A estátua original de David, que fica dentro da Galeria da Academia de Belas Artes de Florença, na Itália, é uma obra icônica e magnífica, mas que também é capaz de inspirar negócios do século XXI.
Não deixa de ser curioso olhar para a Idade Média e o início da Idade Moderna para entender como é possível navegar nos dias atuais, quando tudo evolui muito rapidamente. Especialmente para as empresas de gestão familiar, as transformações sociais, econômicas e tecnológicas correm em paralelo ao grande desafio que é perpetuar os valores intrínsecos aos negócios. Segundo o IBGE, 90% das empresas no Brasil são familiares e, de acordo com um levantamento realizado em 2023 pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE), 48% já estão nas mãos das segunda e terceira gerações. Diante desse cenário, passa a ser interessante observar a relação entre tradição e inovação que a Florença Renascentista apresenta em sua história.
David, a escultura que é o símbolo do Renascimento, datada do ano 1504, retrata o jovem personagem bíblico que dominou Golias, um gigante, naquilo que parecia ser um desafio insuperável. Sua história nos lembra que não podemos perder, nunca, o ímpeto da juventude, a coragem que temos quando estamos construindo novas histórias. O protagonismo jovem na sociedade, no mercado de trabalho e nas organizações deve ser incentivado.
Assim como o personagem, a estátua e seu criador, Michelangelo, também são grandes inspirações para as organizações modernas. Ao entregar a obra de presente para a cidade, o artista conquistou a juventude local da época e deixou um legado para o mundo. Os florentinos criaram laços e se identificaram com o monumento altivo, poderoso e aguerrido. Ali existia um propósito de vida, orgulho de ser italiano, o DNA do guerreiro. Assim como é hoje, foi importante construir essa conexão com a comunidade.
No passado, era comum produzir obras sob encomenda para a Igreja ou a nobreza. No entanto, Michelangelo foi além: a partir de um bloco maciço de mármore que havia sido rejeitado por 400 anos, esculpiu uma figura com veias dilatadas, curvas e expressão facial marcante. Foi inédito. David representa a inovação oculta dentro de uma empresa consolidada, é preciso cavar para descobrir caminhos alternativos. Algo a se pensar atualmente, quando 30% das empresas familiares chegam à 3ª geração e apenas metade disso, ou seja, 15%, sobrevive a ela, segundo estudo do Banco Mundial.
Quando Michelangelo recebeu o bloco de mármore, a peça já havia sido trabalhada por alguns escultores, não era totalmente virgem. Quando finalmente iniciou seu trabalho, encontrou um caminho percorrido. Ele se adaptou. Outro ponto interessante é que o gênio renascentista soube criar algo extremamente compatível com seu tempo e com a expectativa do século XV, seguindo sua intuição. Para a escritora islandesa Hrund Gunnsteinsdottir, que encontrei na Itália e em breve lançará o livro “InnSæi: Curar, reviver e zerar com a arte islandesa da intuição” (em tradução livre) no Brasil, enxergar de dentro para fora é uma ferramenta extremamente poderosa. Em um mundo soterrado por estímulos, o silêncio interior pode trazer revelações intensas. Esvaziar o poço para preenchê-lo com informações mais úteis é uma ótima estratégia.
Investir nas pessoas e na qualidade
Florença inscreveu seu nome no mundo graças à perspicácia da família Medici, que apostou no mecenato artístico, gerando um ambiente de criatividade, onde não se falava em outra coisa, e deu oportunidades para mestres como Michelangelo despontarem. Formar equipes e incentivar suas fortalezas é uma excelente maneira de fazer os talentos brilharem. Por anos e anos, a Toscana respirou arte porque se tratava de um valor muito apreciado por quem comandava a região. Podemos dizer seguramente que a cidade medieval vive até hoje desse pioneirismo.
No entanto, mesmo escrevendo seu nome na história, a dinastia Medici não soube digerir as mudanças do tempo, esqueceu do “cliente”, no caso, o povo. Informar-se sobre as tendências, entender que certos temas não são modas passageiras, é uma questão de sobrevivência.
Por fim, David tem trazido preocupação para quem cuida da sua manutenção. Sabe-se que os passos dos turistas ao redor andam prejudicando a estrutura da estátua, mas ter sido produzido com qualidade é o segredo da existência desse “menino de 520 anos!”.
À frente da Colabtec, Hisayoshi Kameda aposta em um caminho ousado: levar startups brasileiras a uma imersão transformadora na China, para que experimentem de perto a velocidade e a intensidade do ecossistema mais pulsante do mundo.
A China já ocupa o 12º lugar no Global Innovation Index 2024, superando países como Canadá e Austrália. Cidades como Shenzhen e Pequim se tornaram verdadeiros epicentros criativos, onde ideias saltam do protótipo para o mercado em semanas — e onde tecnologias como inteligência artificial, biotecnologia e mobilidade elétrica são testadas em escala real.
É nesse ambiente que a Colabtec abre as portas: um programa de 20 dias que conecta empreendedores brasileiros a investidores, empresas e hubs de inovação, combinando palestras, treinamentos, mentorias e visitas a centros tecnológicos.
“Mais do que conhecer o mercado chinês, queremos que os participantes entendam como pensar inovação de forma contínua. A China é um laboratório vivo, e essa vivência pode ser o divisor de águas que falta para startups brasileiras conquistarem escala e presença global”, afirma Hisayoshi Kameda.
Startups brasileiras diante do desafio da escala
O Brasil já reúne cerca de 18 mil startups (SEBRAE), mas enfrenta gargalos recorrentes: falta de investimento, burocracia e dificuldade de internacionalização.
É aqui que a Colabtec atua como ponte estratégica:
• Antes da viagem, mentorias e preparação para alinhar expectativas.
• Durante a imersão, vivência intensa registrada quase como um reality show, mostrando a rotina, os choques culturais e os insights dos empreendedores.
• Após o retorno, acompanhamento próximo para transformar ideias em resultados práticos.
“O maior desafio das startups brasileiras não é a ideia — é a escala. Conectar-se à China significa abrir portas para capital, parceiros e uma nova forma de pensar o negócio”, explica Hisayoshi Kameda.
COLABTEC Start: uma jornada de transformação
A próxima edição, em outubro, promete ir além da imersão: será uma narrativa completa da jornada empreendedora, do Brasil à China e de volta, registrando cada momento de descoberta e reposicionamento.
“Queremos mostrar que a inovação não acontece só lá fora. Ela começa quando o empreendedor percebe que pode reinventar completamente seu modelo de negócio ao entrar em contato com outro ecossistema”, reforça Kameda.
Um novo capítulo para a inovação brasileira
Se der certo, o COLABTEC Start pode marcar um ponto de virada para o setor: startups brasileiras mais criativas e resilientes somando a isso a velocidade, pragmatismo e escala da China.
“O Brasil tem criatividade única. Se soubermos somar essa força à capacidade chinesa de acelerar e executar, construiremos um ecossistema capaz de competir em qualquer lugar do mundo”, conclui Kameda.
Nos dias 17 e 18 de setembro, o setor de sorvetes e alimentos gelados do Ceará tem um encontro marcado na FIEC, em Fortaleza, com a realização da 6ª edição da Exposorvetes 2025. O evento reunirá empresas, profissionais, marcas e patrocinadores em dois dias de conexões, troca de experiências, geração de negócios e conteúdo de alto impacto.
A edição deste ano contará com estandes de empresas tradicionais e emergentes, trazendo lançamentos, degustações, inovação e oportunidades de parceria. Um dos grandes destaques da programação será a palestra “Como conquistar o seu Everest”, ministrada pelo consultor organizacional e alpinista profissional Rosier Alexandre, que promete inspirar o público com sua trajetória de superação e estratégias para alcançar metas ousadas.
Entre os patrocinadores confirmados estão empresas de destaque nacional e internacional como Foodbase Brasil, Essencial, Global Food, Hexus, Frutbiss, Unika, Leagel by IFF, Safra, Bella Alimentos, Ello Ingredientes e Global SIP. Marcas parceiras também fortalecem a feira nas categorias prata e bronze, como Brasipla, Alibra, Regence, Ártico e Chanfer. O evento conta ainda com o patrocínio master do SESI Ceará e com o apoio institucional do Sistema FIEC.
A organização da feira é assinada pela Sotis Eventos, reconhecida pela ampla atuação em projetos de impacto socioeconômico e sustentabilidade. Já a comunicação oficial está a cargo da Octacom Agência, responsável pelo posicionamento, estratégia e presença digital da Exposorvetes.
Para o presidente do Sindsorvetes – CE, Edgard Júnior, a 6ª edição da Exposorvetes representa um marco para o setor:
“A Exposorvetes é mais do que uma feira. É um espaço de encontro, de troca e de crescimento. Reunimos aqui marcas consolidadas, novas ideias, experiências inspiradoras e, acima de tudo, o espírito colaborativo que sempre marcou a atuação do Sindsorvetes. Cada presença reafirma o compromisso com a qualidade, a inovação e o desenvolvimento do nosso setor. Sejam todos muito bem-vindos.”
Durante os dois dias de programação, o público terá acesso a conteúdos dinâmicos sobre gestão e inovação no setor alimentício, além de exposição de produtos e serviços, espaços interativos e oportunidades de networking. A feira também será um palco estratégico para novos negócios, criando um ambiente ideal para prospecção comercial e relacionamento entre marcas e decisores.
A Exposorvetes 2025 reforça o papel estratégico do Ceará como polo de produção e distribuição de alimentos gelados, mostrando que a união entre indústria, mercado e instituições fortalece a competitividade e prepara o setor para os desafios do futuro.
A nutricionista Juliana Teixeira, cofundadora e COO da Purefy Nutrition, luta por um uso mais consciente da suplementação no Brasil. Foto: Glaucia Castro/BS Fotografias
Suplementos de base limpa passam a ser vendidos diretamente ao consumidor, ampliando a presença nacional da empresa de biotecnologia
A Purefy Nutrition, empresa brasileira de biotecnologia em suplementação nutricional de base limpa, acaba de lançar sua loja virtual, o que garante a distribuição nacional dos produtos da marca. Fundada em Aracaju (SE), a companhia é um braço de inovação do Grupo Cenutri, player consolidado na distribuição de produtos de saúde no Nordeste brasileiro, e já atua em redes hospitalares como a Rede D’Or.
Com a loja digital, suplementos da linha própria passam a estar disponíveis diretamente ao consumidor final:
The Healer – suplemento voltado para fortalecimento do sistema imunológico e suporte à recuperação da pele.
The Healer Pro – versão avançada e hiperproteica, desenvolvida para suporte à cicatrização em condições clínicas mais complexas.
The Strong – suplemento proteico que auxilia no ganho e manutenção de massa magra, indicado também para prevenção da sarcopenia (perda rápida de perda de massa e força muscular).
A expectativa da Purefy é vender cerca de 120 mil unidades no primeiro ano completo de operação da empresa. Segundo Juliana Teixeira, nutricionista, cofundadora e COO da Purefy, o movimento marca uma virada estratégica da marca. “Queremos democratizar o acesso a uma suplementação mais limpa e consciente. Ampliando nosso alcance ao público B2C por meio do e-commerce, possibilitamos aos consumidores de qualquer região do país o acesso direto aos nossos produtos”, afirma.