Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, a psicóloga Jessiana Jordão explica como lidar com os transtornos mentais que mais cresceram desde 2020

Nos últimos anos, falar sobre saúde mental deixou de ser tabu para se tornar uma necessidade urgente. Desde o início da pandemia da COVID-19, os impactos emocionais se tornaram visíveis no cotidiano de milhões de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só no primeiro ano da pandemia os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% em todo o mundo. Foi um alerta global que trouxe à tona a importância do cuidado psicológico.

No Brasil, o cenário foi semelhante. O isolamento social, as perdas familiares, a insegurança financeira e a pressão constante por produtividade afetam pessoas de diferentes idades. Jovens, mulheres e profissionais de saúde foram alguns dos grupos mais atingidos. Com tantas mudanças repentinas, o emocional entrou em colapso e sintomas como angústia, exaustão e tristeza persistente se tornaram parte da rotina.

Para a psicóloga Jessiana Jordão, que atua há mais de seis anos com Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), houve um aumento expressivo na procura por atendimento. “Ansiedade, depressão e estresse crônico estão entre as queixas mais comuns hoje. O importante é lembrar que todos esses transtornos têm tratamento e, com o acompanhamento adequado, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida”, explica.

Três transtornos que se tornaram protagonistas

A ansiedade aparece em diferentes formas. Em alguns casos, é uma preocupação constante, difícil de controlar. Em outros, se manifesta em crises intensas, como os ataques de pânico. Também é comum observar comportamentos de evitação social, agravados pelo longo período de isolamento vivido nos últimos anos.

A depressão, por sua vez, tem se destacado entre os jovens adultos. Muitos se sentem sobrecarregados por expectativas externas, vivem conectados às redes sociais e enfrentam dificuldades para lidar com frustrações. A falta de propósito e o sentimento de inadequação acabam gerando sintomas como apatia, baixa autoestima e isolamento.

Já os transtornos ligados ao estresse, como burnout e o estresse pós-traumático, aumentaram consideravelmente entre profissionais que enfrentaram jornadas exaustivas, especialmente na área da saúde. A sobrecarga emocional, combinada à falta de descanso adequado, resultou em quadros de cansaço extremo, dificuldade de concentração e até pensamentos autodestrutivos.

Como a TCC contribui para o tratamento

Diante desse cenário, a Terapia Cognitivo-Comportamental tem se mostrado uma das abordagens mais eficazes no enfrentamento desses transtornos. Ela se baseia na ideia de que nossos pensamentos influenciam diretamente nossas emoções e comportamentos. Com a ajuda do terapeuta, o paciente aprende a identificar padrões de pensamento distorcidos e a desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com situações difíceis.

Jessiana destaca que a TCC não é apenas uma conversa sobre o problema. “O paciente participa ativamente do processo terapêutico. Ele aprende a reconhecer pensamentos automáticos negativos, questioná-los e substituí-los por interpretações mais realistas. Isso faz toda a diferença no tratamento”, afirma.

Durante a pandemia, Jessiana adaptou seus atendimentos para o formato online, garantindo a continuidade do cuidado psicológico. Essa flexibilidade foi essencial para manter o vínculo terapêutico e oferecer suporte a quem mais precisava, em um momento de tanta instabilidade.

Cuidar da saúde mental é possível

Apesar dos desafios, é importante reforçar que os transtornos mentais têm tratamento e que procurar ajuda é um passo essencial. Com orientação profissional, é possível compreender melhor o que está acontecendo, ganhar ferramentas para lidar com os sintomas e retomar o equilíbrio emocional.Para acompanhar mais conteúdos sobre saúde mental e conhecer o trabalho da psicóloga Jessiana Jordão, acesse o perfil no Instagram @jessianajordaopsi

Escrito por: Nathalia Pimenta.

A história de um ex-atleta que transformou os valores do esporte em inspiração para negócios que unem inovação, inclusão e respeito ao meio ambiente

A história de Ronaldo Gomes é um exemplo vivo de como disciplina, visão e propósito podem transformar não apenas uma carreira, mas comunidades inteiras. Nascido em Olinda (PE), no bairro Jardim Brasil I, Ronaldo trilhou os primeiros passos da sua vida no futebol profissional, atuando como volante e zagueiro por clubes como o Independente de Limeira, Suzano, Central de Caruaru, Náutico, entre outros. Ali, entre treinos e competições, construiu os valores que hoje sustentam seu sucesso no mundo empresarial: resiliência, trabalho em equipe e foco em resultados.

Ao encerrar sua carreira como atleta, Ronaldo não buscou apenas uma nova ocupação — buscou um novo propósito. E foi com essa motivação que fundou a Dupallets, empresa especializada na criação de móveis ecológicos feitos com madeira de reflorestamento e operando sob os princípios da economia circular. Quando iniciou a Dupallets, o mercado brasileiro ainda não valorizava práticas sustentáveis como hoje, mas Ronaldo insistiu na sua visão de unir design, inclusão social e responsabilidade ambiental.

Sua convicção logo se materializou: a Dupallets se tornou uma das maiores indústrias de móveis sustentáveis do país, empregando pessoas frequentemente excluídas do mercado de trabalho, como mulheres em situação de vulnerabilidade e profissionais com mais de 50 anos. Cada móvel carrega mais que design — carrega dignidade, transformação e consciência ambiental.

Durante a pandemia de COVID-19, em um dos momentos mais críticos para os negócios no Brasil, Ronaldo mostrou novamente sua capacidade de liderança estratégica. Adaptou rapidamente a estrutura da empresa, ampliou a presença no comércio eletrônico, otimizou processos internos e ajustou o portfólio. Essa virada não apenas salvou a empresa — ela fortaleceu a marca e consolidou a presença digital da Dupallets em todo o território nacional.

Simultaneamente, Ronaldo expandiu seu impacto para o setor da construção civil com a criação da D’Souza Construtora, voltada à execução de projetos residenciais de alto padrão com foco em eficiência energética, design consciente e uso responsável de recursos naturais.

Mas foi na Amazônia que Ronaldo realizou um de seus maiores feitos. Em parceria com a Petrobras, liderou pessoalmente a equipe técnica da D’Souza Construtora na execução do projeto Aldeia Sustentável em Coari (AM) — uma comunidade indígena acessível apenas por 12 horas de navegação pelo Rio Solimões. Nesse projeto, ele implementou um modelo de habitação ecológica com tecnologias como captação de água da chuva, energia solar e uso de materiais regionais, sempre respeitando a cultura e os modos de vida tradicionais. A iniciativa foi reconhecida por organizações ambientais e fóruns internacionais como um modelo replicável de moradia sustentável em áreas remotas.

Hoje, Ronaldo Gomes é reconhecido como um dos nomes mais relevantes da nova geração de empreendedores sustentáveis do Brasil. Sua trajetória inspira por unir origem humilde, vivência esportiva, visão global e impacto social concreto. De Olinda aos campos profissionais, dos móveis ecológicos às aldeias na Amazônia, ele constrói muito mais do que empresas — constrói um legado.

“A liderança de verdade está em gerar transformação. No esporte, aprendi a trabalhar por um propósito coletivo. Nos negócios, faço o mesmo: criar soluções que tenham sentido para as pessoas e para o planeta.” – Ronaldo Gomes

Para conhecer mais sobre os projetos de Ronaldo e acompanhar seu trabalho, acesse o Instagram pessoal, o perfil da Dupallets e da D’Souza Construtora.

Escrito por: Nathalia Pimenta.

Com raízes fortes na ciência e no esporte, médico cearense constrói carreira com dedicação, resiliência e propósito claro

Mudar de rota nem sempre é sinal de incerteza. Às vezes, é justamente o contrário. Para Raul Lima Capelo, nascido e criado em Fortaleza, a decisão de deixar a engenharia civil para seguir na medicina foi menos um abandono e mais um reencontro com uma herança que já corria em sua história familiar.

Ainda jovem, Raul se encantou pelas ciências exatas, o que o levou a iniciar a graduação em engenharia. Mas havia algo mais forte que o cálculo e os projetos estruturais. A influência de dois avós (ambos médicos) plantou cedo uma semente de curiosidade e fascínio pela ciência da vida. A avó, oftalmologista. O avô, professor universitário e pesquisador em fisiologia, além de poeta com obra publicada postumamente. Um exemplo de sensibilidade e intelecto que ajudou a formar a base do que Raul viria a se tornar.

Foi esse vínculo afetivo e intelectual que o conduziu à decisão de migrar para a medicina, assumindo um novo compromisso com o cuidado e com a ciência aplicada ao ser humano. Em 2019, ingressou no curso de medicina no Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS), onde viveu seis anos intensos de formação, divididos entre salas de aula, congressos, plantões e jornadas clínicas em diferentes áreas. Cardiologia, pediatria, psiquiatria, ginecologia, cirurgia. Cada especialidade ofereceu não só aprendizado técnico, mas também maturidade e perspectiva.

Ao longo da graduação, Raul participou de dezenas de eventos científicos e cursos extracurriculares, mostrando desde cedo uma preocupação genuína em ir além da grade curricular. Ele não buscava apenas notas, mas repertório. Do congresso de neurologia à jornada de medicina esportiva, cada passo refletia um estudante inquieto, que queria entender mais, se testar e evoluir.

Foi também nesse período que ele se casou, o que adicionou à vida acadêmica um novo tipo de motivação. A responsabilidade de formar uma família o impulsionou a buscar ainda mais preparo e estabilidade profissional, sem perder a leveza e o entusiasmo pela profissão.

Fora dos hospitais, Raul construiu outra faceta de si mesmo. Durante anos, foi atleta profissional de muay thai, jiu-jitsu e MMA, experiências que moldaram sua disciplina e resiliência. Faixa marrom em jiu-jitsu, ele continua treinando até hoje, como forma de manter o equilíbrio físico e mental — algo que, para quem lida com rotinas de emergência, faz toda a diferença.

Hoje, já formado, atua como médico em unidades de urgência e emergência no interior do Ceará, enfrentando de perto os desafios do sistema de saúde pública. A experiência prática em contextos de alta demanda consolidou ainda mais seu interesse pela anestesiologia, especialidade que descobriu durante o internato cirúrgico e que agora quer seguir na residência médica.

Raul Capelo não é um profissional comum. Sua trajetória mostra que é possível reunir ciência, esporte, arte e tecnologia sem perder o foco no essencial: o cuidado com o outro. Em um tempo em que a medicina exige agilidade, precisão e humanidade, histórias como a dele nos lembram que conhecimento técnico e empatia não são caminhos opostos, mas complementares.

Escrito por: Nathalia Pimenta.