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Música

“Coisa Nossa”, um encontro de rios

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(Coisa Nossa | Foto por Elisa Maciel (@elisabdm)

Dupla formada por João Mantuano e RAYA estreia em álbum que celebra, em canções que vão do folk à marchinha carnavalesca, a abertura para o encontro e o enraizamento no solo brasileiro.

Ouça em todas as plataformas digitais.

Texto por Leonardo Lichote.

Coisa Nossa é o nome da dupla formada por João Mantuano e RAYA — e também de seu álbum de estreia, que eles lançam pelo selo Toca Discos no dia 6 de dezembro. A expressão carrega pelo menos dois sentidos, que refletem movimentos diversos: para dentro e para fora. Porque Coisa Nossa é intimidade fechada, o ambiente de troca entre dois artistas que permitiu o nascimento dessa safra de canções — no sofá de casa, violões em punho. Mas Coisa Nossa também se amplia na direção das fronteiras do Brasil e de sua imensidão, território pelo qual a dupla trafega ao longo das 11 faixas dos disco. Não só por apontarem para referências como Novos Baianos, Elomar e Caetano Veloso, mas pela forma brasileira como estabelecem diálogos com sonoridades de artistas como Simon & Garfunkel. O “nossa” é um só — mas nós somos dois, nós somos muitos.

A afinidade entre João e RAYA — nome artístico da compositora e cantora Paula Raia — se manifestou já no primeiro encontro, na casa dela. Eles já vinham conversando há um tempo virtualmente, numa aproximação estimulada por Felipe Rodarte — que viria a se tornar produtor do álbum ao lado de Constança Scofield e Álvaro Alencar — para que eles compusessem algo juntos para ser lançado como single. Quando enfim se sentaram cara a cara, saiu a primeira composição: “Diferentes semelhanças”, faixa 2 do álbum.

É simbólico que a primeira canção que escreveram juntos carregue no nome a contradição harmoniosa entre diferenças e similitudes. Afinal, é disso que em última instância se trata o encontro, e mais especificamente o encontro entre João e Raya . “Se você vir/ Tu vem devagarinho/ Que os nossos pés/ Vão se encontrar/ No meio do caminho” — eles cantam em “Cidade alta”, outra das canções do álbum.

João vinha de uma parceria com Chico Chico, com quem lançou um disco em 2021. Elogiado pela crítica, o álbum chegou a ter uma de suas canções indicada ao Grammy Latino. RAYA vinha compondo trilhas originais para espetáculos de dança — num deles, suas músicas ganharam a voz de Ney Matogrosso, que as lançará em breve pela Som Livre. Além disso, seu primeiro disco, “Tô”, ganhou as plataformas em 2022, com a participação de Julia Mestre — e de Juliana Linhares no show de lançamento. No mesmo ano, ela pôs na rua “Pontes”, um single feito também com Chico Chico e com Victor Ribeiro.

Devagarinho, João e RAYA se encontraram no meio do caminho. E decidiram abrir um caminho juntos. O que deveria ser uma reunião para um single começou a gerar canções, uma atrás da outra — hoje eles têm cerca de 40 parcerias.

Porém, “Coisa Nossa”, o disco, é fruto de outros encontros além do de João e RAYA. Em primeiro lugar, com a dupla de produtores Felipe e Constança, sócios no selo Toca Discos. Eles foram os primeiros a ouvir a leva inicial de canções e identificar que ali havia um disco e, mais do que isso, uma dupla, que com suas diferentes semelhanças construía uma identidade sólida. E que já nascia com nome, dado por Constança a partir dos dizeres que leu numa camiseta.

A roda de encontros se ampliou com a entrada do engenheiro de som Álvaro Alencar, terceiro elemento da produção. Ele ajudou a materializar a sonoridade do disco, ao mesmo tempo íntima e expansiva, minimalista e exuberante. Uma sonoridade que partiu da essência já presente naquele espaço íntimo da composição, ou seja, dos violões como base do conceito dos arranjos. Em especial, o violão de João, referência central para Marco Vasconcelos, que gravou o instrumento no disco — com alguns violões adicionais de Sergio Chiavazzolli.

Por fim, outro encontro que está na base da alma do álbum foi com Renato Cipriano, trazido para o “Coisa Nossa” por sugestão de Álvaro. Responsável pelo projeto acústico de diversos grandes estúdios, entre eles o Toca do Bandido, Cipriano pensa a música abarcando seu poder de cura — a partir do entendimento de frequências que têm efeitos menos ou mais saudáveis sobre nós. Uma curiosidade técnica que dá ideia da importância dessa dimensão para “Coisa Nossa” é o fato de todos os instrumentos do disco terem sido afinados em 432 Hz, uma frequência que, estudos defendem, atua mais em harmonia com a natureza, o corpo e a mente humana, em contraposição aos 440 Hz adotados como padrão universal. 

O álbum foi naturalmente concebido, portanto, como respiro em meio ao ritmo frenético do mundo: da composição à engenharia sonora, dos arranjos aos músicos arregimentados (André Vasconcelos, Marco Vasconcelos, Marcos Suzano, Sergio Chiavazzolli e Renato Cipriano), passando pelas letras repletas de referências à natureza. 

“Coisa Nossa”, a canção-título, abre o disco já expondo essas intenções contemplativas — e outras tantas já mencionadas aqui, como o desejo manifesto de brasilidade. O universo dos Novos Baianos de “Acabou chorare”, pós-João Gilberto, com união de bandolim e guitarra baiana, eletrificação coisa nossa. O coro que une as vozes de Luciane Dom ao trio Soul de Brasileiro (Gê Vieira, José Junior e Negra Silva) aquece ainda mais a gravação. 

“Diferentes semelhanças” carrega um “sentimento Roberto Carlos”, como define João. O anúncio da contemplação solitária — mas luminosa — vem nos primeiros versos: “Olho pra cidade/ E vejo/ Corpos refletindo/ Tempo”. Já “Ouro” traz a engenharia pop das canções de Simon & Garfunkel — incluindo um “tchururu” que ecoa “Mrs. Robinson”. “Ninguém vale tanto brilho”, adverte a letra que trata das seduções comerciais da trajetória de um artista.

Cantada por João sozinho, “Arrebol” soa como folk americano, mas com pandeiro de pés fincados no solo brasileiro. Ao mesmo tempo, amplia seu território com o derbak, tambor árabe. Na sequência, é a vez de RAYA cantar sozinha, em “Rouxinol”. Lado a lado, soam como continuidade, canções-irmãs, que rimam em seus títulos e compartilham de um universo de rios e céus — aliás, há muitos rios pelos versos do disco, essa metáfora que guarda em si a ideia do fluxo e a vocação pelo desaguar. “É como se ela fosse o sol e eu a lua”, sintetiza poeticamente João, referindo-se ao par de músicas.

“Cidade alta” foi feita tendo Santa Teresa em mente, o Rio que se vê de lá. A certa altura, seu bandolim carrega uma melancolia de fado. Ao mesmo tempo, ela é atravessada por uma alegria tranquila. “Pra que certeza/ Se aqui/ É uma ladeira só”, perguntam os versos. “Love livre”, composta apenas por RAYA, é marcha de carnaval com puxada de ska, celebrando a liberdade de amar na festa. É pontuada por uma guitarra baiana que faz pensar na sonoridade de “Muitos carnavais”, álbum de Caetano Veloso.

“Mata escura” também fala de liberdade, mas num contexto mais amplo. “Talvez seja a canção que traga mais esperança”, diz RAYA. “É um colo feminino. Uma sensação de verdade pura”, define João. Delicada como seu título, “Pétala branca” é assinada apenas pelo compositor. Em menos de dois minutos, desenha com singeleza dedilhada a fragilidade do amor.

“Aqui eu permaneço” é afirmação de resistência, construída como resposta a “Vou-me embora”, canção de Paulo Diniz regravada por Zé Ibarra em 2023. O “aqui” a que se refere a letra é a América Latina, terra de trovadores de mil naturezas, do Pantanal aos Andes, de alguma forma evocados no arranjo. Por fim, “Se for cantar por amor”, parceria de João com Sal Pessoa, é mantra que amarra a alma de encontro que sustenta o disco: “Resistindo o amor/ Na alma do animal”.

FICHA TÉCNICA:

Produzido por Felipe Rodarte, Constança Scofield e Álvaro Alencar

Gravado no estúdio Toca do Bandido

Engenheiro de Gravação – Álvaro Alencar é Felipe Rodarte 

Assistente de Gravação – Raphael Dieguez 

Edições – Raoni Andrade 

Engenheiro de Mixagem – Álvaro Alencar 

Masterizado por Felipe Tichauer no Red Traxx em Miami

 

Coisa Nossa

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – cavaquinho, guitarra baiana, bandolim

Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

 

Diferentes Semelhanças

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas (e

Sergio Chiavazzolli – bandolim

 

Ouro

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

João Mantuano- Violão 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

 

Arrebol

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sem participações adicionais. Apenas banda base e P&J

 

Rouxinol

RAYA – Voz

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – violão de aço 

Renato Cipriano – cristais, orgão Shruti

Ilarindo Davidson – Bateria

 

Cidade Alta (Monte Alegre)

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – cristais, Anima bells

Sergio Chiavazzolli – bandolim

 

Love Livre

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – guitarra elétrica, guitarra baiana

Backings – Gê Vieira, José Junior, Negra Silva e Luciane Dom

 

Mata Escura

RAYA – Voz

Mantuano – Voz e violão solo

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas, gongos, tubular bells, cristais, hand drum

 

Pétala Branca

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

Marco Vasconcelos – Violão

Sergio Chiavazzolli – bandolim

Alvaro Alencar – efeitos e ambiencias

 

Aqui Eu Permaneço

RAYA – Voz

Mantuano – Voz e viola caipira 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Renato Cipriano – percussões étnicas

 

Se for cantar por amor

RAYA – Voz

Mantuano – Voz 

Marcos Suzano – Percussão

André Vasconcelos – Baixo

Marco Vasconcelos – Violão

Alvaro Alencar – voz declamada

Backings – Gê Vieira, José Junior Negra Silva e Luciane Dom

 

Ouça em todas as plataformas digitais.

Sobre Coisa Nossa

Raya e Mantuano, dois talentos da nova MPB, encontraram-se pela primeira vez em 2022, apresentados por Felipe Rodarte, no mítico Estúdio Toca do Bandido e, de lá pra cá, compuseram diversas canções; as 11 primeiras integram o álbum em produção, intitulado “Coisa Nossa”, que terá lançamento pelo Selo Toca Discos.

“Coisa Nossa” são duas vozes e dois violões. “Mexemos e misturamos o caldeirão das nossas referências e experiências e saiu um negócio bem nosso”, conta Raya ao lado de Mantuano, com supervisão dos produtores Felipe Rodarte e Constança Scofield, ao longo dos muitos encontros na Toca do Bandido.

Tem folk, samba, bossa, afoxé, rock. A dupla sabe brincar de abrir caixas de gêneros musicais consagrados e fazer uma delicada e interessante fusão. Dirigir o abundante fluxo criativo dos dois em direção a algo muito novo e fresco.

“Coisa Nossa” é, além de tudo, um projeto carioca. Passeia pela cidade, com notas de Leme, Santa Tereza e Itanhangá, onde fica a Toca do Bandido e seus parceiros. Sua produção conta também com a participação do premiado engenheiro e produtor Álvaro Alencar.

A sonoridade de Raya e Mantuano pode ser definida como um lugar de calma e delicadeza em que muitas coisas acontecem. A dupla é a condutora deste trem brasileiro que parte para o interior, sempre olhando para o futuro, conectado com ‘coisas nossas’. É um trabalho sem um olhar ufanista sobre música brasileira, mas sim com ternura.

Links Coisa Nossa:

Instagram

YouTube

Spotify 

Links Toca do Bandido | Toca Discos:

Site Oficial

Instagram

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Música

Fenícia estreia registro ao vivo com o EP “Pé na Porta – Ao Vivo”

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  • Mais do que apresentar versões ao vivo, o novo projeto chega para aprofundar a relação do trio com sua base de fãs, ao mesmo tempo em que abre portas para novos ouvintes
  • Junto ao EP, a Fenícia também lança o registro audiovisual de “Meu Bem”, que estreia no YouTube no dia 05/12, às 12h

Ouça o EP

A Fenícia chega ao fim de 2025 celebrando um novo capítulo em sua trajetória com o lançamento do EP “Pé na Porta – Ao Vivo”, que estreia nesta sexta-feira (05 de dezembro) em todos os apps de música pela Marã Música. Gravado durante o Festival Pé na Porta (Ribeirão Preto – SP), o trabalho marca o primeiro registro ao vivo da carreira da banda e captura com autenticidade a força, a entrega e a energia que o trio leva para o palco.

“Foi uma experiência nova para a gente, pois mesmo com muitos anos de estrada, ainda não tínhamos um registro de show ao vivo pra lançar”, conta o grupo. A oportunidade surgiu com a estrutura do Festival Pé na Porta e com a parceria direta com Marcos Scantamburlo, responsável pela captação, mixagem e masterização. “A estrutura do festival, juntamente com o trabalho incrível do Marcos, possibilitou isso. Estamos bem contentes com esse trabalho!”

O EP reúne quatro faixas queridinhas do público e que sempre marcam presença no setlist dos shows. “Essas canções têm uma boa resposta nas plataformas. Sendo assim, elas sempre estão presentes no show”, explica a banda. A sonoridade chega crua, intensa e fiel ao que a Fenícia entrega no palco: “Elas trazem muito do que somos e soamos quando vamos para a performance ao vivo. A gente se diverte muito sempre e poder ter esses registros e ainda dividir com o público é muito massa pra nós!”

Mais do que apresentar versões ao vivo, o novo projeto chega para aprofundar a relação do trio com sua base de fãs, ao mesmo tempo em que abre portas para novos ouvintes. “Esse é o primeiro registro ao vivo que lançamos na carreira da Fenícia. Estamos empolgados e com certeza vai nos conectar ainda mais com o público que nos acompanha, além da intenção de conquistarmos cada vez mais pessoas que se identifiquem com o som, com a gente.”

A expectativa, claro, é grande: “Sempre ficamos muito ansiosos, pois lançamentos atraem novos ouvintes e alimentam o público que nos alicerça. Gostamos muito de ouvir o que eles têm a dizer e levamos tudo como combustível para continuar o movimento.”

Junto ao EP, a Fenícia também lança o registro audiovisual de “Meu Bem”, que estreia no YouTube no dia 05/12, às 12h. A faixa foi escolhida por traduzir a essência emocional e energética das apresentações da banda. “Escolhemos ‘Meu Bem’ para o registro audiovisual pois a gente ama tocá-la e acreditamos que essa realização traz um pouco da essência da Fenícia ao vivo”, revela o trio.

O clipe foi gravado durante o próprio Festival Pé na Porta, em 29 de junho de 2025, pela produtora Nave Mãe, e apresenta a banda em sua forma mais espontânea e eletrizante.

Ficha Técnica:

Fenícia
Ninne Monzani — Vocal
Teuz Rocks — Guitarra
Régis Berretta — Bateria
Mariel Coxa — Baixo

Captação / Mixagem / Masterização
Marcos Scantamburlo Barbosa

Atualmente formada por Ninne Monzani, Teuz Rocks e Régis Berretta, a Fenícia segue se consolidando como uma das bandas mais autênticas e inventivas do indie nacional. Após dois álbuns e uma sequência de cinco singles lançados em 2023, o trio prepara o terreno para seu próximo EP, produzido por Rafael Barone (ex-Liniker e os Caramelows), que promete intensificar ainda mais a fusão entre rock alternativo, indie e nuances da música brasileira,  reforçando o poder de conexão da Fenícia com seu público.

CONFIRA A TRACKLIST DE “PÉ NA PORTA – AO VIVO”

1 – MAR DE DENTRO 

2 – O QUE EU NÃO CONTEI 

3 – SÃO 02:03 

4 – MEU BEM 

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Música

Após vencer ansiedade, Sarah Lanza lança o álbum “Descanso”

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A cantora e compositora Sarah Lanza lançou no dia 25 de novembro o álbum “Descanso”, seu segundo projeto autoral. Com uma proposta devocional e intimista, o trabalho nasce como um convite para experimentar o descanso verdadeiro em Cristo Jesus, especialmente em meio a dores emocionais, ansiedade e incertezas. Ouça agora: https://onilnk.com/b/SarahLanza_Descanso

O álbum surgiu a partir de um período de transição vivido pela artista, marcado por medo e ansiedade. Nesse contexto, Sarah sentiu um chamado claro do Senhor para cantar sobre confiar, permanecer e descansar n’Ele. “Foram canções geradas em um lugar muito profundo, onde precisei aprender a parar, ouvir e confiar”, compartilha a cantora.

“Descanso” reúne 10 faixas, sendo 5 canções principais e 5 momentos espontâneos, trazendo um ambiente sensível à presença de Deus. Das músicas, quatro são composições autorais de Sarah Lanza e uma versão da canção “Comunhão”, cuidadosamente incorporada à narrativa do álbum.

A mensagem central do projeto é clara: há descanso disponível em Jesus, mesmo em meio ao caos. A expectativa da artista é que o álbum seja um instrumento de cura, esperança, leveza e acolhimento, como um abraço do Senhor para aqueles que enfrentam dores emocionais e desafios internos.

A primeira música a ganhar clipe no YouTube foi “Ele Prometeu”, já disponível na plataforma. As demais faixas terão seus vídeos lançados nas próximas semanas, ampliando a experiência audiovisual do projeto.

Confira o videoclipe de “Ele Prometeu”:

Produção e ficha técnica

O projeto tem direção executiva de Abner Faustino e foi produzido pelo Estúdio Voltz. A produção musical e os arranjos são assinados por Matheus Evaristo, com arranjos vocais de Sarah Lanza. A mixagem e masterização ficaram a cargo de Álvaro Theml.

Todo o audiovisual do projeto foi desenvolvido pelo Estúdio Voltz, com direção criativa e de vídeo de Pedro Duarte e Samuel Monteiro, reforçando a estética sensível e intimista do álbum. A decoração do projeto foi da Reino Decor.

Sobre Sarah Lanza

Sarah Lanza é cantora, compositora e líder de louvor, atuando em sua igreja local e de forma itinerante. Desde muito jovem está envolvida com o ministério de adoração, servindo como líder desde os 15 anos na Igreja Oitava Presbiteriana de Belo Horizonte, onde permanece até hoje.

Integra o movimento Som do Céu, idealizado por Gabi Sampaio, tendo participado das gravações dos volumes 1, 2 e 3, além de acampamentos de composição e grandes ajuntamentos de adoração. Sua participação na canção “Digno de Tudo” soma mais de 6 milhões de visualizações no YouTube. Além disso, Sarah é professora da Plataforma Escola de Ministros, da cantora Gabi Sampaio, impactando milhares de ministros de louvor em todo o Brasil.

Foto: Pedro Sabino-Lisboa

Acompanhe as novidades de Sarah Lanza:
https://www.instagram.com/sarahlanza_/

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Música

Iuna Falcão lança filme de UMAMI, seu novo álbum, trazendo a força cultural do Maranhão

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  • O registro acompanha a trajetória da cantora, uma maranhense que retorna à sua terra natal depois de muitos anos, em busca de reencontrar a noite da cidade e resgatar sensações adormecidas por meio dessas vivências.
  • O álbum, lançado no último mês, traz participações de Sued Nunes, Jadsa Castro, Núbia, Anelis Assumpção, Curumin e do cantor nigeriano CEF ASHANTA

[ouça aqui]

[assista aqui]

Após apresentar seu novo disco UMAMI, a cantora Iuna Falcão segue aprofundando nas raízes musicais do Maranhão, agora lançando o filme do projeto. O objetivo é criar uma identificação com quem viveu e vive a riqueza cultural do Maranhão ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que desperta a curiosidade de quem ainda não conhece essas manifestações de perto. Assista aqui!

O filme acompanha a trajetória de Iuna, uma maranhense que retorna à sua terra natal depois de muitos anos, em busca de reencontrar a noite da cidade e resgatar sensações adormecidas por meio dessas vivências. “Queremos provocar o desejo de experimentar tudo isso ao vivo, trazendo o olhar do mundo para o Maranhão e para a força dessa cultura única”, diz Iuna. 

A narrativa se passa inteiramente em uma única noite, conduzida de forma documental e sensível. “Falamos de amor e paixão de um jeito íntimo, pelo olhar de quem ama, de quem pode ser amada,  de quem se reconecta consigo mesma através da própria história”, completa.

As múltiplas texturas presentes nas imagens acrescentam profundidade e evocam os diferentes sabores que compõem este estado, o calor da noite e das pessoas, a intensidade da fé que movimenta os acontecimentos de junho e toda a misticidade que habita o olhar de cada pessoa que atravessa a tela. Cada detalhe visual reforça a riqueza sensorial do Maranhão e a força viva de suas tradições. Pra Iuna, é impossível falar de amor sem falar do Maranhão

UMAMI: O Disco

Após o impacto do seu último álbum, TRANSE, em que se reconectou com a pulsação dos ritmos tradicionais de São Luís como o Tambor de Crioula, Bumba Meu Boi e Tambor de Mina, agora Iuna apresenta UMAMI, voltando seus ouvidos e coração para outro alicerce da identidade cultural maranhense: o reggae, ritmo que hoje vem sendo resgatado por grandes nomes da música nacional, como IZA e MC Cabelinho.

UMAMI é construído com texturas densas, linhas de baixo envolventes e ambiências carregadas de reverberação, evocando o mistério e o magnetismo do reggae roots jamaicano, adubado pelo sotaque e calor maranhense. Para formar toda a potência do álbum, Iuna reuniu grandes nomes do ritmo às novas revelações: Sued Nunes, Jadsa Castro, Núbia, Anelis Assumpção, Curumin, e o multi-artista nigeriano, CEF ASHANTA.

UMAMI é uma ode à noite ludovicense (de quem nasce em São Luís), às radiolas que embalam os bailes ao ar livre e aos melôs, como são conhecidos os clássicos do reggae popularizados no Maranhão. “Escolhi a dedo as participações, porque queria que tivesse não só um sentido estético no qual trabalhamos neste projeto, mas um senso emocional, visto que sou grande admiradora de todos eles”, diz Iuna.  

O álbum começa com Convite, composição em parceria com Lucas Cirillo e que se apresenta de fato como um convite ao início dessa aventura noturna, que é onde se passa o universo do filme. Já Feminina, apresenta sua parceria com CEF ASHANTA, trazendo a influência da cultura popular, afrobeat, soul, e reggae; misturando ritmos de raiz com melodias universais. “Cheguei ao CEF ASHANTA por vontade do tempo, estava procurando alguém que tivesse uma forte personalidade pra somar na letra, e por ordem do acaso, ele me mandou uma mensagem nas redes sociais, logo desenvolvemos uma troca muito legal sobre musicalidade e ali percebi o sentido daquela aproximação, ele prontamente aceitou participar do projeto escrevendo e cantando”. 

Após o interlúdio Que Som!, que traz a potência da parceria com Sued Nunes, a faixa Uh Mammy! traz a primeira composição do álbum com Jadsa, assim como Coração Melão, que conta com a participação da estrela revelação do reggae, Núbia. A canção que dá nome ao álbum, Umami, é uma parceria de composição com Sued e Lucas Cirillo, “essa canção foi o início de todo o projeto, ela nasceu a partir de uma conversa com minha grande amiga Sued, e floresceu até virar esse projeto que mergulha num universo sensorial e sensível, falando dos sabores presentes no amor, de sentimento e das possibilidades que encontramos na madrugada”  

Misturando influências de dub, reggae, afrobeat, rap, samba e bossa nova, Anelis Assumpção e Curumin trazem sensualidade para Telepatia. Lençóis apresenta uma alusão ao romântico, mas também as sensações que sentimos a partir do contato com a beleza dos Lençóis Maranhenses, e Seu, uma composição de Mayra Andrade, fecha o álbum com belos arranjos de sopro regados ao ritmo de reggae, e que por ser uma música em criolo, traz essa referência do primeiro disco TRANSE, que correlacionam a cultura maranhense com a cabo verdiana.

IUNA FALCÃO

Iuna é rio negro que corre as águas de um Brasil afroindígena. Original de São Luís do Maranhão, território que integra a região identitária da Amazônia Legal, cresce envolvida sobre o universo musical e percussivo maranhense, de onde vem seu estudo etnomusical. Multiartista, aos 17 anos passa a morar em Salvador para cursar Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia. Os atravessamentos dessa experiência geram uma reaproximação com a música. Em 2022, Iuna Falcão lança seu primeiro EP homônimo, produzido por Lucas Cirillo e bem recebido pela crítica musical.

Com uma poética que versa sobre o amor, as forças da natureza e a ancestralidade, a artista lançou em 2023 seu primeiro álbum “Transe”, produzido por Lucas Cirillo, com participações de Lazzo, Xênia França e Theodoro Nagô. Iuna produz uma música preta contemporânea que propõe sonoridades a partir dos encontros diaspóricos musicais nos territórios ancestrais. Traz a fusão do universo percussivo maranhense em encontro com a Bahia, junto ao jazz, MPB, elementos eletrônicos e referências da black music.

 Se apresentou em palcos como a Bona Casa de Música, em São Paulo/SP, Formemus, em Vila Velha/ES, Festival Serasgum, em Belém/PA, Festival Frequências Preciosas, em Salvador-BA, Porto Musical, em Recife-PE, dentre outros.

A artista abriu os caminhos para UMAMI com “Coração Melão”, uma obra lançada em parceria com Núbia, e que honra a tradição do reggae, apontando para uma estética mais ampla, contemporânea e sensorial. 

OUÇA “UMAMI” AQUI

ASSISTA “UMAMI” AQUI

(Fotos: Lucas Cordeiro)

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