A saúde ocular é um dos pilares da qualidade de vida, mas muitas pessoas ainda negligenciam consultas e exames oftalmológicos regulares. Em entrevista ao Plantão Doutor TV, o oftalmologista Dr. Daniel Kamlot destacou a importância de exames anuais, tanto para adultos quanto para crianças, como forma de prevenir complicações e garantir o cuidado adequado da visão.

Prevenção e diagnóstico precoce

Segundo o especialista, exames periódicos permitem identificar precocemente doenças como glaucoma, catarata e degeneração macular, condições que podem evoluir silenciosamente e levar à perda parcial ou total da visão. “Quanto mais cedo detectamos qualquer alteração, maiores são as chances de tratamento eficaz e prevenção de complicações”, explica Dr. Kamlot.

Atenção especial às crianças

O oftalmologista também alerta para a importância das consultas pediátricas. “Problemas de visão não tratados podem afetar o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Condições como ambliopia, conhecida como ‘olho preguiçoso’, têm melhores resultados quando diagnosticadas precocemente”, reforça.

Orientações durante a consulta

Além da avaliação clínica, Dr. Kamlot orienta os pacientes sobre hábitos saudáveis, uso correto de lentes corretivas e proteção contra raios UV. O histórico familiar e fatores de risco individuais também são considerados para oferecer um cuidado personalizado.

Mensagem final

O especialista faz um alerta importante: “Não espere sentir sintomas para cuidar da visão. Consultas anuais são essenciais para prevenção, diagnóstico precoce e manutenção da qualidade de vida”.

Com base nos dados e na experiência do Dr. Daniel Kamlot, fica claro que a prevenção é o melhor caminho para preservar a visão. A recomendação é que todos incluam exames oftalmológicos regulares na rotina, garantindo saúde ocular e qualidade de vida.

Sobre o especialista

Daniel Kamlot é médico oftalmologista, especialista em retina e vítreo pela USP. Atua no atendimento de pacientes de todas as idades, com foco em oftalmologia geral e diagnóstico completo da saúde ocular. Realiza exames como mapeamento de retina, tonometria, paquimetria e fundo de olho. É referência no tratamento de doenças retinianas, como retinopatia diabética e DMRI, além de realizar cirurgias de catarata com implante de lente intraocular.

Fonte: Doutor TV | YouTube

Dr. Daniel Kamlot | @drdanielkamlot

A saúde mental feminina tem ocupado lugar central nas conversas sobre bem-estar e qualidade de vida. Dados recentes apontam que o Brasil está entre os países com maior prevalência de ansiedade e depressão especialmente entre as mulheres evidenciando uma urgência cada vez maior na busca por abordagens terapêuticas eficazes e sensíveis.

Estudos mostram que cerca de 45% das mulheres brasileiras apresentam diagnóstico de transtorno mental, como ansiedade ou depressão, no contexto pós-pandemia. Outro levantamento da Ipsos confirma que 55% das mulheres relataram sentir ansiedade, enquanto 24% indicaram depressão, índices superiores aos dos homens. A Organização Mundial da Saúde também aponta o Brasil como recordista mundial em ansiedade: 9,3% da população sofre com esse transtorno.

Para entender melhor esse cenário, conversamos com a especialista Ana Laura Benetati Psicóloga e pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Ana Laura Benetati atua de forma clínica online, com foco em acolhimento, clareza emocional e reconexão com a identidade.

“Vejo muitas mulheres chegarem até mim exaustas de se criticarem o tempo todo, sem tempo para se escutarem com honestidade”, explica Ana Laura. “Minha proposta é equilibrar uma escuta sensível com intervenções diretas sem promessas fáceis, mas com profundidade e respeitando a história de cada uma.”

Em seus atendimentos, ela une rigor técnico e sensibilidade, sempre com foco em práticas baseadas em evidências e aplicáveis ao cotidiano. “Não se trata de reduzir emoções complexas a receitas prontas. É ajudar a pessoa a construir uma relação interna mais saudável, onde ela se escuta e se acolhe”, complementa.

Além do consultório virtual, Ana Laura também se dedica à produção de conteúdo digital, usando uma linguagem acessível e reflexiva. “Falar em saúde mental hoje é mais fácil, mas quero que as mulheres não só consumam informação, quero que sintam que têm voz, que podem validar suas emoções e buscar caminhos concretos para mudar”, afirma.

Natural do interior do Paraná, ela atende mulheres de diferentes estados do Brasil como Bahia, São Paulo e Minas Gerais e também em países como Portugal, França e Estados Unidos, mostrando como o formato online aproxima quem busca apoio emocional, independentemente da localização geográfica.

Com taxas alarmantes de sofrimento psíquico entre mulheres, é fundamental promover abordagens humanas, que unam conhecimento técnico, empatia e orientação prática. Em um contexto onde quase metade das mulheres já enfrentou ou enfrenta transtornos mentais, a combinação entre escuta ativa, acolhimento e estratégias efetivas pode fazer a diferença.

A psicóloga Ana Laura Benetati mostra, em sua prática, que é possível alcançar clareza emocional e coragem afetiva mesmo em meio ao caos da vida moderna ajudando a construir uma relação interna mais firme e compassiva.

Para mais informações, a especialista compartilha conteúdos educativos em seu perfil: https://www.instagram.com/anabenetatipsi?igsh=bG5yMzk3dDVqNT

(Foto: Divulgação)

Atrasos de fala atingem até 15% das crianças em idade pré-escolar no Brasil. Especialistas alertam que esperar demais pode comprometer a alfabetização, a socialização e até a autoestima

“Cada criança tem seu tempo”. Essa frase, repetida entre pais e familiares, muitas vezes serve de consolo diante de um atraso na fala. Mas até que ponto essa ideia é verdadeira? De acordo com a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), 15% das crianças em idade pré-escolar apresentam algum tipo de distúrbio ou atraso no desenvolvimento da fala. O dado ganha relevância diante de outro número: segundo o IBGE, o Brasil tem hoje mais de 18 milhões de crianças de 0 a 6 anos — ou seja, pelo menos 2,7 milhões podem enfrentar dificuldades de linguagem.

A fonoaudióloga Adriana Fiore, que atua há mais de 20 anos no atendimento infantil, explica que o atraso pode ser confundido com variações individuais, mas existem marcos claros para observar. “Se até 12 meses a criança não balbucia; se até 2 anos não consegue formar palavras simples; ou se até 3 anos ainda não constrói frases curtas, isso já é um sinal de alerta. O ideal é procurar avaliação fonoaudiológica para descartar ou confirmar a necessidade de intervenção”, orienta.

Um levantamento do Center for Disease Control (CDC) mostra que crianças acompanhadas precocemente por fonoaudiólogos têm até 70% mais chances de recuperar o desenvolvimento esperado. Isso porque o cérebro na primeira infância vive a chamada “janela de oportunidade”, fase em que os estímulos de linguagem são mais facilmente absorvidos. “A neuroplasticidade é enorme nos primeiros anos de vida. Se esse tempo é desperdiçado, os prejuízos podem se estender para a alfabetização, para a vida escolar e até para a socialização da criança”, explica Adriana.

Entre as consequências mais comuns de um atraso não tratado estão: dificuldade em aprender a ler e escrever, menor rendimento escolar, frustração ao se comunicar, insegurança em ambientes coletivos e impacto direto na autoestima. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que crianças com atrasos de fala não tratados têm até três vezes mais risco de desenvolver problemas emocionais e de comportamento.

Além da busca por avaliação profissional, a Adriana reforça o papel da família no estímulo diário. “A fala é uma habilidade inata, surgindo espontaneamente no desenvolvimento infantil. Já a linguagem é construída a partir das vivências da criança, e nesse processo os pais têm um papel fundamental. Conversar, cantar, contar histórias e promover brincadeiras interativas são formas simples e poderosas de enriquecer a linguagem e favorecer um desenvolvimento saudável “, destaca.

Ela ainda alerta que a crença de que “ a criança não fala porque tem preguiça” pode custar caro. “Esperar demais pode significar perder tempo precioso. Se há dúvida, é sempre melhor investigar cedo. O acompanhamento não é apenas para tratar dificuldades, mas também para prevenir que elas avancem”, conclui.