O Brasil tem visto uma grande onda de profissionais que ofertam mentorias, mas será que todos eles estão preparados para de fato mentorar? Mércia Araújo iniciou sua carreira no digital em 2017, logo após se formar em jornalismo. Sua jornada começou como social media, gerenciando redes sociais de empreendedores que possuíam lojas físicas e e-commerces. No entanto, foi em 2021 que sua atuação tomou uma nova dimensão: durante a pandemia, ela migrou para a mentorias e palestras, expandindo sua influência para todo o Brasil e, posteriormente, para o cenário internacional.
Tornando-se embaixadora do Clube Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa, que é um clube internacional de networking que tem sua sede em Portugal, sua marca atravessou fronteiras mesmo sem ela ter saído do Brasil. Como mentora e palestrante, Mércia passou a atender clientes em diversas cidades brasileiras, incluindo Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Campo Grande. A versatilidade de sua atuação permitiu que ela se tornasse nômade digital, morando em diferentes cidades ao longo dos anos e fortalecendo ainda mais sua presença no mercado.
Atualmente, Mércia Araújo possui clientes em seis países: Brasil, Portugal, Reino Unido, França, Angola e México. Sua abordagem como mentora se destaca por ser personalizada e focada nas necessidades individuais de cada cliente. Segundo ela, “o mentor acompanha de perto, tem um olhar individual e entende que cada cliente é único”.
Atuar internacionalmente trouxe desafios culturais, especialmente no que diz respeito às diferenças na dinâmica de trabalho. “Tenho observado que meu público europeu tende a ser mais objetivo e direto, enquanto no Brasil as abordagens podem ser mais flexíveis. Essa diversidade de experiências me permitiu desenvolver uma nova dinâmica que aprimorou a eficiência na entrega dos meus serviços”, conta.
Palestras e treinamentos
Com uma trajetória consolidada, Mércia Araújo também se destaca como palestrante. Em junho de 2024, ela ministrou a palestra “Crie Raízes: Os Princípios do Networking Lucrativo”. Outro evento importante do mesmo ano foi o treinamento “O Mapa do Instagram Profissional” realizado para a equipe de vendas do Magazine Luiza, em Minas Gerais. Além disso, já palestrou online para eventos de grande porte, como o “World Women Summit”, em São Paulo, e o “Dê Essência a sua Marca no Digital”, em Brasília, alcançando um público diverso e engajado.
A formação em jornalismo proporciona a Mércia Araújo uma visão diferenciada em sua atuação como mentora e palestrante. “Ter essa base me permite uma comunicação mais assertiva, tanto na escrita quanto na oratória. Isso faz toda a diferença na forma como transmito conhecimento e impacto meus mentorados”, explica.
Ela acredita que o mercado de infoprodutos e marketing digital no Brasil tem um enorme potencial de crescimento. “O mercado se molda com as novas tecnologias. Se o infoproduto ou serviço resolve um problema real do público-alvo e possui uma entrega de qualidade, sempre haverá espaço para ele”, ressalta. Vale ressaltar que Mércia Araújo inicia neste semestre seu primeiro podcast, o “Além da Marca”, que muito em breve terá seus primeiros episódios no YouTube.
A fé como pilar de sua carreira
Mércia Araújo é cristã e faz questão de alinhar sua fé com sua atuação profissional. “Jesus é meu mentor e sócio. Sempre que quero abrir um novo serviço ou fazer uma parceria, busco uma direção divina. Se algo não é para mim, Jesus me responde”, compartilha. Para ela, a transparência sobre seus valores é essencial, garantindo que seus clientes e parceiros estejam alinhados com sua visão de trabalho.
Uma bandeira que Mércia deixa claro nas suas redes sociais é o “Movimento das Libertas”, que tem o objetivo de orientar empreendedores a alcançar liberdade geográfica, financeira e emocional por meio do marketing digital e networking. “Esse movimento nasceu com revelação de Deus ao meu coração e visa mostrar que é possível conquistar o mundo com as ferramentas certas e ser livre para fazer suas próprias escolhas”, explica.
Com um trabalho reconhecido e impactante, Mércia Araújo se tornou referência no apoio a empreendedores que desejam transformar o seu talento em uma mentoria personalizada ou criar o seu próprio produto digital. “Faturar com o seu conhecimento significa criar o seu próprio método e ter a liberdade de trabalhar de onde quiser de forma online”, enfatiza.
Para aqueles que desejam se destacar no digital e construir autoridade, ela deixa um conselho: “Seja você mesmo. As pessoas se conectam com o que é autêntico. Ninguém pode ser melhor naquilo que você é único”. Com uma carreira consolidada, impacto internacional e uma metodologia própria, Mércia Araújo segue transformando a vida de empreendedores e ampliando suas fronteiras no universo digital.
O lipedema é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas, quadris e braços. Embora seja frequentemente confundido com obesidade ou retenção de líquidos, trata-se de um distúrbio vascular que afeta majoritariamente mulheres e que, se não tratado, pode comprometer a mobilidade, causar dor intensa e impactar significativamente a saúde física e emocional.
De acordo com o médico vascular Dr. Douglas Sterzza, referência no diagnóstico e tratamento do lipedema, muitas pacientes convivem por anos com a doença sem saber.
“O desconhecimento ainda é um dos maiores desafios. Muitas mulheres passam boa parte da vida acreditando que o problema é estético, quando na verdade se trata de uma doença que avança e gera complicações importantes se não for tratada adequadamente”, explica o especialista.
O que acontece quando o lipedema não recebe tratamento?
Quando não há acompanhamento médico, o lipedema tende a evoluir de maneira contínua, passando por estágios cada vez mais complexos. Segundo o Dr. Sterzza, a evolução pode acarretar:
Aumento progressivo do volume das pernas
O acúmulo de gordura tende a intensificar-se ao longo dos anos. O aumento de volume compromete o uso de roupas, gera sensação de peso e dificulta a mobilidade.
Dor crônica e sensibilidade exacerbada
A dor ao toque é um dos sintomas marcantes. Sem tratamento, ela se torna constante e passa a limitar atividades simples, como caminhar e subir escadas.
Formação de nódulos e endurecimento do tecido
Com o avanço da doença, ocorre a formação de nódulos, fibrose e endurecimento da gordura — estágio que exige abordagens terapêuticas mais complexas, muitas vezes cirúrgicas.
Sobrecarga do sistema linfático
O lipedema pode evoluir para lipo-linfedema, quando há prejuízo do sistema linfático. Isso provoca inchaço intenso, sensação de pernas “cheias” e maior dificuldade de locomoção.
Problemas vasculares associados
O excesso de peso nos membros inferiores favorece o surgimento de varizes e pode agravar quadros de insuficiência venosa.
“A associação entre lipedema e varizes é comum. Por isso, a avaliação vascular completa é fundamental”, reforça o Dr. Sterzza.
Impacto psicológico significativo
A evolução da doença também afeta o emocional. Baixa autoestima, ansiedade e até quadros depressivos são frequentes, agravados pelo julgamento social e pela demora no diagnóstico.
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A importância do diagnóstico precoce
O Dr. Douglas Sterzza destaca que identificar o lipedema ainda nos estágios iniciais possibilita controlar a progressão, reduzir sintomas e evitar tratamentos mais invasivos no futuro. Entre os principais sinais de alerta estão:
Acúmulo de gordura desproporcional nas pernas;
Dor e sensibilidade ao toque;
Inchaço persistente;
Histórico familiar;
Dificuldade de perder volume mesmo com dieta e exercícios.
Tratamento: é possível controlar o lipedema?
Embora não exista cura definitiva, o acompanhamento adequado permite controlar a doença e manter qualidade de vida. As principais estratégias incluem:
Drenagem linfática e terapias específicas;
Meias de compressão;
Exercícios orientados;
Controle alimentar;
Lipoaspiração especializada para lipedema, indicada em casos selecionados.
“Cada paciente precisa de uma abordagem individualizada. O mais importante é não ignorar os sintomas e buscar avaliação de um médico vascular experiente na doença”, ressalta o Dr. Sterzza. Se você suspeita de lipedema ou já convive com o diagnóstico, saiba que existem opções eficazes de tratamento. No blog, é possível acessar mais conteúdos educativos sobre sintomas, estágios e manejo da doença.
Quando o cérebro entra em sobrecarga, ele desliga. Literalmente. Esse fenômeno — conhecido como shutdown — é cada vez mais relatado por pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas ainda pouco compreendido pela maioria da população.
Apesar de parecer invisível, seus efeitos são profundos: a pessoa trava, perde a capacidade momentânea de pensar com clareza, falar, agir ou lidar com qualquer estímulo externo.
Segundo a psicóloga Sandra Villela, especialista em neurodiversidade e saúde emocional, esse apagão não é frescura, preguiça ou fraqueza.
“O shutdown é um mecanismo de defesa. Quando o cérebro percebe que está recebendo mais estímulos do que consegue processar, ele entra em modo de proteção. A mente simplesmente desliga para evitar um colapso maior”, explica. Quando o cérebro trava: o que é o shutdown?
Diferente da desatenção clássica do TDAH, o shutdown representa um estado de paralisia mental e emocional. Esse travamento pode ser desencadeado por uma soma de fatores: sobrecarga sensorial, excesso de demandas, conflitos emocionais, barulhos, interrupções constantes ou ambientes extremamente estimulantes.
Para muitos, é como se uma “pane” tomasse conta do corpo.
Outros descrevem como um esvaziamento interno, uma incapacidade de reagir ou responder.
Os sintomas mais comuns
Durante o shutdown, o corpo e a mente entram num modo de funcionamento mínimo. Entre os sinais mais relatados, estão:
Vontade súbita de se isolar: qualquer interação social se torna cansativa.
Bloqueio mental: dificuldade em pensar, decidir, organizar ideias ou responder perguntas simples.
Dificuldade de falar: expressar o que está acontecendo parece impossível.
Emoções intensas: irritação, frustração ou choro fácil, sem motivo claro.
Cansaço extremo: sensação de exaustão mental e física.
Sensibilidade sensorial: barulhos, luzes e toques se tornam incômodos ou dolorosos.
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De acordo com Sandra Villela, esses sinais são muito mais comuns do que se imagina.
“É muito comum ouvir pacientes dizerem que ‘travaram’ no meio do dia, numa reunião ou até em casa. Muitos acham que é uma falha pessoal, mas é apenas o cérebro pedindo socorro.” Por que isso acontece?
Pessoas com TDAH já lidam diariamente com um volume maior de estímulos internos: pensamentos rápidos, impulsividade, emoções intensas e dificuldades de regulação.
Quando o ambiente adiciona ainda mais demandas, o cérebro chega ao limite.
“Imagine um computador com muitas abas abertas, vários programas rodando ao mesmo tempo e ainda recebendo novas tarefas. Chega um momento em que ele trava. O cérebro de uma pessoa com TDAH funciona da mesma forma”, compara a psicóloga.
Como lidar com o shutdown
Segundo Sandra Villela, não existe “força de vontade” que resolva o shutdown no momento em que ele acontece. O que funciona é:
Com o tempo, criar rotinas de regulação emocional e conhecer seus próprios limites ajuda a reduzir a frequência e a intensidade desses episódios.
A importância de falar sobre isso
Mesmo sendo comum, o shutdown ainda é pouco discutido. No ambiente de trabalho, é frequentemente interpretado como desinteresse; nas relações pessoais, como frieza; e no cotidiano, como preguiça.
Essa falta de compreensão só aumenta o sofrimento emocional e a sensação de inadequação.
“Quando as pessoas entendem que não é fraqueza, mas uma resposta neurológica, tudo muda: o paciente se culpa menos e quem convive passa a oferecer suporte e não julgamento”, reforça Sandra Villela. Para quem vive com TDAH — e para quem convive
A mensagem principal é simples: o shutdown é real, tem explicação científica e merece atenção. Quanto mais falarmos sobre isso, mais pessoas poderão reconhecer o que sentem e buscar ajuda especializada.
Estudos apontam que a falta de limites está ligada ao aumento da ansiedade, da baixa autoestima e até do burnout feminino
Um dos maiores desafios emocionais das mulheres modernas não é apenas a sobrecarga de papéis, mas a incapacidade de estabelecer limites. Conhecida popularmente como “síndrome da boazinha”, essa dificuldade em dizer “não” leva muitas mulheres a aceitarem mais responsabilidades do que conseguem suportar, com impactos diretos em sua saúde mental e emocional.
Um estudo da Psychology Today revela que pessoas com dificuldade de negar pedidos apresentam níveis mais elevados de estresse e propensão a quadros depressivos. No Brasil, pesquisa do Ibope (2023) mostrou que 64% das mulheres afirmam já ter adoecido por tentar agradar a todos, mesmo contra sua vontade.
Para a psicóloga e terapeuta integrativa Laura Zambotto, essa realidade é recorrente no consultório. “Muitas mulheres sentem culpa só de imaginar dizer não. Elas acreditam que precisam ser sempre agradáveis e disponíveis. O resultado é um acúmulo de demandas que as afasta de si mesmas e gera esgotamento emocional”, afirma.
Especialistas em comportamento humano explicam que essa dificuldade está ligada a fatores culturais e sociais. “A mulher foi educada, por séculos, a ocupar o lugar de cuidadora e servidora. Essa expectativa permanece, mesmo quando ela ocupa papéis de liderança ou busca autonomia na vida pessoal”, acrescenta Laura.
O preço da boazinha, porém, é alto: ansiedade, baixa autoestima, depressão, esgotamento, dificuldade em relacionamentos e sintomas físicos como insônia, enxaquecas e dores musculares. Estudos recentes da USP também apontam que a falta de assertividade está relacionada ao aumento de casos de burnout entre mulheres, especialmente as que acumulam jornada dupla.
Para romper esse ciclo, especialistas defendem a importância de práticas de autoconhecimento e do fortalecimento da autoestima. “Aprender a dizer não é um ato de amor próprio e coragem. Quando a mulher se coloca em primeiro lugar, ela conquista relações mais equilibradas e preserva sua saúde emocional. A mulher pode continuar sendo uma pessoa boa, com princípios e valores, sem precisar agradar a todos ao seu redor”, conclui Laura.