é o que quer que seja” — uma meta observação, se é que já houve uma, vinda de um dos artistas mais iconoclastas a surgir do underground do rock nova-iorquino).

“Eu suspeitava que arranjos orquestrais intimistas trariam à tona a emoção que sinto presente nessas músicas,” diz Byrne, que planeja fazer uma turnê de Who Is The Sky? ainda este ano. “É algo que as pessoas nem sempre percebem no meu trabalho, mas desta vez eu realmente achei que estava lá. Ao mesmo tempo, me vejo como alguém que busca ser acessível. Imaginei que Kid Harpoon ajudaria nesse aspecto, além de ser um par de ouvidos confiáveis, já que havia muita coisa acontecendo. As pessoas costumam pensar nos produtores apenas como responsáveis por fazer um disco soar bem, e Kid Harpoon fez isso, mas ele também estava atento à importância da narrativa.”

Autodeclarado “exigente quando se trata de grooves”, Byrne recebeu com entusiasmo as contribuições de última hora de Skinner e Refosco, com quem grava e faz turnês há mais de 30 anos. Mixado por Mark “Spike” Stent e masterizado por Emily Lazar, o produto final trata tanto de esconder quanto de revelar, ou, nas palavras de Byrne, “uma chance de ser a criatura mítica que todos carregamos dentro de nós. Uma chance de entrar em outra realidade. Uma chance de transcender e escapar da prisão do nosso ‘eu’.”

Esses conceitos estão fortemente presentes na arte do álbum, criado por Shira Inbar, que mostra Byrne quase oculto por padrões coloridos e radiantes, além de roupas psicodélicas e pontiagudas desenhadas pelo artista belga Tom Van Der Borght.

“Na minha idade, pelo menos para mim, surge aquela atitude de ‘não ligar para o que as pessoas pensam’,” diz Byrne. “Posso sair da minha zona de conforto com a certeza de que, de certa forma, já sei quem sou e meio que sei o que estou fazendo. Dito isso, todo novo conjunto de músicas, cada música, é uma nova aventura. Sempre existe aquela dúvida de ‘como vou trabalhar isso?’ Descobri que nem toda colaboração funciona, mas muitas vezes, quando dá certo, é porque consigo comunicar claramente o que estou tentando fazer. Espero que eles entendam isso e, como resultado, agora estamos juntos, rumo a um mesmo lugar desconhecido.”

Who Is the Sky? track list:

1. Everybody Laughs
2. When We Are Singing
3. My Apartment Is My Friend
4. A Door Called No
5. What Is the Reason for It?
6. I Met the Buddha at a Downtown Party
7. Don’t Be Like That
8. The Avant Garde
9. Moisturizing Thing
10. I’m an Outsider
11. She Explains Things to Me
12. The Truth

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